sexta-feira, março 14, 2025

Coamo Prevejo Crescimento Surpreendente: O Que Esperar dos Recebimentos de Soja em 2025?


militares

Reuters

O Brasil se destaca como líder no cultivo e exportação de soja no cenário mundial.

Perspectivas da Coamo para a Soja em 2025: O Que Esperar?

A Coamo Agroindustrial, a maior cooperativa agrícola do Brasil, projeta um recebimento de aproximadamente 5,4 milhões de toneladas de soja para 2025. Esse volume representa um aumento de 12,5% em relação a 2024, impulsionado pela expectativa de uma colheita mais robusta em várias áreas de atuação da cooperativa, conforme declarado por dirigentes à Reuters nesta terça-feira (11).

Um Cenário de Crescimento com Desafios

Contudo, esse total ainda fica atrás das cerca de 6 milhões de toneladas colhidas em 2023, que foi um ano excepcional para a produção no Paraná. O presidente-executivo da Coamo, Airton Galinari, destacou que, apesar do aumento projetado, o estado ainda enfrenta condições adversas em algumas regiões.

  • Regiões associadas à maior colheita: Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.
  • Impacto do clima: Algumas áreas, especialmente no sul de Mato Grosso do Sul, enfrentam quebras mais significativas, enquanto o centro-sul do Paraná apresenta melhores condições.

A previsão da Coamo reflete um panorama em que a quebra da safra é considerada menor comparada ao ano passado, quando o norte do Paraná sofreu pesadamente. Galinari comentou: “No norte do Paraná o clima está desafiador, mas o centro-sul, que é um dos maiores produtores, se apresenta em melhores condições.”

No entanto, o presidente do Conselho de Administração da Coamo, José Aroldo Gallassini, alertou sobre as quebras de safra na faixa de 5% a 20%, sendo a mais severa em Mato Grosso do Sul e a menos significativa no Paraná. Isso provoca certa incerteza sobre a rentabilidade dos produtores em 2025, especialmente considerando a boa colheita em outras partes do Brasil, que pode resultar em uma safra recorde nacional.

Impactos Econômicos e Políticos no Mercado

Ao questionar as expectativas de receita para 2025, Gallassini destacou a instabilidade nos preços como um fator preocupante. O mercado observa atentamente a possível influência das políticas comerciais do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre o setor. “As perspectivas são de uma situação semelhante a 2024, ou seja, com desafios contínuos nas cotações e quebras tanto na safra quanto nos preços dos insumos,” complementou.

A soja, sem dúvida, permanece como o carro-chefe da Coamo, representando cerca de 60% das cerca de 8 milhões de toneladas de grãos recebidos pela cooperativa em 2024, um grupo que também inclui trigo e milho.

Colheita Antecipada e Suas Implicações

Um dos grandes destaques deste ciclo é a colheita de soja, que foi adiantada no Paraná. De acordo com Galinari, a Coamo nunca havia recebido tanto dessa oleaginosa em janeiro, com uma estimativa de cerca de 1 milhão de toneladas. No entanto, é importante ressaltar que esses números não correspondem a vendas efetivas, já que os produtores estão vendendo à medida que conseguem honrar suas dívidas. “O ritmo de vendas está ligeiramente melhor do que no ano passado,” afirmou.

Apesar da quantia expressiva, os preços do mercado não têm incentivado as transações comerciais. Essa situação propicia uma boa janela para o plantio do milho segunda safra na área de atuação da Coamo, que pode crescer 15%, totalizando mais de 2 milhões de hectares plantados. Com um planejamento cuidadoso, há esperança de que essa expansão contribua para a sustentabilidade econômica dos produtores associados.

Desempenho Financeiro e Investimentos Futuro

Em 2024, a Coamo reportou uma receita de R$28,82 bilhões, apresentando uma leve queda de quase 5% em comparação com os mais de R$30 bilhões de 2023. As sobras líquidas do último ano foram um pouco acima de R$2 bilhões, o que representa uma redução de mais de 10% em relação ao ano anterior. Para os cooperados, mais de R$694 milhões serão distribuídos conforme a movimentação de cada um na cooperativa.

Além disso, a Coamo está de olho no futuro e anunciou um investimento significativo: cerca de R$300 milhões na construção de uma indústria de biodiesel na área do porto de Paranaguá, onde já existe uma unidade de processamento de soja, a matéria-prima do biocombustível. A previsão é que a nova planta esteja operacional até o final de 2026, sinergicamente ao lançamento de uma nova usina de etanol de milho.

Esse movimento faz parte de um aporte total de R$850 milhões aprovado em assembleia, sinalizando uma estratégia clara de diversificação e necessidade de adaptação às novas demandas do mercado sustentável.

Comércio Internacional em Números

O desempenho de exportações da Coamo é outro ponto a ser destacado. A cooperativa exportou 4,341 milhões de toneladas de commodities e produtos alimentícios, resultando em uma receita expressiva de US$1,88 bilhão, reforçando o papel do Brasil no comércio global de soja e outros grãos.

Em síntese, 2025 reserva um horizonte intrigante para a soja no Brasil, com um crescimento projetado que vem acompanhado de desafios climáticos e econômicos. Este panorama demanda atenção tanto dos produtores quanto de especialistas do setor, todos buscando estratégias que garantam produtividade e viabilidade financeira. Qual é a sua opinião sobre as perspectivas para a soja no Brasil? Deixe seu comentário e compartilhe suas ideias!

- Publicidade -spot_img

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Publicidade -spot_img
Mais Recentes

Descubra como o Plano Egípcio pode Transformar o Futuro de Gaza

O Futuro de Gaza: Uma Nova Esperança? Em fevereiro, em uma conferência de imprensa com o rei da Jordânia,...
- Publicidade -spot_img

Quem leu, também se interessou

- Publicidade -spot_img