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Brasil à Beira de uma Revolução na Pecuária: Como o Acordo Mercosul-UE Pode Dobrar Nossa Exportação de Carne!

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Brasil e a União Europeia: A Nova Era da Exportação de Carne Bovina

O Brasil está prestes a vivenciar uma transformação significativa em suas exportações de carne bovina, especialmente para a União Europeia (UE). Com um novo acordo de livre comércio entre o Mercosul e a UE prestes a ser formalizado, na perspectiva da consultoria Agrifatto, o país pode mais do que dobrar suas exportações, passando de 5% para até 13% do volume total destinado à Europa. Vamos explorar cada aspecto dessa mudança impactante e o que ela significa para o setor pecuário brasileiro.

Um Novo Horizonte para as Exportações

Atualmente, o Brasil exporta cerca de 5% de sua produção de carne bovina para a Europa. No entanto, com a formalização do acordo comercial, esse percentual poderá disparar, alcançando entre 12% e 13%. Lygia Pimentel, CEO da Agrifatto, destaca que o tratado marca uma oportunidade de ouro para o Brasil, pois o bloco europeu poderá importar 99 mil toneladas de carne bovina em peso carcaça.

Detalhes do Acordo

  • Volume: O Mercosul poderá enviar 99 mil toneladas de carne bovina.
  • Divisão: 55% do volume será em forma resfriada e 45% congelada.
  • Alíquota de Importação: Um imposto de 7,5% será aplicado.
  • Cota Hilton: A cota atual que permite a exportação de 10 mil toneladas com alíquota de 20% será isenta quando o acordo entrar em vigor.

Essas mudanças vêm em um momento crucial, já que a demanda por carne bovina da Europa continua crescente e o Brasil se posiciona como um exportador estratégico.

Brasil: O Líder das Exportações

Pimentel ressalta que o Brasil já supre 86% da demanda europeia por carne bovina, o que indica que o país deverá continuar dominando as exportações dentro do Mercosul. Com um compromisso de atender às exigências impostas pela UE, espera-se que o Brasil não apenas alcance a nova cota, mas também mantenha sua reputação como um fornecedor confiável e de qualidade.

Desafios e Oportunidades

Embora a assinatura do tratado traga inúmeras vantagens comerciais, também levanta alguns desafios, especialmente em relação às questões regulatórias. O desmatamento legal, por exemplo, é um dos pontos mais sensíveis da negociação. Pimentel explica que a interpretação errada do desmatamento no Brasil gera preocupações na Europa.

Ela comenta: “Quando afirmam que o desmatamento a partir de 2021 não será aceito, parece que o Brasil quer simplesmente desmatar. No entanto, temos uma legislação rigorosa que estabelece limites claros, como a preservação de 80% das áreas na Amazônia.” Essa crítica ao protecionismo europeu destaca a complexidade das relações comerciais internacionais.

Vantagens Comerciais e Economia

Apesar das preocupações, Pimentel vê o acordo como algo positivo para o Brasil. A UE tem uma trajetória como um bom pagador e o acordo é visto como um passo importante para diminuir a dependência do mercado chinês. Contudo, ela faz um alerta: "Embora o acordo traga oportunidades, a cota é relativamente pequena e o aumento esperado no volume exportado pode ser limitado."

Cota e Impacto no Mercado

  • Até outubro de 2024, o Brasil já havia exportado 66.439 toneladas de carne bovina para a UE.
  • O novo acordo pode melhorar essa dinâmica, mas o impacto total ainda será moderado em termos de volume.

O Futuro das Exportações de Carne Bovina

Com as novas regulamentações e as oportunidades que surgem, o setor deve se adaptar rapidamente para atender às exigências da UE. É vital que o Brasil implemente práticas sustentáveis que garantam a preservação ambiental e, ao mesmo tempo, assegurem a qualidade do produto. Isso não é apenas uma questão de compliance, mas uma oportunidade de posicionar o país como um líder em exportações de carne bovina de forma sustentável.

O Papel das Empresas e Produtores

As empresas e produtores brasileiros devem:

  • Investir em práticas sustentáveis: Para atender as demandas europeias, investir em certificações e processos que garantam a sustentabilidade é essencial.
  • Adaptar a produção: Aumentar a eficiência e melhorar a qualidade do produto será um diferencial importante.
  • Educar e comunicar: É fundamental comunicar as práticas de produção e sustentabilidade de maneira transparente ao mercado europeu.

Reflexões Finais sobre o Acordo

O acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia representa uma nova fase para o Brasil, com promessas de crescimento e desafios a serem superados. Ao mesmo tempo em que se abre uma janela de oportunidades, a atenção às questões ambientais e regulatórias será crucial para manter a posição do Brasil como um dos principais fornecedores de carne bovina do mundo.

As expectativas são altas e o futuro parece promissor; no entanto, será necessário um esforço coordenado de todos os envolvidos, desde os produtores até os formuladores de políticas, para garantir que os benefícios desse acordo sejam plenamente aproveitados.

O que você acha das perspectivas para as exportações de carne bovina do Brasil? Compartilhe seus pensamentos!

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