Início Economia Agronegócio Brasil Bate Recorde: Exportação de Café Verde Cresce 10,5% em Outubro!

Brasil Bate Recorde: Exportação de Café Verde Cresce 10,5% em Outubro!

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Em outubro, o Brasil alcançou um marco histórico nas exportações de café verde, atingindo nada menos que 4,567 milhões de sacas de 60 kg. Esse número representa um crescimento de 10,5% em comparação ao mesmo mês do ano passado, conforme relatou o Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé) na segunda-feira (11). Este novo recorde mensal superou a melhor marca anterior registrada em novembro de 2020, destacando-se em uma série de dados que começou a ser coletada em janeiro de 1990.

O Impulso das Exportações de Café Brasileiro

O aumento significativo nas exportações do Brasil, considerado o maior produtor e exportador de café do mundo, pode ser atribuído a preços elevados, que cresceram 45,8% em relação ao mesmo período de 2023, com uma média de 282,80 dólares por saca. Apesar dos desafios logísticos enfrentados nos portos brasileiros, esse resultado positivo demonstra o comprometimento das empresas e suas equipes para garantir os embarques, utilizando, por exemplo, navios de “break bulk” para atender seus clientes internacionais.

  • O que são as exportações de break bulk? Nessa modalidade, o café é colocado em grandes sacos de aproximadamente uma tonelada diretamente nos navios, ao invés de contêineres, como é comum.
  • Desafios logísticos: Mesmo com o recorde histórico, Márcio Ferreira, presidente do Cecafé, alertou que ainda há uma quantidade significativa de café acumulado nos portos.

Ferreira ressalta que os exportadores continuam a enfrentar dificuldades logísticas devido aos atrasos recorrentes de navios e ao acúmulo de cargas. A demanda crescente por contêineres, especialmente para produtos como café, açúcar e algodão, aliada à insuficiência de infraestrutura portuária, tem contribuído para esses atrasos.

O Papel do Cecafé no Comércio Exterior

O Cecafé tem promovido diálogos com os terminais portuários e outros órgãos do comércio exterior para buscar soluções e apoio para atender às demandas de exportação de café, que ainda enfrentam desafios substanciais. Ferreira reforçou a necessidade de mais investimentos para melhorar a infraestrutura necessária e evitar futuros gargalos.

Com essa colaboração, espera-se que o setor consiga otimizar suas operações e garantir a qualidade dos serviços oferecidos aos clientes internacionais, mesmo diante de adversidades.

Crescimento nas Exportações por Tipo de Café

O recorde de outubro foi impulsionado principalmente pelas exportações de café arábica, que cresceram 7,2%, totalizando 3,696 milhões de sacas. Já as exportações de cafés robusta e conilon alcançaram 871,2 mil sacas, marcando uma impressionante alta de 26,9%.

  • Exportações de produtos industrializados: Os embarques totais, incluindo café torrado e moído, bem como café solúvel, também atingiram um novo recorde em outubro, somando 4,926 milhões de sacas, superando a marca de 4,77 milhões registrada em novembro de 2020.

Vale ressaltar que, embora os embarques de robusta e conilon estejam elevados historicamente, os números alcançados em agosto deste ano, com 945 mil sacas, ainda permanecem como o maior número de exportação para esses grãos. O Brasil tem conquistado novos mercados que anteriormente eram dominados pelo Vietnã, que enfrenta atualmente uma oferta reduzida.

Novos Mercados e Oportunidades

Mesmo em meio a desafios, o Brasil tem visto crescimento nas exportações para diversos países ao redor do mundo. De janeiro a outubro deste ano, as exportações brasileiras de café somaram 41,456 milhões de sacas, um volume recorde que representa um aumento de 35,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Essa performance resultou em uma receita de 9,875 bilhões de dólares, mostrando um aumento de 53,8% em relação à comparação anual.

A Alemanha se destacou como o principal destino do café brasileiro, importando 6,640 milhões de sacas — um impressionante 23,9% do total das exportações. Os Estados Unidos seguem logo atrás, com 6,522 milhões de sacas, representando 23,4% do total e um crescimento de 30,9% em relação ao ano passado.

  • Outros destinos importantes:
    • Bélgica: 3,618 milhões de sacas
    • Itália: 3,330 milhões de sacas
    • Japão: 1,840 milhão de sacas

Além disso, países produtores de café, como o México, têm se mostrado importantes importadores, adquirindo 871,766 sacas do café brasileiro, um aumento de 155,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. O Vietnã, tradicionalmente conhecido como o maior produtor de robusta, também tem ampliado sua importação de café do Brasil, somando 607,233 sacas, refletindo um aumento de 432,8% no comparativo anual. A Índia, por sua vez, registrou um crescimento impressionante de 1.356% em suas compras, totalizando 225,936 sacas.

Desafios e Expectativas Futuras

A trajetória de crescimento das exportações brasileiras de café para 2023 é indiscutível e nos convida a refletir sobre o futuro do setor. Os desafios logísticos permanecem, mas a resiliência dos exportadores, somada a novas oportunidades de mercado, podem redefinir o cenário das exportações de café no Brasil. O engajamento com as questões de infraestrutura, a busca por soluções inovadoras e a adaptação às necessidades do mercado internacional serão essenciais para manter esse ritmo e continuar solidificando o país como líder global nas exportações de café.

Assim, é fundamental que todos os envolvidos no setor se unam em torno da melhoria contínua e do fortalecimento das operações logísticas, capacitando-se para responder à crescente demanda e melhorar a qualidade das exportações. O café brasileiro, símbolo de qualidade e tradição, tem um futuro promissor, e a comunidade cafeeira deve estar preparada para explorá-lo ao máximo. Como você vê o futuro das exportações de café? Compartilhe seu pensamento e participe dessa conversa!

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