sexta-feira, março 14, 2025

Descubra como a Tokenização Pode Revolucionar o Mercado Financeiro, segundo o FMI!


Revolução nos Mercados Financeiros: O Poder da Tokenização

Os mercados financeiros estão repletos de ineficiências que tornam suas operações complexas e onerosas. Entre as questões mais relevantes, podemos mencionar a presença de vários intermediários que aumentam os custos das transações, os riscos relacionados ao descumprimento de obrigações contratuais e a tendência de priorizar interesses individuais em detrimento de um bem coletivo.

No entanto, iniciativas promissoras como a tokenização estão emergindo como soluções viáveis para muitos desses problemas. Essa prática consiste em converter ativos – sejam eles reais ou digitais, como ações ou títulos – em tokens que operam em uma blockchain, a tecnologia que sustenta as criptomoedas.

Leia mais: Tokenização não é digitalização

Como a Tokenização Pode Transformar os Mercados Financeiros

O Fundo Monetário Internacional (FMI) aponta que a tokenização pode melhorar o compartilhamento de informações e a programabilidade nos mercados financeiros. No estudo intitulado “Tokenization and Financial Market Inefficiencies”, publicado no último mês, o FMI discute como essa transformação pode influenciar positivamente o setor financeiro.

Entre os benefícios identificados, estão:

  • Melhora na **mitigação e redução de custos**, minimizando atritos durante o ciclo de vida dos ativos.
  • Menor dependência de intermediários, uma vez que muitos processos podem ser automatizados.
  • Diminuição do risco de contraparte por meio de liquidações simultâneas.
  • Agilidade na liquidação de transações, que pode ser feita de maneira mais rápida e eficiente.

Descomplicando a Emissão de Ativos

Atualmente, a emissão de ativos normalmente exige o gerenciamento de registros de acionistas e títulos de dívida através de intermediários, como bancos e empresas fiduciárias. Esses intermediários, embora desempenhem funções importantes, geram custos operacionais e cobram taxas por seus serviços.

O FMI destaca que o uso de um livro-razão compartilhado, como o provisto pela blockchain, pode reduzir os custos de transação na emissão de ativos. Com a tokenização, cada ativo está diretamente vinculado à conta de seu proprietário, eliminando a necessidade de registros separados e apresentando uma economia significativa para os emissores.

Superando Riscos na Negociação de Ativos

Um dos grandes desafios nos mercados financeiros é o risco de contraparte – a incerteza de que um dos envolvidos na transação não cumprirá suas obrigações. Para mitigar esse risco, a indústria financeira criou entidades como depositários centrais e câmaras de compensação, que trazem segurança ao processo.

Contudo, o FMI afirma que a tokenização pode oferecer uma solução ainda mais eficaz com o uso de smart contracts (ou contratos inteligentes). Esses contratos são programas que executam automaticamente ações quando determinadas condições são atendidas. Por exemplo, se João enviar 1 unidade da criptomoeda Ethereum (ETH) para Maria em uma data específica, o sistema poderá garantir que ela receba automaticamente 1.000 unidades da cripto USDC Coin (USDC), eliminando a necessidade de intermediários e a conversão manual.

Leia mais: O que são smart contracts e qual a relação com criptomoedas

Facilitando o Processo de Resgate

Quando uma empresa precisa efetuar pagamentos como dividendos, o processo pode se tornar complicado e custoso devido à necessidade de identificar quais títulos estão em circulação e quem são os acionistas que têm direito a receber. Esse processo, frequentemente realizado por intermediários, traz custos adicionais.

Porém, com a tokenização, esse processo poderia ser automatizado. Através de smart contracts, as empresas podem programar pagamentos automáticos a acionistas de forma eficiente, reduzindo custos e aumentando a agilidade.

A Ascensão do Mercado de Trilhões

A tokenização de ativos promete transformar o cenário financeiro global. Estudos do Boston Consulting Group apontam que, até 2030, essa prática pode atingir a impressionante cifra de US$ 16 trilhões, representando cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.

O Brasil não ficou de fora dessa revolução. Desde 2020, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) lançou um sandbox regulatório, um ambiente experimental que permitiu o desenvolvimento de diversas iniciativas envolvendo tokenização.

Dentre os projetos relevantes surgidos no Brasil, destacam-se:

  • Vórtx QR Tokenizadora: Focada na tokenização de ativos financeiros.
  • Estar Finance: Uma plataforma de crowdfunding que integrou a tokenização em seu modelo de negócios.
  • Bee4: Mercado de negociação de ações tokenizadas, com produtos diversificados, de clínicas de reprodução humana a dívidas de motéis.

Leia mais: De reprodução humana a motéis: investimentos tokenizados passam de R$ 1 bi no Brasil

Um Futuro Promissor

A tokenização representa uma oportunidade valiosa para os mercados financeiros, permitindo operações mais eficientes, seguras e acessíveis a todos. Conforme avançamos, é essencial que investidores, empresas e reguladores estejam atentos a essas inovações e estejam abertos a explorar novas possibilidades que a tecnologia pode oferecer.

Que tal refletir sobre como a tokenização pode impactar sua visão sobre os investimentos? Comente abaixo suas opiniões e não hesite em compartilhar este artigo com seus amigos!

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