terça-feira, julho 22, 2025

Descubra os Riscos Ocultos e as Estratégias em Andamento: Especialistas Revelam os Próximos Passos!


Alerta de Gripe Aviária no Brasil: O Que Isso Significa para o Mercado Avícola?

Recentemente, a descoberta de um caso de gripe aviária em uma granja no Rio Grande do Sul trouxe inquietação a produtores e consumidores do setor avícola brasileiro. Com o Brasil sendo reconhecido como o maior exportador de carne de frango do mundo, representando 35% do comércio global, é compreensível que essa situação gere dúvidas. Em 2023, o país registrou vendas superiores a 5,1 milhões de toneladas de frango, proporcionando um faturamento recorde de US$ 9,742 bilhões.

No entanto, especialistas acreditam que os impactos econômicos desse incidente serão limitados, considerando que as medidas adequadas de contenção estão sendo implementadas rapidamente e que o caso permanece isolado.

Resposta Ágil para Minimizar Preocupações

Alcides Torres, analista da Scot Consultoria, destaca a rapidez com que as autoridades tomaram medidas, suspendendo as exportações da área afetada e iniciando ações sanitárias. Alguns países também interromperam as importações por 60 dias, permitindo um tempo necessário para que todas as medidas sejam comprovadas.

Além disso, é crucial esclarecer que a gripe aviária não é uma zoonose, ou seja, não apresenta riscos para a saúde humana, não sendo transmitida através do consumo de carne ou ovos. O sistema brasileiro de produção, caracterizado por granjas fechadas e rigorosamente controladas, torna ainda mais desfavorável a disseminação do vírus. O governo já havia instituído proibições para a criação livre de aves, em função do risco apresentado por aves migratórias.

A Produção Abaixo de Controle: Um Ciclo Curto

Outro ponto favorável é o curto ciclo produtivo na avicultura, que dura cerca de 45 dias do nascimento ao abate. Isso permite ao setor se adaptar rapidamente a mudanças. Alcides enfatiza que a produção pode ser realocada para outras regiões, como São Paulo ou Santa Catarina, atenuando o impacto regional e assegurando a continuidade do abastecimento. "O setor é bem estruturado, e as expectativas são de efeitos pontuais em logística e preços", sentencia ele.

Felippe Serigati, pesquisador do FGV Agro, reafirma que tudo depende da confirmação da singularidade do caso de Montenegro (RS). Se a situação for de fato isolada, basta o estabelecimento de um zoneamento de 10 km ao redor do foco para que outras regiões mantenham a exportação.

Oportunidades em Tempos de Crise

O Brasil já havia ampliado seu espaço no mercado global durante surtos na União Europeia, aproveitando a diminuição da demanda. Caso esta situação seja bem gerenciada, o impacto negativo na posição brasileira poderá ser minimizado. "Ainda que possa ocorrer uma queda de preços internamente, devido a um aumento na oferta de carne que não será exportada, isso deve ser algo passageiro", analisa Serigati.

O Que Esperar da Inflação de Alimentos?

Embora exista a possibilidade de uma redução temporária nos preços do frango no mercado interno, Serigati descarta a ideia de que isso tenha um impacto significativo na inflação geral dos alimentos. "Nos últimos tempos, o frango não sofreu grandes aumentos, então não será um fator determinante para alterar o índice de preços", aponta.

Marcos Jank, coordenador do Insper Agro Global, enfatiza que o consumo de carne de frango e ovos permanece seguro. "Não há riscos de contaminação para os humanos a partir do consumo desses produtos", diz ele.

Preparação de Longo Prazo

Jank destaca que o Brasil se preparou durante décadas para situações dessa natureza. O país exporta para mais de 160 nações, mantendo protocolos rigorosos que garantem um histórico positivo. O zoneamento é uma ferramenta essencial para manter a confiança do mercado internacional. "Não faz sentido fechar todo o país por um único foco isolado", defende.

O Futuro do Mercado Aviar

Nas últimas duas décadas, o Brasil tem ampliado sua participação no mercado global de carne de frango. Em 2000, os Estados Unidos detinham 50% das vendas mundiais, enquanto o Brasil respondia por 18%. Atualmente, essa situação se inverteu, com os EUA mantendo 22% e o Brasil alcançando 35%.

"Estamos avançando mais rapidamente do que nossos concorrentes, e isso demanda que o país mantenha seus protocolos atualizados e prontos para serem aplicados, exatamente como foi feito agora", ressalta Jank.

Com uma média de consumo de 45 quilos de carne de frango por pessoa ao ano, em comparação com 25 quilos de carne bovina e 20 quilos da suína, a demanda interna parece permanecer robusta. Jank acredita que uma eventual queda de preços, provocada por uma suspensão temporária das exportações, pode até gerar um aumento no consumo.

Mantendo a Reputação no Mercado

Embora situações sanitárias gerem preocupações, especialistas avaliam positivamente a resposta rápida, técnica e transparente do Brasil, fortalecendo sua imagem como fornecedor confiável. A vigilância continua sendo um aspecto crítico, especialmente dado que o vírus da gripe aviária circula em toda a América, e o desafio é manter a situação sob controle.

Lembre-se de que, apesar das incertezas, o mais importante tanto para os consumidores quanto para os produtores é continuar atento às diretrizes de segurança e ao bem-estar da indústria avícola no Brasil. Este é um momento que exige transparência e compromisso, e a confiança do público pode se manter firme tendo em vista a responsabilidade e a agilidade nas operações.

Deixe sua opinião nos comentários e fique atento às atualizações sobre o assunto! Como você vê o impacto desse incidente no nosso mercado avícola?

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