A Luta Continua: Parlamentares Canadenses Pedem Justiça para Praticantes de Falun Gong
Em uma recente movimentação que ressoa fortemente na política canadense, oito membros da Câmara dos Comuns apresentaram uma petição no dia 30 de outubro, clamando ao governo de Ottawa que interceda em favor de um cidadão canadense e 12 outros indivíduos detidos na China apenas por praticarem Falun Gong. Essa prática espiritual, que visa a melhoria do corpo e mente, tem sido alvo de uma severa repressão por parte do regime chinês há mais de duas décadas.
Ato de Coragem e Solidariedade
Os parlamentares, liderados por figuras proeminentes como Cathay Wagantall e Larry Brock, mudaram o foco para as atrocidades cometidas pelo Partido Comunista Chinês (PCCh). Eles destacaram o uso sistemático de tortura, extração forçada de órgãos e trabalho escravo como práticas que visam silenciar os praticantes do Falun Gong. Essa petição, portanto, não é apenas uma mera formalidade; é um apelo à consciência e ação internacional contra a violação de direitos humanos.
Embora inicialmente 13 parlamentares conservadores estivessem programados para se unir a esse movimento, apenas oito puderam comparecer nessa data. Contudo, a solidariedade se manteve viva, uma vez que outros cinco, embora ausentes, manifestaram seu apoio por meio de declarações públicas. Esse tipo de união em torno de uma causa tão crítica é um sinal positivo da crescente conscientização sobre esses assuntos.
O Impacto da Perseguição
Falun Gong, que se origina de tradições espirituais budistas, combina exercícios meditativos e ensinamentos morais pautados na verdade, compaixão e tolerância. Introduzido ao público em 1992, rapidamente ganhou popularidade na China, com até 100 milhões de praticantes até o final da década de 1990. Porém, o que se seguiu foi uma brutal campanha de repressão iniciada em julho de 1999, que visava erradicar essa prática.
Um dos casos mais emblemáticos citados pelos parlamentares é o de Yunhe Zhang, que foi arbitrariamente detido em 2002 e desapareceu sem deixar rastros. A irmã de Zhang, Tianxiao, agora residente em Toronto, expressou a dor e o sofrimento que essa perseguição causou a incontáveis famílias na China, descrito como um impacto "catastrófico".
Narrativas de Sofrimento
As histórias de sofrimento não param por aí. O caso de Sol Qian, um praticante de Falun Gong que foi preso em sua casa em Pequim em 2017 e condenado a oito anos de prisão em 2020, ilustra a severidade da repressão. Durante sua detenção, Qian relatou ter sofrido torturas físicas e psicológicas, incluindo lavagem cerebral e estresse extremo.
Outras mulheres, como Yongmei Li, também enfrentaram situações semelhantes. Ela foi condenada pela segunda vez em 2023 por sua fé e enfrentou torturas que incluíram ser suspensa pelos pulsos e submetida a longos períodos de agachamento e privação de alimento e sono.
A Necessidade de Ação Internacional
O deputado Damien Kurek enfatizou que como cidadãos canadenses, existe uma responsabilidade moral de agir em nome dos que estão sendo perseguidos. O movimento é mais do que apenas um ato de apoio; é uma chamada à ação para que o governo canadense defenda os direitos humanos globalmente.
- Ações Recomendadas:
- Ativismo: Os cidadãos podem envolver-se em movimentos de defesa dos direitos humanos.
- Conscientização: Compartilhar informações sobre a situação do Falun Gong para aumentar a visibilidade.
- Pressão Política: Incentivar líderes políticos a adotar uma posição firme contra a repressão.
Avanços Legislativos e Alinhamentos Internacionais
O Canadá não está sozinho em sua luta. Em dezembro de 2022, todos os partidos políticos canadenses votaram a favor do Projeto de Lei S-223, que visa combater a extração forçada de órgãos e o tráfico de órgãos no exterior. Essa legislação serve para alinhar o Canadá a nações que já têm políticas semelhantes, como Reino Unido, Itália e Israel.
O caso de Kelly Cong, cujo mother Lanying foi presa por sua prática de Falun Gong na China, acrescenta uma dimensão pessoal a essa luta. Sua alegria em ver os parlamentares canadenses se manifestando contra as violências do PCCh reflete um desejo mais amplo de segurança e liberdade para todos os praticantes.
Casos de Detenção
- Sol Qian: Detido desde 2017, ainda enfrenta torturas e condições desumanas.
- Yongmei Li: Condenada em 2023 após anos de privação e tormento.
- Yan Liu: Mãe de uma residente de Toronto, sentenciada a três anos e meio em 2022.
A Luta não Acaba Aqui
A perseguição ao Falun Gong não é um evento isolado. Vários casos documentados revelam que muitos praticantes com vínculos canadenses foram capturados durante tentativas de conscientizar a população sobre a opressão que enfrentam. As histórias de Hua Feng Tang e Lizhong Ele exemplificam isso, com ambos presos por disseminar informações sobre a repressão enfrentada.
A Chamada à Ação
Esses casos ressaltam a urgência de apoio contínuo e ativo. A campanha de perseguição contra o Falun Gong, iniciada sob o regime de Jiang Zemin em 1999, persiste e se renova a cada dia. O compromisso em trazer essas questões à tona vivifica a esperança de justiça e mudança.
Um Futuro Esperançoso
As conversas em torno do Falun Gong têm crescido, e o apoio da comunidade internacional é crucial. As palavras de Tianxiao, irmã de Yunhe Zhang, ecoam em nossas consciências: “Espero que, quando os crimes do PCCh forem registrados na história, sirvam como um lembrete a futuras gerações sobre os custos da opressão.”
Essa é a hora de se unir em um só coro pela liberdade, compaixão e dignidade humana. Portanto, reflita sobre as ações que podem ser tomadas e se junte à luta contra a injustiça. Compartilhe suas opiniões e ajude a criar uma onda de mudança na forma como tratamos a repressão e as violações de direitos humanos.
A luta por justiça e reconhecimento continua, e cada voz conta. Pense sobre seu papel e como você pode contribuir!