No mais recente relatório do BTG Pactual, as ações da Vamos (VAMO3) têm potencial para uma impressionante valorização de mais de 290% nos próximos 12 meses. Essa previsão animadora surgiu após uma reunião com o CEO da empresa, Gustavo Couto, que ocorreu na semana passada.
O BTG enfatiza que essa análise é resultado das discussões que aconteceram durante o encontro com a gestão da Vamos, incluindo fatores operacionais, estratégias de execução e as expectativas de crescimento. A previsão de preço-alvo estabelecida é de R$ 15 por ação, o que representa uma valorização impressionante de 291,6% em relação ao preço de fechamento da última segunda-feira (1).
Mesmo diante de um cenário desafiador, com altas taxas de juros e necessidade de ajustes de estoque, o relatório indica uma melhora gradual nas operações da Vamos, refletindo uma percepção positiva dos analistas.
O que despertou a confiança do BTG na Vamos (VAMO3)
Os analistas saíram da reunião com Gustavo Couto impressionados com a disciplina da empresa em sua execução operacional. Eles destacaram fatores como o rigor nas práticas de preços e um ambiente em recuperação que facilita o controle na retomada de ativos.
Durante o ciclo recente de alta do agronegócio, a Vamos reconheceu que havia alocado um capital excessivo, levando-a a adotar uma abordagem mais conservadora. O BTG menciona que a empresa se afastou de segmentos mais voláteis, o que tem contribuído para a otimização de sua estratégia e a gestão dos ativos recuperados.
A manter a disciplina financeira, gerir o inventário e administrar a frota usada são práticas que o BTG considera fundamentais para o sucesso da Vamos. Além disso, a empresa ainda conta com vantagens competitivas, impulsionadas por relacionamentos sólidos com montadoras e um significativo ganho de escala em um mercado que ainda apresenta subpenetração.
O relatório do BTG também sublinha que a concorrência no setor está menos agressiva e que o modelo de negócios da Vamos é visto como resiliente. De acordo com os analistas, “a Vamos possui um histórico de melhorias significativas” em sua operação.
Contudo, o BTG não ignora os desafios que a empresa pode enfrentar, como as margens pressionadas nas vendas de usados, um potencial enfraquecimento na demanda em 2026 e a necessidade de equilibrar a aquisição de novos ativos com o controle sobre a dívida. Entretanto, a expectativa é de que um ambiente com juros mais favoráveis possa liberar um valor não reconhecido, com a Vamos se posicionando como uma protagonista no segmento de locação de veículos pesados.





