domingo, outubro 26, 2025

Choque de Inflação nos EUA: DIs Sofrem Impacto Profundo e o Que Isso Significa Para o Seu Dinheiro!


Queda nas Taxas de DI: Impactos e Perspectivas

Na quarta-feira, o mercado financeiro brasileiro viu uma forte redução nas taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs), especialmente para contratos a partir de janeiro de 2027. Esse movimento reflete um acompanhamento do declínio acentuado nos rendimentos dos Treasuries nos Estados Unidos, impulsionado pela divulgação de dados de inflação que foram considerados positivos.

Quedas Significativas nas Taxas de DI

Ao final da tarde, observou-se que a taxa do DI para julho de 2025, um dos contratos mais líquidos para o curto prazo, estava cotada a 13,97%. Esse valor representa uma leve queda em relação ao ajuste anterior, que foi de 13,99%. Além disso, a taxa do contrato para janeiro de 2026 caiu para 14,81%, registrando uma diminuição de 9 pontos-base em relação ao ajuste anterior que era de 14,901%.

Contratos de Longo Prazo: Mudanças Notáveis

No que diz respeito aos contratos de mais longo prazo, a taxa para janeiro de 2031 foi registrada a 14,71%, uma queda de 34 pontos-base em relação aos 15,051% da sessão anterior. Da mesma forma, a taxa para janeiro de 2033 caiu para 14,57%, significando uma redução em relação ao índice anterior de 14,901%.

Expectativa em Torno do Índice de Preços ao Consumidor

As taxas dos DIs, no início da sessão, apresentaram oscilações próximas à estabilidade ou com leves baixas, à medida que os investidores aguardavam o principal evento do dia: a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos Estados Unidos.

Impacto da Divulgação do CPI

Assim que os dados foram publicados, às 10h30, as taxas dos DIs despencaram. Essa forte queda esteve alinhada com o declínio significativo dos rendimentos dos Treasuries, reflexo da avaliação de que a trajetória da inflação pode possibilitar cortes nos juros norte-americanos ainda neste ano.

Dados do CPI e suas Implicações

Os números revelaram que o CPI subiu 0,4% em dezembro, após um aumento de 0,3% em novembro. No acumulado dos 12 meses até dezembro, a inflação foi de 2,9%, ligeiramente acima dos 2,7% registrados em novembro. Ao considerar apenas os componentes menos voláteis, como alimentos e energia, o núcleo do CPI subiu 0,2% em dezembro. Esse índice já havia registrado um ganho de 0,3% no mês anterior. No total de 12 meses, o núcleo do CPI aumentou 3,2%, uma leve queda em comparação com os 3,3% de novembro.

Avaliação dos Analistas

“A combinação das leituras do CPI e do PPI (Índice de Preços ao Produtor) mais favoráveis do que o esperado traz um ânimo para os mercados”, comentou Paula Zogbi, gerente de Research na Nomad. Segundo ela, os investidores praticamente descartaram um novo corte de juros pelo Federal Reserve em janeiro, embora haja divergências em relação à tendência futura das taxas de juros para 2025.

Contexto Brasileiro: Análise do Cenário

No Brasil, já após a divulgação do CPI, a taxa do DI para janeiro de 2027 atingiu a mínima de 14,97%, uma queda de 23 pontos-base em relação ao ajuste da véspera. “Com os dados do PPI, a expectativa é de uma melhora de curto prazo na inflação dos Estados Unidos, o que alivia a pressão sobre o Federal Reserve”, afirmou Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos.

Dados Econômicos Adicionais

Apesar de a pressão sobre as taxas dos DIs, causada pelo CPI, ter overshadowed outras notícias, a divulgação de dados econômicos relevantes no Brasil também merece destaque. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o volume de serviços caiu 0,9% em novembro em comparação ao mês anterior. Esse resultado foi pior do que a expectativa do mercado, que previa uma retração de 0,3% – sendo a queda mais acentuada do ano até agora, e a mais forte para meses de novembro desde 2015.

“Os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) se unem a informações do varejo e da produção industrial, revelando uma desaceleração da atividade econômica no final do ano passado, mesmo antes das condições financeiras se deteriorarem significativamente”, disse Borsoi.

Resultados do Tesouro Nacional

Na parte da tarde, o Tesouro Nacional divulgou que o governo central registrou um déficit primário de 4,515 bilhões de reais em novembro, melhorando em relação ao saldo negativo de 38,071 bilhões de reais do mesmo mês de 2023. Esse resultado, que abrange as contas do Tesouro, Banco Central e Previdência Social, superou as expectativas do mercado, que previa um déficit de 6,6 bilhões de reais.

Perspectivas de Política Fiscal

Apesar do CPI sendo a principal influência do dia, alguns contratos longos também marcaram mínimas após os números do Tesouro. O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, destacou que as contas do governo central em 2024 estão dentro da banda de tolerância da meta fiscal, aproximando-se do centro do alvo. A meta para 2024 é de um déficit primário de zero, tolerando uma variação de até 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB), o que equivale a cerca de 29 bilhões de reais.

Expectativas em Relação à Selic

Ao se aproximar do fechamento desta quarta-feira, o mercado precificava uma probabilidade de 88% para um aumento de 100 pontos-base na Selic no final do mês, em contraste com 12% para um ajuste de 125 pontos-base. Esses percentuais permaneceram os mesmos em relação ao dia anterior, e a Selic atualmente está fixada em 12,25% anuais.

Movimento no Mercado Internacional

No cenário internacional, às 16h39, o rendimento do Treasury de dois anos, que reflete as expectativas para as taxas de juros de curto prazo, caiu 9 pontos-base, chegando a 4,27%. Por outro lado, o retorno do título de dez anos, que é referência global para decisões de investimento, recuou 13 pontos-base, alcançando 4,657%.

Reflexões Finais

A dinâmica atual das taxas dos DIs no Brasil mostra como o cenário econômico global está interconectado. As oscilações influenciadas pelos dados dos EUA revelam um mercado atento e reativo às condições financeiras internacionais. Que outras mudanças e tendências estão por vir? Acompanhe de perto e não hesite em compartilhar suas opiniões!

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