A Embraer se encontra em uma fase histórica na aviação: está se preparando para o primeiro voo de seu eVTOL, desenvolvido pela EVE, sua subsidiária focada em mobilidade aérea urbana. Este voo está agendado para o final de 2025 ou início de 2026. De acordo com um relatório do BTG Pactual, essa nova etapa pode diminuir significativamente o risco associado ao projeto e permitir que o mercado reconheça o valor da EVE em suas avaliação de investimentos.
O que está por trás da aposta do BTG na EVE
A trajetória da indústria aeronáutica sempre foi marcada por grandes marcos técnicos, que vão do conceito inicial à certificação de novas aeronaves. E é exatamente esse avanço que a Embraer está prestes a realizar com seu protótipo em escala real do eVTOL.
O documento elaborado por Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Samuel Alkmim, do BTG Pactual, enfatiza que os voos iniciais historicamente diminuem consideravelmente as incertezas associadas a novos projetos. “Uma vez que o protótipo esteja no ar, o risco técnico é reduzido pela metade”, afirmam os especialistas.
Os precedentes na indústria de eVTOLs revelam resultados encorajadores. Após seus voos inaugurais, empresas como Joby Aviation e Archer Aviation experimentaram um aumento significativo em sua avaliação de risco. Para o BTG, é esperado que a EVE siga por um caminho similar. “O primeiro voo irá melhorar a visibilidade do programa, atribuir uma percepção de maturidade à engenharia e aproximar o projeto da fase comercial”, destacam os analistas.
A importância do histórico da Embraer
Quando se trata de desenvolver um programa complexo como este, a credibilidade da Embraer é inquestionável. O relatório do BTG traz uma linha do tempo com mais de 20 aeronaves certificadas desde 2000, evidenciando a capacidade incomum da empresa em cumprir prazos e mitigar riscos em comparação aos seus concorrentes.
Os analistas afirmam que essa consistência fortalece a probabilidade de sucesso da EVE. “A Embraer geralmente navega pelas etapas de certificação com uma eficiência acima da média do setor”, concluem os especialistas.
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