sexta-feira, março 14, 2025

Descubra como a IA pode impactar as chances de ‘Emilia Pérez’ e ‘O Brutalista’ no Oscar!


Polêmicas no Cinema: A Revolução da Inteligência Artificial em “Emilia Pérez” e “O Brutalista”

Nos últimos tempos, a indústria cinematográfica tem sido sacudida por um tema controverso: o uso da inteligência artificial (IA) nas produções. Dois filmes em especial, “Emilia Pérez” e “O Brutalista”, estão no epicentro dessa discussão após revelações que indicam sua dependência dessa tecnologia inovadora. Mas afinal, quais são as implicações desse uso na busca pelo Oscar? Vamos entender!

“O Brutalista” e a Revelação Surpreendente

A controvérsia sobre a produção de “O Brutalista” ganhou notoriedade após uma entrevista do editor David Jancsó à famosa publicação de tecnologia Notícias do Tubarão Vermelho. Em sua fala, divulgada em 11 de janeiro, Jancsó revelou que o filme utilizou IA para melhorar a qualidade do áudio sem comprometer a autenticidade das performances. Porém, a notícia viralizou somente em 20 de janeiro, causando agitação nas redes sociais e publicações comerciais de Hollywood.

  • Qual foi a motivação? O editor destacou que o uso de IA foi uma tentativa de solucionar problemas específicos do dialeto húngaro falado pelos atores Adrien Brody e Felicity Jones. Inicialmente, a equipe tentou métodos convencionais de substituição de diálogo, mas sem sucesso. A solução encontrada envolveu o emprego de tecnologia para ajustar nuances complicadas da pronúncia.

Revolução em “Emilia Pérez”

Assim como em “O Brutalista”, o filme “Emilia Pérez” também fez uso de inteligencia artificial, temática que começou a ser discutida em maio, durante o Festival Internacional de Cinema de Cannes. O mixer de som Cirilo Holtz revelou que a produção colaborou com a empresa ucraniana Representante para aplicar técnicas de clonagem de voz na interpretação da atriz Karla Sofia Gascón. Isso visava aumentar o alcance vocal da personagem que, embora siga uma linha musical no filme, buscava um enredo mais completo sob a direção de Jacques Audiard.

  • Por que usar clonagem de voz? A estratégia foi mesclar a voz de Gascón com a da pop star francesa Camila, que coescreveu a música. Esta abordagem gerou discussões sobre a ética de substituir a voz de um ator por tecnologia.

O Impacto da IA nas Carreiras de Hollywood

O tema do uso da inteligência artificial vai além de apenas dois filmes. A indústria do entretenimento vive um clima de apreensão em relação ao futuro dos empregos, especialmente quanto ao temor de que a tecnologia possa substituir a criatividade humana. Vejamos alguns pontos principais que estão moldando esse debate:

  • Preocupações com o Emprego: Muitos profissionais temem pela sua segurança no mercado. Até mesmo os membros do Sindicato de Atores de Tela (SAG) e do Sindicato dos Roteiristas dos EUA (WGA) levantaram essa questão nas recentes greves que marcaram o setor.

  • Desafios Criativos: Além da questão da possibilidade de substituição, o uso de IA levanta uma série de dilemas éticos e criativos. Como manter a autenticidade dos trabalhos apresentados em um mundo onde algoritmos têm cada vez mais influência?

O Que Dizem os Diretores?

Em resposta às controvérsias, tanto Jacques Audiard quanto Brady Corbet, diretor de “O Brutalista”, saíram em defesa do uso da IA em seus projetos. Audiard enfatizou que as inovações foram implementadas para ampliar a narrativa do filme, sem diminuir o valor das atuações originais. Corbet, por sua vez, destacou que a tecnologia visa preservar as performances autênticas dos atores.

“O objetivo não era substituir, mas refinar. Queremos que os talentos baseados na linguagem original sejam realçados, não mascarados”, afirmou Corbet em nota.

Exemplos de Uso de IA no Cinema

A questão do uso da inteligência artificial no cinema está se tornando comum. Além dos filmes já citados, outros projetos também têm buscado integrar tecnologia para resolver questões específicas:

  • “Entrevista com o Demônio”: Esta produção independente enfrentou uma tempestade quando começou a utilizar IA para gerar gráficos de letreiros, o que gerou polêmica entre artistas gráficos que se sentiram ameaçados.

  • “Megalópolis”: O trailer do épico do diretor Francisco Ford Coppola gerou controvérsia quando citações que criticavam trabalhos anteriores do diretor foram supostamente geradas por IA, levando a distribuidora a retirar o material do ar.

O Caminho à Frente

À medida que a discussão sobre o uso de IA continua, a indústria precisa encontrar um equilíbrio entre a inovação tecnológica e a preservação da essência humana nas artes. O futuro pode reservar oportunidades incríveis, mas garantindo que os profissionais sejam respeitados e que seus trabalhos não sejam diminuídos pela chegada de novas ferramentas.

Refletindo Sobre o Futuro

A transformação que a inteligência artificial traz para Hollywood é palpável. Ao mesmo tempo, provoca uma série de reflexões sobre a natureza da criatividade, o papel do artista e a ética na produção cultural.

  • O que você acha do uso de tecnologia no cinema? É uma forma de inovação que vem para agregar ou uma ameaça à arte?

Essas perguntas são fundamentais para o diálogo que estamos construindo na sociedade diante de grandes mudanças tecnológicas. Assim, convidamos você a refletir, comentar e compartilhar suas opiniões sobre a intersecção entre a arte e a tecnologia em nossa moderna era cinematográfica.

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