sexta-feira, julho 11, 2025

Como a China Está Influenciando a Crise do Fentanil nos EUA e o Impacto do Novo Aumento de Tarifas


Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.

Medidas de Donald Trump e o Fentanil: Um Desafio Global

Após ser eleito, Donald Trump não perdeu tempo em destacar um dos maiores problemas enfrentados pelos Estados Unidos: a crise do fentanil, conectando-a diretamente com a atuação da China e de seus parceiros comerciais, Canadá e México. Com um plano audacioso de tarifas, Trump pretendia não apenas aumentar a arrecadação, mas também pressionar esses países a colaborar mais efetivamente no combate à imigração ilegal e ao tráfico de drogas. A proposta incluía uma taxa adicional de 10% sobre produtos chineses e de 25% sobre bens que entrassem através do Canadá e do México.

O Fentanil e sua Periculosidade

O fentanil, um opioide sintético extremamente poderoso, é aprovado pela FDA dos EUA para tratamento de dores intensas. Entretanto, seu uso ilícito tem se tornado alarmante. Fabricantes ilegais frequentemente misturam fentanil com outras substâncias, aumentando os riscos de overdose e morte. Os análogos, versões modificadas da droga, podem ser até 100 vezes mais letais do que o fentanil padrão.

  • Dosagem letal: Apenas 2 miligramas de fentanil podem ser fatais, dependendo do peso e saúde da pessoa.
  • Impacto nas mortes: Desde 2016, estima-se que quase 400.000 vidas tenham sido perdidas devido ao uso de fentanil ilícito e seus derivados, tornando-se uma epidemia nos Estados Unidos.

A Responsabilidade da China no Comércio Ilegal

Desde 2017, a China tem sido identificada como a principal fonte de fentanil e seus precursores que entram nos Estados Unidos. Apesar de promessas feitas por Pequim durante diferentes administrações americanas, a colaboração tem sido insatisfatória. A Administração Antidrogas dos EUA (DEA) tem intensificado seus esforços e, em 2023, apreendeu mais de 80 milhões de pílulas de fentanil, junto com 12.000 libras de fentanil em pó, o que representa uma quantidade alarmante de doses letais.

A Ação e Reação de Especialistas

Steve Yates, um especialista em relações com a China, apontou que a imposição de sanções a bancos chineses que facilitam o tráfico de drogas pode ser uma medida mais eficaz do que as tentativas diplomáticas anteriores. Já David Asher, ex-agente de combate à lavagem de dinheiro, destaca que ações mais enérgicas contra instituições financeiras, tanto na China quanto no México, são cruciais. Segundo ele, “é necessário agir contra todos os banqueiros e incluir políticas de recompensa para traficantes.” Essa abordagem pode ser essencial para desmantelar a estrutura financeira por trás do tráfico de drogas.

O Compromisso da China e seu Efeito no Comércio de Drogas

Nos últimos anos, a China havia se comprometido a limitar a exportação de produtos químicos precursores, guiando-se por acordos feitos durante a administração Trump, que declarou uma emergência de saúde pública na crise dos opioides. Entretanto, a cooperação começou a se deteriorar em 2020, especialmente após tensões políticas entre os EUA e a China sobre direitos humanos e outras questões geopolíticas.

As promessas de Pequim de conter a exportação de fentanil não foram totalmente cumpridas, e especialistas alertam que produtos químicos essenciais para a produção de fentanil continuam a ser enviados para o México, onde laboratórios clandestinos aprimoram e distribuem a droga nos EUA.

  • Produção Barata: Um laboratório mexicano pode comprar US$ 3.000 em fentanil e revendê-lo por US$ 1,5 milhão nas ruas americanas.

O Que Precisamos Fazer Agora?

Apesar de os Estados Unidos terem adotado novas sanções contra instituições e indivíduos ligados ao tráfico de drogas, a questão do fentanil requer um plano mais abrangente. Derek Maltz, ex-agente da DEA, ressalta que a resposta deve ir além de ações isoladas. “Precisamos de uma estratégia que envolva defesa, tratamento e reabilitação”, observa Maltz. Ele enfatiza a importância da colaboração entre diferentes agências para tratar a crise como uma questão de segurança nacional, não apenas como um problema de saúde pública.

Além disso, a operação de compra de fentanil e outras drogas pela internet ainda representa um desafio enorme. Especialistas alertam que milhares de análogos sintéticos diferentes podem estar no mercado, tornando a regulamentação uma tarefa complexa e desafiadora.

Perspectivas Futuras e a Necessidade de Colaboração

Em 2024, o cenário parece mais promissor, pois as negociações entre os EUA e a China foram retomadas após um período de tensão. O compromisso mútuo de abordar a questão do tráfico de drogas é um passo positivo, mas a eficácia dessas medidas ainda está por ser avaliada. A necessidade de controle sobre a exportação de máquinas para a produção de comprimidos falsos e o combate à lavagem de dinheiro são pontos críticos nas conversas.

Ainda que a China tenha se comprometido a restringir suas exportações, a verdade é que o país continua como a principal fonte de fentanil e seus precursores. Esse ciclo de colaboração e retaliação precisa ser rompido, e a responsabilidade não deve recair somente sobre uma nação.

Portanto, qual o papel que os cidadãos podem desempenhar nessa luta? A conscientização sobre a crise do fentanil e o apoio a políticas que priorizem a saúde pública são essenciais. O combate à epidemia envolve não apenas ações governamentais, mas também uma mobilização da sociedade. Precisamos unir forças para enfrentar esse desafio que afeta a vida de milhares de americanos e suas famílias.

Ficar atento às práticas de consumo e promover um diálogo aberto sobre o uso de substâncias pode ser um grande passo em direção à mudança. Afinal, a solução para a crise do fentanil não se limita apenas a medidas políticas; também requer uma transformação na compreensão coletiva sobre o uso de substâncias e suas consequências.

Se você tem alguma opinião sobre essa crise que enfrenta o país, não hesite em compartilhar! O tema é de grande importância e sua voz pode fazer diferença na discussão sobre como todos podemos contribuir para um futuro sem essa epidemia devastadora.

A Reuters contribuiu para este artigo.

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