Início Economia Agronegócio Crise na Safra de Café: Bancos Preveem Queda de Até 6,4% no...

Crise na Safra de Café: Bancos Preveem Queda de Até 6,4% no Produção Brasileira

0


Grãos de café

Reuters

Grãos de café

A Expectativa Para a Safra de Café Brasileiro 2025/26

Com a colheita da safra de café 2025/26 do Brasil iniciando suas atividades, especialistas apontam que é provável que a produção caia entre 3% e 6,4% em comparação ao ciclo anterior. Essa previsão se deve, em grande parte, ao clima seco que predominou em 2024. De acordo com relatórios de instituições financeiras, como o Rabobank, o Brasil, que é o maior produtor e exportador de café do mundo, deve alcançar cerca de 62,8 milhões de sacas de 60 kg, uma redução significativa de 6,4% em relação ao ano passado.

Destaques da Produção de Café

A baixa na produção, segundo o Rabobank, será mais acentuada no café arábica, com uma redução estimada de 13,6%, resultando em cerca de 38 milhões de sacas. Por outro lado, a produção de canéfora, também conhecido como robusta ou conilon, deve apresentar um desempenho recorde, alcançando 24,7 milhões de sacas, um aumento de 7,3% em relação ao anterior.

Impactos do Clima nas Regiões Produtoras

A falta de chuvas em fevereiro e março teve um impacto profundo na floração das plantações de arábica, afetando a produtividade. A informação é confirmada pelo Rabobank: “O clima seco influenciou diretamente o pegamento da florada, resultando em uma diminuição substancial na produção de arábica. No entanto, a expectativa é otimista para a produção de robusta, embora o Estado de Rondônia enfrente um cenário desafiador”, ressaltou a análise.

Além disso, as principais regiões que cultivam arábica, com exceção do Cerrado Mineiro, enfrentaram chuvas abaixo da média durante o início do ano. “O calor e a seca afetaram áreas específicas, especialmente no Sul de Minas Gerais e no Cerrado Mineiro. Contudo, a chegada das chuvas na segunda metade de março trouxe alívio para as lavouras”, completou o relatório.

Previsões do Itaú BBA

O Itaú BBA também lançou sua estimativa para a safra de café do Brasil, mantendo-a em 64,4 milhões de sacas, o que representa uma redução de 3% em relação ao dado do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). O banco projeta uma diminuição de 10% na produção de arábica, totalizando 40,9 milhões de sacas, enquanto prevê um crescimento de 12% na produção de robusta, alcançando 23,5 milhões de sacas.

Início da Colheita do Café Conilon

A colheita de café conilon já teve início na área de atuação da cooperativa Cooabriel, que está sediada no Espírito Santo e também opera na Bahia. “Os produtores já começaram a colher, especialmente os clones de maturação precoce”, afirmaram representantes da cooperativa.

Previsões Climáticas e Seus Efeitos

Outro ponto destacado pelo Itaú BBA é a expectativa de clima nos próximos meses. Modelos de previsão meteorológica norte-americanos sugerem a possibilidade de chuvas, o que pode potencialmente criar desafios para a colheita, mas evitaria a repetição da seca prolongada que foi observada no ano anterior. Isso, por sua vez, promoveria condições mais favoráveis para as lavouras na próxima florada.

Consistência entre as Previsões do Mercado

As projeções do Itaú BBA estão alinhadas com as estimativas da consultoria StoneX, assim como outras análises feitas nos últimos meses. A consultoria apontou a possibilidade de produção de 64,5 milhões de sacas, o que reforça a consistência das previsões de mercado para o setor cafeeiro.

Reflexões Finais sobre o Mercado de Café

Portanto, ao observar o panorama da safra de café brasileira para o ciclo 2025/26, é evidente que fatores climáticos têm um papel crucial na definição da produtividade. As mudanças nas condições meteorológicas e a resposta das plantações são aspectos que devem ser monitorados de perto por produtores e investidores.

À medida que o Brasil enfrenta desafios climáticos e adaptações necessárias, as inovações na produção e nas técnicas de cultivo serão fundamentais para contornar essas adversidades e garantir a estabilidade do mercado. O futuro do café brasileiro é promissor, mas exigirá resiliência e adaptação diante das variáveis que ele apresenta.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Sair da versão mobile