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Desvendando a Batalha: Por que os Gigantes da China Estão Fissurados pelo Mercado Brasileiro de Smartphones!

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O Crescimento das Marcas Chinesas no Mercado de Smartphones Brasileiro

Nos últimos anos, o cenário do mercado brasileiro de smartphones tem se transformado rapidamente. Com um foco na conquista de uma fatia desse bilionário segmento, marcas como Oppo e Xiaomi estão intensificando seus lançamentos e parcerias no país. Contudo, os desafios que essas empresas enfrentam não são simples. Operando em um ambiente marcado por alta concorrência e uma estrutura de mercado ainda desregulamentada, elas precisam solidificar sua presença e fortalecer o suporte ao cliente.

A Influência do Mercado Global

De acordo com dados da Counterpoint, as fabricantes chinesas já detêm cerca de 24% das vendas de smartphones globalmente, uma porcentagem que aumenta a cada ano. No entanto, quando se trata do Brasil, os números são dramaticamente diferentes. Aqui, Samsung e Apple reinam supremas, controlando aproximadamente 35% do mercado combinado. Esse domínio limita o espaço para novas marcas, já que as duas líderes nacionais podem reunir até 70% do mercado.

Desafios da Entrada das Chinesas

O mercado brasileiro é um quebra-cabeça desafiador. Conforme explica Andréia Sousa, analista da IDC, a concentração do mercado em torno de quatro marcas principais significa que qualquer nova chegada tem que conquistar os escassos 10% disponíveis. Essa realidade faz com que o cenário de competição se torne cada vez mais acirrado, levantando a pergunta: como as marcas chinesas planejam superar essas barreiras?

A Estratégia da Oppo

A Oppo decidiu encarar esse desafio de frente. No último mês de novembro, a marca realizou um evento em São Paulo onde anunciou sua nova abordagem para o Brasil. Entre as iniciativas, destaca-se uma parceria com a Magalu para distribuição e suporte técnico, que visa colocar os celulares da empresa em mil lojas até 2025. Além disso, a marca já garantiu que seus dispositivos estarão disponíveis em todas as unidades da Claro a partir do próximo ano.

Billy Zhang, presidente global de marketing da Oppo, enfatizou a importância de uma visão a longo prazo em sua estratégia: “Em todos os mercados que entramos, focamos na construção de um negócio sustentável.” Ele também destacou que entender as particularidades do consumidor brasileiro será um fator primordial para o sucesso da marca.

Compromissos em Rede

Uma das promessas mais ambiciosas da Oppo é estabelecer uma representação a cada quilômetro até 2026 através de parcerias ou mesmo lojas próprias. Essa estratégia promete intensificar sua presença e facilitar o acesso dos consumidores aos produtos da marca.

O Desafio do Suporte ao Cliente

À medida que a Oppo e outras marcas tentam se estabelecer no Brasil, o suporte ao cliente permanece um dos principais desafios. Sousa, da IDC, afirma que o suporte continua a ser um fator determinante que mantém as grandes marcas no topo, mesmo diante da entrada de novas concorrentes. Ela observa que, apesar de os problemas de falhas nos aparelhos estarem diminuindo, a percepção do consumidor sobre suporte está mudando. A troca de celulares que antes ocorria a cada um ou dois anos agora foi estendida para cerca de dois a três anos.

O Lançamento do OPPO A40

Em meio a esse movimento, a Oppo apresentou seu novo smartphone intermediário, o OPPO A40, que se junta a outros três modelos que já estão disponíveis no mercado brasileiro. Com essa adição, a Oppo parece pronta para não apenas entrar, mas também competir efetivamente no Brasil.

A Ascensão da Xiaomi

A Xiaomi, por sua vez, tem experimentado um crescimento notável no Brasil, especialmente após a saída da LG do mercado em 2021. De acordo com a Counterpoint, a Xiaomi já ocupa a terceira posição em vendas na América Latina, um valioso trunfo em sua estratégia de expansão global.

O Poder do Preço

Um dos principais fatores que influenciam a compra de dispositivos móveis no Brasil é, sem dúvida, o preço. Em 2023, o custo médio de um smartphone no país foi de R$ 1.601. Com a alta de juros e a inflação crescente, muitos brasileiros que valorizam aspectos técnicos dos aparelhos acabam optando por modelos mais acessíveis. Esse cenário abre espaço para o chamado mercado cinza, onde celulares não homologados pela ANATEL entram no país, muitas vezes por canais informais.

  • Crescimento do Mercado Cinza:
    • Em 2021, a participação do mercado cinza foi de 8,73%.
    • Em 2022, subiu para 9,79%.
    • Em 2023, chegou a 16,38%.

Esse fenômeno ilustra como as marcas chinesas continuaram a ganhar espaço, mesmo quando outras marcas estabelecidas se retiraram.

O Impacto das Vendas Online

Além disso, a expansão dos marketplaces online tem facilitado a compra de smartphones via canais alternativos, oferecendo preços mais competitivos e variedade. Embora marcas como Xiaomi, Oppo, Realme e Transsion operem de forma regular no Brasil, o aumento desses canais não oficiais apresenta um desafio significativo para a consolidação de suas marcas.

Um estudo recente revelou que, apenas no terceiro trimestre de 2024, a receita total de vendas de smartphones atingiu R$ 17,2 bilhões. Em 2023, o acumulado foi de R$ 38,32 bilhões. Isso mostra um mercado em expansão, mesmo que a Oppo ainda tenha uma participação pequena em comparação aos seus rivais.

Perspectivas de Futuro

A meta da Oppo é ambiciosa: tornar-se a segunda marca mais vendida no Brasil em un intervalo de cinco anos. No sudeste asiático, já ocupa a liderança em marketshare em países como Indonésia, Tailândia e Malásia. Essa experiência pode ser um indicativo do que está por vir.

Considerações Finais

À medida que o cenário competitivo do mercado de smartphones no Brasil continua a se desenvolver, tanto a Oppo quanto a Xiaomi estão se posicionando para aproveitar as oportunidades que surgem. Embora enfrentem desafios significativos, seus esforços para estabelecer parcerias e oferecer produtos acessíveis podem ser a chave para sua ascensão.

Com o crescimento do interesse por smartphones que oferecem boa relação custo-benefício, a possibilidade de marcas chinesas conquistarem uma fatia maior do mercado brasileiro é real. O que você acha? As marcas chinesas conseguirão superar as tradicionais líderes? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe sua opinião sobre o futuro do mercado de smartphones!

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