quarta-feira, maio 7, 2025

Brasil Se Prepara para Metas de Emissões mais Estritas Antes da Cúpula Climática


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COP30 será realizada em Belém

Brasil sob os holofotes: Preparativos para a COP30

O Brasil, que será o anfitrião da cúpula climática das Nações Unidas neste ano, está em uma missão crucial: convencer as grandes potências econômicas, como a Europa e a China, assim como outros países em desenvolvimento, a se comprometerem com metas de redução das emissões de gases de efeito estufa. O objetivo é manter o aumento da temperatura global bem abaixo de 2 graus Celsius, conforme discutido por fontes ligadas ao evento.

Em uma iniciativa significativa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o secretário-geral da ONU, António Guterres, marcaram uma reunião virtual para esta quarta-feira, onde dialogarão com líderes das 35 maiores economias do mundo sobre a necessidade de compromissos mais robustos com relação ao clima.

Trabalhos intensivos nos bastidores

André Corrêa do Lago, embaixador brasileiro e presidente da COP30, esteve recentemente em Pequim para discutir as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) com autoridades chinesas. Ele enfatizou que alinhar as NDCs com o Acordo de Paris não é uma tarefa exclusiva do Brasil, uma vez que cada país determina suas próprias metas. Mesmo assim, o Brasil busca incentivar todos a avançarem para esse objetivo.

  • O Brasil espera um compromisso mais firme da China, que é o maior poluidor do mundo.
  • Diplomatas brasileiros estão colaborando com a ONU para que os países apresentem novas metas até setembro.
  • A cúpula COP30, marcada para novembro em Belém, celebra os 10 anos do Acordo de Paris.

Os compromissos atuais dos países apontam para um aumento de cerca de 2,6 graus Celsius, o que pode resultar em desastres naturais significativos e colapsos em sistemas essenciais para a vida humana.

Desafios e esperanças nas negociações

A retirada dos Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, do Acordo de Paris complicou os esforços globais para limitar o aquecimento. Contudo, a expectativa é de que novas promessas da China e outros países emergentes possam ajudar a fechar essa lacuna.

É vital que a comunidade internacional una esforços para formular NDCs que realmente reflitam um compromisso com o limite de 1,5 graus Celsius. Um diplomata envolvido nas discussões comentou que a COP30 pode ser um marco, caso as NDCs apresentadas sejam ambiciosas.

Com a presidência do Brics em mãos, o Brasil intensificou as negociações com países como a China, visando um entendimento que promova metas mais proativas. O presidente Lula deve se encontrar com seu homólogo chinês, Xi Jinping, em duas ocasiões antes do final de setembro, incluindo uma reunião de líderes do Brics no Brasil.

A importância da China e suas prioridades

A China, por sua vez, tem mostrado certo cautela ao considerar o aumento de suas metas. A instabilidade econômica, exacerbada por guerras comerciais com os EUA, tem sido um fator limitante nas decisões climáticas do país. Yao Zhe, consultora de políticas globais do Greenpeace em Pequim, destaca que preocupações econômicas persistem e podem enfraquecer os compromissos que a China pode assumir.

O governo chinês, em um comunicado recente, enfatizou que a governança climática enfrenta grandes desafios e que a única forma de enfrentá-los é através do fortalecimento da cooperação internacional e do multilateralismo.

Chamados à ação e expectativas para a COP30

A COP30 em Belém é mais do que um evento, é uma oportunidade histórica que pode definir o futuro das políticas climáticas nos próximos anos. Os participantes têm a chance de transformar palavras em ações, garantindo que as promessas feitas durante a COP sejam levadas a sério por todas as nações.

Questões a serem ponderadas

  • Como garantir que todos os países apresentem NDCs que realmente reflitam suas capacidades e planos?
  • Qual será o papel das economias emergentes nessa equação e como podem se comprometer de forma mais ambiciosa?
  • A China se mostrará receptiva a aumentar suas metas em um cenário de pressão econômica?

Chamar a atenção do mundo para a questão climática é fundamental, e a COP30 pode ser o palco perfeito para isso. Com a participação coletiva, podemos nos aproximar das metas necessárias para reverter os danos já causados e prevenir os futuros.

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