quinta-feira, junho 26, 2025

Descubra como a censura na China impacta traduções automáticas de religião e política, revela estudo do Citizen Lab


Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.

Censura em Serviços de Tradução na China

Um estudo recente revelou uma realidade alarmante sobre como os serviços de tradução mais populares na China continental operam: a censura automática de conteúdos considerados sensíveis pelo regime comunista. Este fenômeno levanta sérias questões sobre a liberdade de expressão e o acesso à informação no país.

Apesar da Globalização, a Censura se Mantém

Em um relatório divulgado no dia 30 de julho, intitulado “Perdido na Tradução: Caracterizando a Censura Automatizada em Serviços de Tradução Online”, o projeto Laboratório Cidadão, baseado no Canadá, conduziu uma análise detalhada de cinco plataformas de tradução online operando na China. Foram testados serviços de quatro empresas chinesas — Alibaba, Baidu, Tencent e Youdao — e um da americana Microsoft, o Tradutor do Bing, que é a única plataforma estrangeira autorizada no país.

A pesquisa revelou que todos esses serviços censuram automaticamente palavras, frases ou sentenças que tocam em temas considerados sensíveis, totalizando impressionantes 11.634 regras de censura apenas entre os serviços analisados.

O Foco da Censura: Política e Religião

Um dos pontos mais intrigantes do relatório é que a censura estava amplamente direcionada a expressões políticas e religiosas que desafiam a narrativa do Partido Comunista Chinês (PCCh). O estudo encontrou uma ausência significativa de censura relacionada a pornografia e conteúdo erótico, o que sugere que os censores não estão preocupados em esconder a verdadeira motivação por trás de suas ações.

O sociopolitólogo Chen Shih-min, da National Taiwan University, comentou sobre o assunto em 31 de julho, afirmando que essa forma de censura é uma demonstração do medo que o PCCh sente em relação à disseminação de informação estrangeira na China. “O regime teme que os cidadãos conheçam a realidade por trás do que acontece no país por meio de fontes externas,” afirmou Chen.

Casos Específicos de Censura

O relatório destacou que o conteúdo religioso censurado geralmente estava ligado ao Falun Gong. Referências ao movimento e as suas várias denominações, como Falun Dafa, eram frequentemente removidas. Incrivelmente, mesmo mencões a meios de comunicação associados a esse movimento, como Epoch Times e NTDTV, estavam sob severa censura.

  • Conteúdos censurados incluem:
    • Referências a dissidentes políticos;
    • Críticas ao governo e ao PCCh;
    • Menções ao movimento democrático de Tiananmen, e ao massacre ocorrido em 1989.

A censura também reflete a insegurança do regime sobre sua legitimação, uma vez que Wu Se-chih, pesquisador da Associação de Políticas através do Estreito em Taiwan, argumentou que o controle sobre expressões religiosas é um indicativo de que o PCCh teme perder seu poder absoluto diante de uma população com liberdade de crença.

Um Sistema em Crise

A situação do PCCh se torna ainda mais crítica quando observamos os efeitos da pandemia de COVID-19. Desde a retirada das restrições, a economia chinesa vem mostrando sinais de fraqueza e prejuízos, impactando diretamente a legitimidade do governo de Xi Jinping. Essa realidade levou o regime a intensificar suas táticas de controle, que incluem a censura de informações que apresentem uma narrativa contrária à oficial.

Desafios e Oportunidades para a Disseminação da Verdade

Apesar da censura pesada, Wu Se-chih expressou otimismo, afirmando que muitos cidadãos chineses estão encontrando formas de contornar o firewall do PCCh. Isso inclui o uso de softwares e serviços de tradução de países democráticos para acessar uma gama mais ampla de informações.

Esse fenômeno é um sinal encorajador, pois mostra que, mesmo em um regime autoritário, as pessoas buscam maneiras de se informar e acessar a verdade, desafiando o controle exercido pelo governo.

A Reflexão Final

Os dados expostos neste estudo não apenas destacam a extensão da censura em serviços de tradução na China, mas também levantam questões profundas sobre a liberdade de expressão e o controle social. A capacidade do PCCh de moldar a narrativa e manipular informações coloca em risco a integridade do discurso público no país.

Enquanto as pessoas encontram brechas para acessar informações não filtradas, a luta pela verdade e pela liberdade de expressão continua. É crucial que todos estejam cientes desse cenário, para que, juntos, possamos promover um ambiente onde a verdade prevaleça sobre a censura. Então, o que você pensa sobre a censura na China e como isso afeta a sociedade globalmente? Compartilhe suas opiniões nos comentários!

Luo Ya contribuiu para esta reportagem.

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