Cooxupé Projeta Queda na Exportação de Café para 2025
A Cooxupé, a maior cooperativa de cafeicultores do Brasil, planeja um cenário desafiador para o setor do café em 2025. Ao que tudo indica, a cooperativa deverá receber cerca de 5,6 milhões de sacas de 60 kg de café, o que representa uma redução de quase 10% em relação ao volume projetado para 2024. Essa diminuição é atribuída, em grande parte, às condições climáticas adversas que afetaram a produtividade, levando a um ano mais seco e menos produtivo para os cafeicultores.
Expectativas e Realidade
Em entrevista à Reuters, o presidente da Cooxupé, Carlos Augusto Rodrigues de Melo, comenta sobre os desafios que os cooperados enfrentam. Ele espera que os cafeicultores entreguem aproximadamente 4,5 milhões de sacas, o que é 400 mil sacas a menos do que o esperado para o ano anterior. Esse cenário traz à tona a importância de fatores externos, como o clima, que podem influenciar diretamente a produção agrícola e, consequentemente, o mercado.
“Devido ao clima, o recebimento será menor. Embora os cuidados com as lavouras tenham sido iguais ou até superiores aos anos anteriores, a safra deste ano será menor”, afirma Melo. “Os produtores investiram em insumos, pois a relação de troca está favorável devido aos altos preços do café, mas isso não compensou a perda de volume.”
Impacto nos Preços do Café
Se as projeções da Cooxupé se confirmarem, isso poderá impactar os preços do café arábica, que já estão próximos de recordes históricos, superando a marca dos US$ 4 por libra-peso. A demanda por café arábica é alta, e as dificuldades na colheita brasileira são um fator relevante que tem contribuído para a elevação dos preços.
Entretanto, Melo ressalta que as condições climáticas melhoraram desde novembro e que isso pode resultar em uma revisão positiva nas estimativas de produção. “Essa é a primeira previsão. É bem possível que, conforme o ano avance, esse número aumente um pouco”, sugeriu.
A Produção e Exportação da Cooxupé em Números
Atualmente, a Cooperativa Cooxupé, que é também a maior exportadora de café do Brasil, visa exportar 6 milhões de sacas em 2025. Isso representa uma diminuição de 600 mil sacas em relação ao volume do ano passado. A expectativa é de que a cooperativa receba cerca de 1,1 milhão de sacas de produtores não cooperados, mantendo os níveis semelhantes aos de 2024.
Projeções para o Mercado Externo e Interno
- Exportação: A Cooxupé planeja exportar 4,9 milhões de sacas em 2025, o que é praticamente estável em relação aos 5 milhões vistos em 2024.
- Mercado Interno: Para o mercado nacional, espera-se que a cooperativa escoe 1,1 milhão de sacas, uma queda em comparação com as 1,6 milhão de sacas do ano anterior.
Carlos Melo destaca que, mesmo após enfrentar desafios, a cooperativa teve sucesso em seu desempenho de exportação em 2024, alcançando 6,6 milhões de sacas, quase atingindo a meta de 6,7 milhões.
O Que Esperar para 2025
Com o final de fevereiro se aproximando, espera-se que a Cooxupé apresente novas previsões sobre os volumes de recebimentos e exportações para o ano. Essa atualizações são cruciais para ajustar expectativas no mercado, tanto para os produtores quanto para os consumidores.
Considerações Finais
Assim, observando a tendência atual, percebe-se que a produção de café é um reflexo direto das condições climáticas, das práticas agrícolas e do cenário econômico. Para o setor, a adaptação e inovação serão essenciais para enfrentar os desafios que se apresentam. E ao olharmos para o futuro, é fundamental que todos os envolvidos na cadeia produtiva do café, desde os cooperados até os consumidores, estejam atentos às mudanças e informações que afetam diretamente este mercado tão vital à economia brasileira.
Que a discussão sobre o café nos leve a pensar sobre as complexas relações entre natureza, economia e os desafios que enfrentamos no dia a dia. O que você acha do impacto climático na produção de café? Compartilhe suas opiniões e experiências nos comentários!