Belém e a COP30: Um Caminho para o Futuro Sustentável

Em 2025, Belém será o centro das atenções com a realização da COP30, um evento crucial que promete estabelecer as diretrizes para as negociações da agenda climática global. Durante um painel enriquecedor no Web Summit Rio 2025, especialistas se reuniram para discutir questões como a importância das tecnologias indígenas e a necessidade premente de repensar nosso modelo econômico.

O Papel Histórico do Brasil na Luta Climática

Jens Nielsen, CEO da World Climate Foundation, enfatizou que o Brasil desempenha um papel crucial na história das iniciativas climáticas globais. Desde a criação de mecanismos da ONU em 1992, na Rio 92, até a formulação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável na Rio+20, o país sempre esteve na vanguarda das discussões ambientais.

“A COP30 deve ser um marco, um ponto de virada após o Acordo de Paris, que impulsionará uma década de ações concretas”, declarou Nielsen, ressaltando a responsabilidade que recai sobre o Brasil neste momento histórico.

Mudança Profunda na Agenda Climática

A atriz e ativista Nathalie Kelley trouxe à tona a necessidade de mudanças significativas para avançarmos na agenda climática. Para ela, a priorização de tecnologias indígenas é fundamental. Um exemplo notável é a ‘terra preta’, um tipo de solo altamente fértil criado por povos originários há cerca de 8 mil anos. Essa técnica transformou terras áridas em áreas produtivas que mantêm sua fertilidade até os dias de hoje.

Nathalie criticou a abordagem simplista do conceito de “net zero”, que busca equilibrar as emissões de gases de efeito estufa. “O verdadeiro vilão que impulsiona a crise climática não é o clima, mas a globalização”, afirmou, enfatizando que nossas práticas atuais demandam uma reflexão mais profunda.

O que é "Net Zero"?

O termo "net zero" refere-se ao compromisso de equilibrar a quantidade de gases de efeito estufa emitidos com a quantidade que é retirada da atmosfera. Embora seja um passo importante, é necessário um debate mais abrangente sobre nossas práticas e seus impactos.

Ação Imediata e Papel das Instituições

A relevância das instituições na agenda climática não pode ser subestimada. Nielsen destacou a urgência de agir para reduzir o uso de combustíveis fósseis, lembrando que 2025 é o ano em que a temperatura média do planeta deverá ultrapassar o limite de 1,5ºC estabelecido pelo Acordo de Paris.

Fatos e ideias rápidas:

• Combustíveis fósseis: É imperativo reduzir rapidamente seu uso para evitar consequências catastróficas.
• Investimentos em clima: Se os fundos de pensão da União Europeia direcionassem apenas 10% de seus ativos para iniciativas climáticas, poderíamos alcançar as metas do Acordo de Paris.

Reavaliando o Modelo Econômico Atual

Durante a discussão, Nathalie fez críticas relevantes ao modelo econômico que sustenta a globalização. A troca massiva de commodities, como a carne bovina, consome uma quantidade exorbitante de energia e prejudica o meio ambiente.

“Não se trata apenas de substituir combustíveis, mas de reimaginar como vivemos e produzimos”, disse Nathalie, propondo uma transição para sistemas alimentares locais baseados na sabedoria indígena e agroflorestal.

A Força do Ativismo e a Participação das Novas Gerações

O ativismo desempenha um papel vital, especialmente entre os jovens. Nielsen reforçou a ideia de que a mudança requer uma colaboração eficaz entre diferentes setores. “Precisamos unir esforços, pensar de maneira inovadora e construir alianças fortes. O capital financeiro, as soluções e o poder de decisão precisam se conectar”, enfatizou.

O que Podemos Fazer?

• Investir em tecnologias sustentáveis: Priorizar inovações que respeitem o meio ambiente e incentivem práticas sustentáveis.
• Adotar hábitos de consumo conscientes: Optar por produtos locais e sustentáveis sempre que possível.
• Engajar-se em discussões climáticas: Participe de fóruns, palestras e debates para ampliar seu conhecimento e contribuir ativamente.

Caminhos para um Futuro Sustentável

À medida que nos aproximamos da COP30, é essencial que cada um de nós reflita sobre sua parte na luta climática. A discussão vai além de políticas públicas; trata-se de um compromisso coletivo com as futuras gerações.

A mudança começa em casa, nas nossas comunidades e em nosso cotidiano. Você já se perguntou como pequenas ações podem contribuir para um impacto global? Como você pode se envolver na construção de um mundo mais sustentável?

Vamos nos unir nessa jornada. O futuro depende de cada um de nós, e nosso papel é fundamental. O que você fará para contribuir com essa mudança? Compartilhe suas ideias e inspire outros a fazer o mesmo.