sábado, abril 19, 2025

Como os EUA Planejam Desafiar o PCCh no Próximo Mandato de Trump: Estratégias e Táticas Reveladas


Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.

Análise de notícias

Donald Trump e a Relação com a China: Uma Nova Era de Conflito ou Cooperação?

O presidente eleito Donald Trump está se preparando para reforçar a postura de dissuasão contra a crescente agressão da China comunista em um possível segundo mandato. No final de seu primeiro governo, ficou claro para Trump o impacto de se confiar no regime comunista, especialmente em meio à pandemia de COVID-19, cujas consequências foram sentidas em todo o mundo e tiveram origem em um surto na China. Além disso, o acordo comercial de fase um, assinado em janeiro de 2020, acabou não sendo cumprido, levantando questões sobre a verdadeira intenção da China nas relações comerciais.

Transformação nas Relações EUA-China

Nos últimos anos, as relações entre os Estados Unidos e a China mudaram drasticamente, de uma parceria estratégica para uma competição acirrada. Durante a administração Trump, esse novo paradigma ficou evidente com a imposição de restrições ao acesso da China a tecnologias sensíveis, como os semicondutores, e ao capital dos EUA. O governo Biden seguiu essa linha de ação, reafirmando a região do Indo-Pacífico como um foco central de sua estratégia.

O tradicional apelo à cooperação mútua entre as duas potências parece estar em xeque. Em um discurso de congratulações à reeleição de Trump, o presidente chinês, Xi Jinping, afirmou estar disposto a trabalhar com a nova administração. Contudo, especialistas acreditam que um confronto se tornou inevitável.

O Conflito de Interesses

O ex-professor de direito Yuan Hongbing, que conheceu Xi Jinping pessoalmente, afirma que a competição entre o presidente americano e o líder chinês se deve a objetivos diametralmente opostos: enquanto Trump busca “tornar a América grande novamente”, Xi visa um renascimento do movimento comunista internacional. Essa discrepância de interesses resulta em um “conflito do destino” que, segundo Yuan, se apresenta como uma inevitabilidade geopolítica.

  • Xi Jinping: busca reviver o movimento comunista e expandir a influência da China.
  • Donald Trump: foca em revitalizar a economia americana e assegurar os interesses dos EUA em nível global.

David Arase, professor da Universidade Johns Hopkins, complementa essa análise ao comparar a situação atual a uma antiga expressão chinesa sobre dois tigres dominando montanhas opostas. Para ele, a dinâmica globalizada atual torna essa abordagem obsoleta, já que os interesses dos EUA na Ásia não serão simplesmente abandonados em favor de um acordo unilateral.

Desafios e Oportunidades no Cenário Global

Desde a saída de Trump da Casa Branca em janeiro de 2021, os desafios enfrentados por ambos os países se multiplicaram. Nos EUA, a inflação e o investimento em conflitos externos, como as guerras na Ucrânia e em Israel, chamaram a atenção do governo. Enquanto isso, a China se vê lidando com a desaceleração econômica, agravada pela pandemia que expôs a fragilidade de seu modelo econômico baseado em dívidas.

Um Mercado em Transformação

Em meio a esse cenário, um aspecto notável é o crescimento nas exportações da China. Em outubro, essas exportações aumentaram em 12,7% em relação ao ano anterior, impulsionadas pela antecipação de tarifas e outras barreiras comerciais. No entanto, esse desempenho não oculta o fato de que a China ainda lida com um excessivo nível de produção — um tema que se tornou um ponto de discórdia significativa nas relações com os EUA.

  • Aumento das exportações: impulsionado por estoques feitos por importadores.
  • Excesso de capacidade: um conflito de interesses que persiste entre os dois países.

A secretária do Tesouro, Janet Yellen, tem enfatizado que os pacotes de estímulo da China não têm ajudado a sanar o problema da superprodução, levando a uma reavaliação das estratégias econômicas adotadas pelo país asiático.

Interesses Econômicos e o Futuro das Relações

Nick Iacovella, da Coalition for a Prosperous America, é incisivo ao afirmar que as tentativas de negociação com a China falharam. Segundo ele, a estrutura econômica da China, levada pela necessidade de manter a superprodução, torna impossível que um acordo comercial verdadeiro surja sem consequências severas para os dois lados caso os termos sejam quebrados.

Para Iacovella, as exportações continuam a ser a única área de destaque na economia chinesa, mas isso levanta preocupações sobre a capacidade dos EUA de manter sua posição no mercado, considerando o impacto negativo que a superprodução da China pode ter sobre a indústria americana.

Um Novo Capítulo nas Relações EUA-China

As expectativas em relação a um segundo mandato de Trump variam. Arase acredita que Trump dará um foco substancial às relações com a China, possivelmente mantendo uma comunicação direta com Xi Jinping, o que poderia facilitar a compreensão mútua e a formulação de estratégias. Durante sua campanha, que inclui a ideia de permitir a produção de automóveis chineses nos EUA, existe uma expectativa de que essas propostas sirvam como incentivos para a cooperação.

O Papel da Comunicação Direta

A comunicação direta é vista como crucial para melhorar o entendimento entre os líderes dos dois países. Trump, conhecido por sua disposição de fazer ligações diretas, pode buscar essa via para abordar questões delicadas e tentar evitar uma escalada de conflitos. No entanto, essa tentativa de aproximação não é isenta de riscos, especialmente dada a estratégia agressiva do governo chinês desde 2022, que foca na luta contra as potências ocidentais.

A Visão de um Futuro Colaborativo

Enquanto Trump deseja explorar possíveis acordos com a China, o histórico de desrespeito aos acordos anteriores levanta questões sobre a viabilidade de futuras negociações. Iacovella, por sua vez, alega que a era de negociação já passou, e que o foco agora deve ser em conter a superprodução chinesa e mitigar os danos à indústria americana. Para ele, a postura assertiva está intrinsecamente ligada à proteção dos interesses nacionais, defendendo que obrigações e garantias rigorosas sejam impostas caso qualquer acordo venha a ser estabelecido.

Acelerando o Desacoplamento Estratégico

No final do seu primeiro mandato, Trump já havia iniciado um processo de desacoplamento da economia dos EUA da China. Iacovella prevê que, assim que Trump assuma novamente, ele provavelmente aumentará as tarifas, implementará políticas industriais e restringirá o acesso de empresas chinesas a fundos e incentivos nos Estados Unidos. Esse movimento, segundo ele, irá acelerar um desacoplamento estratégico que já está em curso.

As ações da Bolsa de Valores de Nova York, que já havia removido empresas estatais chinesas de suas listas, refletem essa tendência, assim como a recente intensificação das regras para limitar investimentos em tecnologias sensíveis. Com as tensões aumentando, o futuro das relações econômicas entre os EUA e a China se mostra incerto e repleto de desafios, com a possibilidade sempre presente de um conflito maior.

À medida que as dinâmicas globais continuam a evoluir, é fundamental que os líderes de ambas as nações se comprometam a encontrar um caminho que promova a estabilidade e a cooperação, ao invés de simplesmente permitir que as rivalidades dominem as interações. Por fim, a expectativa é que novas abordagens e estratégias sejam desenvolvidas, moldando o futuro das relações entre os EUA e a China de maneira a beneficiar ambos os lados.

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