O Império da Timbro Trading: Rumo ao Futuro

Fonte: TT_Divulgar
Bruno Russo, vice-presidente e sócio-fundador da Timbro Trading

Crescimento Impressionante

Nos últimos cinco anos, a Timbro Trading, uma das principais tradings do Brasil, viu um crescimento fenomenal. Em 2020, a empresa registrou um faturamento de aproximadamente R$ 2,5 bilhões. Estima-se que em 2025, esse número chegue a R$ 25 bilhões, representando um crescimento médio anual que pode variar entre 20% e 40%. Fundada há 15 anos e localizada em São Paulo, a Timbro Trading atua em diversas áreas, incluindo exportação, importação e mercado interno, sob a liderança de seus sócios fundadores, Jorge Guinle e Bruno Russo.

“Optamos por uma estratégia sólida desde o início: ter diversidade de negócios e integrar nossas operações em várias frentes”, explica Russo. Esse modelo, comum em empresas internacionais, coloca a Timbro como uma das poucas tradings brasileiras a adotar tal abordagem.

Uma Força no Setor Agro

A Timbro Trading foi incluída na renomada Lista Forbes Agro100 de 2025, que reúne as 100 maiores empresas do setor agro no Brasil. Juntas, essas empresas geraram uma receita de R$ 1,886 trilhão, representando cerca de 16% do PIB do país. Em um evento realizado no Jóquei Clube de São Paulo, líderes do setor, incluindo Russo, se reuniram para discutir as perspectivas do mercado agro.

“Temos uma frase que sempre repetimos: ‘levamos o Brasil para o mundo’”, destaca Russo. O objetivo da Timbro é se tornar uma trading brasileira com presença global, capaz de aumentar a participação do país no comércio internacional de alimentos e matérias-primas.

O Modelo de Negócio da Timbro

Em 2024, a Timbro Trading ultrapassou R$ 14 bilhões em faturamento, um crescimento impressionante de 63,1% em relação ao ano anterior. A empresa combina operações comerciais com ativos e estruturas de financiamento ligadas ao produto físico. Isso envolve a originação de produtos em parceria com produtores rurais, usinas, mineradoras e indústrias, tanto no Brasil quanto no exterior.

Na atualidade, seu faturamento é dividido em aproximadamente 60% entre importações e mercado interno, e 40% em exportações. O açúcar é o carro-chefe das exportações, representando quase metade do volume, enquanto outros produtos como minérios, grãos e itens de nicho, como gergelim e café, também fazem parte do portfólio. Essa combinação estratégica permite à empresa adaptar suas operações conforme os ciclos de preços e a demanda dos mercados.

Gestão de Risco e Diversificação

Pietro Constantino, diretor de agro na Timbro, ressalta que a diversidade de produtos está diretamente ligada à gestão de risco. “Trabalhar com diferentes cadeias e perfis de clientes dilui a exposição e permite oferecer soluções mais completas”, afirma. A empresa movimenta cerca de 4 milhões de toneladas de commodities anualmente, o que equivale a aproximadamente 40 mil contêineres.

Expansão no Mercado Doméstico e Etanol

Internamente, a Timbro se destacou na importação para terceiros, atendendo grandes empresas brasileiras e multinacionais em cerca de 20 setores. Recentemente, as importações de equipamentos de construção civil e máquinas de mineração ganharam relevância.

Na cadeia do açúcar, a Timbro atua como um “atacado do atacado”, conectando usinas a grandes indústrias. “Nossa capacidade de decidir se o açúcar vai para o mercado interno ou para exportação é uma vantagem crucial”, explica Russo.

Além disso, a empresa desenvolveu soluções financeiras para clientes da indústria e usinas, criando operações de hedge para açúcar e câmbio, possibilitando contratos com preços fixos e antecipação de liquidez.

A Estrutura de Exportações

O açúcar continua sendo o produto central da Timbro, com exportações de cerca de 2 milhões de toneladas anuais, oriundas de diversas regiões do Brasil e de países da América, além de Tailândia, Índia e Europa. “Atualmente, somos um dos maiores distribuidores de açúcar para o continente africano”, afirma Constantino.

A mesa de grãos também tem se expandido, abrangendo soja, milho e farelo de soja. Em 2024, a Timbro movimentou aproximadamente 700 mil toneladas, com a expectativa de crescimento contínuo.

A Proposta de Proteção e Diversificação

A empresa não se limita apenas a açúcar e grãos; ela também está se aventurando no mercado de proteína animal, exportando carne bovina, frango e suína para a África e o Oriente Médio. Essas operações são estruturadas para atender clientes que precisam de prazos de pagamento mais flexíveis, aproveitando uma lacuna deixada por grandes frigoríficos.

Além disso, a Timbro está desenvolvendo a marca Ginda, focada em alimentos industrializados, especialmente voltada para o mercado halal e países africanos, com produtos que incluem massas e molhos de tomate.

Internacionalização e Presença Global

A estratégia de crescimento da Timbro inclui um processo de internacionalização. Com escritórios em Genebra, Xangai, Estados Unidos e Dubai, a empresa busca se conectar com mercados cruciais. “Dubai se tornou um ponto estratégico que aproxima a companhia dos mercados africanos e asiáticos, facilitando a logística e o acesso ao sistema bancário”, explica Constantino.

Essa diversificação geográfica permite à Timbro operar de forma mais eficiente, mantendo sua presença local como diferencial. “Ter profissionais em diferentes partes do mundo é essencial. É como ter um pé em cada mercado”, diz Russo.

Desafios e Oportunidades para o Futuro

Com a previsão de aumento do consumo de alimentos e uma geopolítica instável nos próximos anos, a Timbro está atenta às mudanças. “Estamos cientes da turbulência que pode vir”, afirma Russo. A empresa reforça a importância de uma gestão de risco sólida e de manter informações atualizadas sobre os mercados em que opera.

A logística e energia também são vistos como riscos estruturais no Brasil. “Se o PIB crescer sem o devido investimento em infraestrutura, corremos o risco de estrangulamentos logísticos”, alerta Russo.

Reflexões Finais

A trajetória da Timbro Trading é um exemplo de como uma empresa pode prosperar ao adotar um modelo de negócios diversificado e global. Eles não apenas planejam o futuro; eles estão moldando-o ativamente, levando o Brasil para o mundo e conectando suas raízes fortes nas commodities a uma rede de oportunidades globais.

O que você pensa sobre o crescimento das tradings brasileiras no cenário internacional? Acompanhe as novidades e compartilhe suas opiniões!