Violência na Colômbia: Impacto dos Grupos Armados e o Chamado por Mudanças
A realidade da Colômbia é marcada pela dura presença de grupos armados não estatais e organizações criminosas que vêm causando enorme sofrimento à população e desintegrando o tecido social de diversas comunidades. Recentemente, um relatório revelador do Escritório da ONU para os Direitos Humanos, publicado em Genebra, trouxe à tona a gravidade dessa situação, alertando para os efeitos devastadores da violência.
O Cenário Atual: Uma Realidade Alarmante
De acordo com o relatório, os dados coletados em 2024 mostram uma escalada na violência, utilizada pelos grupos armados como estratégia para dominar a população e expandir seus interesses econômicos. Essa dinâmica prejudica a governança e a segurança nas comunidades, particularmente entre povos indígenas, afrodescendentes e camponeses. Esses grupos estão utilizando métodos brutais, como ameaças e assassinatos, para consolidar seu controle sobre as áreas em que atuam.
- Mais de 52 mortes ocorreram na região de Catatumbo desde meados de janeiro.
- Dezenas de milhares de colombianos foram obrigados a deixar suas casas, fugindo do fogo cruzado.
Volker Turk, alto comissário de direitos humanos da ONU, destacou a necessidade urgente de que a proteção da população seja o principal foco nas negociações entre o governo e os grupos armados. Ele enfatizou que o Estado colombiano possui presença em todo o território, com acesso direto às áreas onde esses grupos operam. Isso cria uma oportunidade valiosa para a promoção da paz e o fortalecimento das estruturas de governança.

Desabrigados de Catatumbo chegam ao Estádio General S-antander em Cúcuta, na Colômbia.
Recrutamento de Crianças: Uma Crise Humanitária
Outro aspecto alarmante enfatizado pelo relatório é o recrutar de crianças para as fileiras desses grupos armados. Em 2023, pelo menos 216 crianças, incluindo muitas de comunidades indígenas, foram forçadas a ingressar nessas organizações, colocando em xeque o futuro da juventude colombiana. Além disso, o Escritório de Direitos Humanos registrou 252 mortes resultantes de 72 massacres nesse período, demonstrando uma crescente onda de violência e a preocupação com a segurança dos defensores dos direitos humanos, sendo 89 deles assassinados no mesmo ano.
Assim, qual é o futuro para essas crianças? O que pode ser feito para retirar esses jovens do ciclo de violência em que se encontram? O alto comissário para Direitos Humanos, Turk, defende que é preciso não apenas resgatar essas almas inocentes, mas também criar estruturas que ofereçam alternativas reais e seguras para que possam reintegrar-se à sociedade.
Proteção Ambiental como Prioridade
Além das questões sociais e humanas, Volker Turk chamou a atenção também para a necessidade de proteger o meio ambiente, que sofre significativas consequências em meio ao conflito. A implementação do Acordo Escazú, ratificado pelo Brasil no ano passado, é vista como um passo crucial em direção à proteção ambiental e à defesa dos direitos de quem vive em áreas afetadas por atividades destrutivas. Este acordo visa garantir que as comunidades tenham acesso a informações, participação e justiça em questões ambientais, especialmente em contextos de exploração e atividade criminosa.
Os impactos da degradação ambiental, combinados com a violência, criam um ciclo vicioso que hitera a insegurança e a vulnerabilidade das comunidades. O que pode ser feito para garantir um ambiente saudável e seguro para viver? A resposta pode estar na implementação rápida e eficaz do Acordo de Paz, assinado em 2016, que deve ser priorizado em todas as suas vertentes, celebrando a paz e a justiça social em um país que tanto precisa.
Um Chamado à Ação e Esperança para o Futuro
O relatório da ONU traz à tona a necessidade urgente de que as autoridades colombianas priorizem a segurança dos civis e a governança em suas diversas regiões. Diante de uma realidade tão complexa e alarmante, o que cada um de nós pode fazer? A conscientização sobre a situação e o apoio a iniciativas que visem a proteção e a recuperação das comunidades afetadas pode ser um caminho para a transformação.
As vozes que lutam por paz e justiça precisam ser ouvidas e fortalecidas. A sociedade civil, organizações não-governamentais e a comunidade internacional têm um papel fundamental a desempenhar no apoio a esses esforços. Sejamos parte da solução. Compartilhe essa mensagem, converse sobre esses desafios e ajude a criar um futuro onde a paz prevaleça sobre a violência. O que você pensa sobre essa questão? Como podemos, juntos, contribuir para um mundo mais seguro e melhor para todos?