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O iFood foi um dos pioneiros brasileiros a investir em inteligência artificial, quando essa tecnologia ainda estava em seus estágios iniciais. Desde 2018, a empresa vem aprimorando sua área de dados e explorando o universo do machine learning. Seis anos depois, ela entra em uma nova fase: a implementação de agentes de IA, que têm um impacto direto em seu desempenho financeiro e fortalecem a vantagem competitiva da empresa.
“Estamos na linha de frente global, demonstrando como plataformas podem evoluir de meras transações para um autêntico ecossistema de conveniência”, afirma Isabella Piratininga, diretora de tecnologia e inovação do iFood. Em uma entrevista reveladora, ela compartilha como a empresa construiu essa trajetória e quais resultados já estão sendo colhidos.

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O Papel Estratégico da Inteligência Artificial no iFood
A inteligência artificial é fundamental para que o iFood funcione em uma escala tão vasta. O ecossistema da empresa conecta 60 milhões de clientes, 460 mil estabelecimentos e 450 mil entregadores, processando mais de 160 milhões de pedidos e 3,4 milhões de atendimentos mensalmente. Nenhum ser humano conseguiria garantir essa operação com a mesma precisão e rapidez.
Desde 2018, desenvolvemos modelos de IA sob medida. Hoje, operamos com 190 modelos que, juntos, realizam 25 bilhões de predições em tempo real todos os meses. Isso não apenas sustenta nossas operações, mas também impulsiona novas iniciativas, como o iFood Salão e a Maquinona, que utilizam análise de dados para aumentar as vendas e a eficiência dos restaurantes. Nossos modelos de IA têm um impacto significativo, representando mais de 30% do nosso Ebitda.
Como a IA Evoluiu Dentro do iFood?
Nossa jornada começou com foco em machine learning, desenvolvendo soluções voltadas para operações, como estimativas precisas de tempos de preparo, alocação eficiente de entregadores e previsões de demanda. Um dos nossos maiores sucessos foi na área de prevenção de fraudes, onde reduzimos a taxa de chargeback de 2,6% para apenas 0,1%, mantendo 97% de aprovação nas transações – um feito notável para o setor.
No início deste ano, entramos em uma nova fase com a introdução dos agentes de IA. Lançamos o Ailo, que permite aos usuários realizar pedidos conversando via WhatsApp, e o Large Commerce Model (LCM), um sistema de IA desenvolvido em parceria com a Prosus, uma das gigantes da tecnologia e controladora do iFood. Este modelo é treinado com bilhões de interações de consumidores brasileiros e se diferencia por entender intenções de compra.
O LCM aprende com cada interação, operando como um personal shopper que antecipa as necessidades dos consumidores. Esperamos que, em três anos, essa tecnologia dobrem os resultados positivos da IA para o iFood.

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Resultados: O que os Agentes de IA Têm Oferecido ao Negócio?
Dois destaques são a Cris e o Ailo. Cris é uma assistente virtual que opera via WhatsApp, oferecendo inteligência de dados a pequenos e médios restaurantes. Ela analisa vendas, avaliações e desempenho de cardápio, identificando oportunidades e sugerindo ações práticas, como ajustes de preço ou promoções.
No piloto com 10 mil parceiros, a Cris alcançou 96% de precisão em suas recomendações, ajudando a aumentar as vendas, comprovando que a IA pode democratizar a eficiência operacional.
O Ailo, disponível para 10% dos usuários do app e para todos no WhatsApp, também tem mostrado resultados impressionantes. O processo de finalização de pedidos via WhatsApp é 33% mais rápido do que no aplicativo convencional, pois esse agente conversacional compreende as preferências e oferece sugestões relevantes aos clientes. Isso proporciona uma camada adicional de conveniência, permitindo que os usuários escolham o canal que preferem para cada situação.
A Visão do iFood para a Era dos Agentes de IA
Estamos convencidos de que os agentes de IA irão revolucionar a relação entre as pessoas e as empresas. Dentro do iFood, já contamos com mais de 3 mil agentes internos, desenvolvidos por colaboradores de diversas áreas, e isso é apenas o começo.
Nossa intenção é utilizar essa tecnologia de forma a gerar um impacto significativo, sempre pautados por valores como ética, privacidade e segurança. Queremos colocar o Brasil como protagonista no debate global sobre o uso responsável da IA.
O propósito maior é claro: melhorar a experiência de quem vende, de quem entrega e de quem consome. Buscamos processos mais eficientes, produtos mais inteligentes e experiências mais fluidas. À medida que a IA se torna parte do dia a dia, ela deve ser uma aliada invisível, facilitando decisões e proporcionando praticidade sem complicações.
*BrandVoice é de responsabilidade exclusiva dos autores.




