quarta-feira, outubro 22, 2025

Alerta: 54% das Espécies Nativas do Paraná Correm Risco de Extinção!


Urgência na Conservação: 54% das Espécies Nativas do Paraná em Risco de Extinção

Vista aérea de floresta verde, terras agrícolas e paisagem urbana em Apucarana, no Paraná
Imagem: Jair Ferreira Belafacce/Getty Images

A cautela no Paraná, um dos principais polos do agronegócio brasileiro, é mais do que necessária. Um estudo inovador, resultado da colaboração entre o governo estadual e a Fundação Araucária, revelou ao mapeamento de biodiversidade a alarmante estatística: 54% das espécies nativas do estado estão ameaçadas de extinção até 2100. Esta informação não só põe em risco a rica diversidade natural como também a base econômica da região.

O Projeto NAPI Biodiversidade: Um Olhar para o Futuro

O projeto NAPI Biodiversidade: Serviços Ecossistêmicos, que envolveu mais de 100 pesquisadores e analisou impressionantes 2,5 bilhões de registros de 6.400 espécies vegetais e mais de 1.600 espécies animais e peixes, é um marco no estudo da biodiversidade no Paraná. Com dados tão relevantes, o mapeamento não é apenas uma fotografia do presente, mas uma ferramenta estratégica que poderá moldar o futuro ambiental do estado.

“O mapeamento das áreas prioritárias… não é apenas um retrato da biodiversidade, mas um instrumento estratégico para orientar investimentos e restaurar ecossistemas”, destaca Weverton Trindade, um dos pesquisadores do NAPI.

Mapeamento: A Chave para a Conservação

O projeto produziu um mapa de distribuição da biodiversidade, permitindo compreender melhor as áreas que necessitam de conservação e restauração imediata. Essa visualização, que inclui cenários potenciais até 2100, pode orientar ações para proteger essas espécies ameaçadas.

Infográfico apresentando os cenários da biodiversidade no Paraná até 2100
Imagem: Divulgação

Infográfico mostra o cenário atual da biodiversidade no Paraná
Imagem: Divulgação

A Importância da Restauração Florestal para a Agricultura

Não podemos esquecer que a conservação da biodiversidade não é apenas uma questão ecológica, mas também econômica. O Paraná apresenta um déficit de mais de 3,2 milhões de hectares em Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reservas Legais (RL).

Benefícios Diretos da Conservação

O estudo destaca como a restauração de áreas florestais pode beneficiar a produtividade agrícola por meio de:

  • Aumento do fluxo de polinizadores: Ao restaurar ecossistemas, a presença de polinizadores se torna mais abundante, fundamental para a produção agrícola.
  • Incremento na produção: Estima-se que essa restauração poderia resultar em um aumento de cerca de 550 toneladas de alimentos, incluindo commodities importantes como café e milho.

Os dados evidenciam que a saúde ambiental é crucial para a sustentabilidade e a produtividade da agricultura, impactando diretamente o setor financeiro e os produtores de commodities.

Inovação e Tecnologia no Combate às Mudanças Climáticas

À medida que o projeto avança, a inovação tecnológica se torna uma aliada fundamental. O mapeamento da biodiversidade foi utilizado para prever a distribuição das espécies em face das mudanças climáticas. Essa informação é vital para gestores e agricultores que buscam integrar estratégias de conservação em seus planos de negócios.

Ferramentas Inovadoras

Um exemplo notável dessa inovação é a criação da ferramenta faunabr, que facilita o acesso a informações sobre a fauna brasileira. Além disso, a plataforma em desenvolvimento, rfishstatus, será crucial para atualizar nomenclaturas de espécies de peixes, ajudando na gestão pesqueira e na conservação aquática.

O Observatório Paranaense de Espécies Não-Nativas e Invasoras também está sendo implementado para minimizar as consequências econômicas e ambientais dessas espécies, mostrando que a proatividade é a chave na luta contra a perda de biodiversidade.

O Caminho à Frente: Compromisso com a Restauração Florestal

O trabalho do NAPI, alinhado à meta do Paraná de restaurar 10 mil hectares de florestas até 2026, exemplifica como a aplicação da ciência é essencial para a gestão de riscos e para a sustentabilidade do agronegócio em um mundo marcado por crises climáticas.

A restauração florestal não é apenas um objetivo ambiental; é uma estratégia que promove a segurança alimentar, a estabilidade econômica e a preservação das riquezas naturais do Paraná.


Ao refletir sobre o futuro da biodiversidade no Paraná, somos convidados a participar dessa discussão. Como indivíduos e cidadãos, podemos contribuir com ações simples que ajudem a preservar nosso meio ambiente. Quais são suas ideias sobre como podemos proteger nossa riqueza natural e garantir um futuro sustentável para as próximas gerações? Compartilhe suas opiniões e venha fazer parte dessa conversa essencial.


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