O Impacto do Tarifaço Americano na Competitividade Brasileira: Entrevista com Gilberto Tomazoni, CEO da JBS

Abertura

Em um cenário econômico global em constante mudança, a competitividade das exportações brasileiras ganha destaque. Na estreia do programa “Raiz do Negócio”, uma parceria entre InfoMoney e The AgriBiz, o CEO da JBS, Gilberto Tomazoni, compartilhou suas perspectivas sobre como as novas tarifas impostas pelos Estados Unidos afetam o setor agropecuário do Brasil. Neste artigo, vamos explorar suas declarações e analisar o impacto dessas medidas no mercado.

O Desafio do Tarifaço

Tomazoni afirmou que o tarifaço promovido pela administração de Donald Trump representa um desafio significativo para o Brasil. Ele mencionou que “o Brasil vai buscar outros mercados, como já vem fazendo, mas o impacto no curto prazo é inegável.” Isso levanta uma questão central: como o Brasil pode se adaptar a essas novas realidades e continuar a ser um competidor forte no cenário global?

A Realidade das Exportações

Com um faturamento superior a R$ 1 bilhão por dia, a JBS se destaca como uma das maiores empresas de proteína do mundo. No entanto, Tomazoni observa que as implicações das tarifas ainda não estão totalmente claras, especialmente em termos de consequências a médio e longo prazo. Isso traz à tona a importância de uma estratégia adaptativa no setor agropecuário brasileiro.

Diversificação: A Chave da Resistência

Um dos pontos mais interessantes levantados durante a entrevista é a forma como a JBS tem se preparado para estas adversidades.

O Papel da Diversificação

Gilberto Tomazoni enfatizou que a empresa adotou um modelo de diversificação geográfica e de portfólio nos últimos anos, o que ajuda a mitigar as consequências de crises. Isso significa que, mesmo que alguns mercados enfrentem dificuldades, outros podem compensar essa perda.

• Diversificação geográfica: A JBS opera em vários países, como Estados Unidos, Austrália e outros países da América Latina.
• Diversificação de produtos: A empresa oferece diferentes tipos de proteína, incluindo bovina, suína e de frango.

Essa abordagem, segundo Tomazoni, permite à JBS manter a estabilidade mesmo diante de desafios tarifários e crises locais. “Pode ser relevante para uma planta ou outra”, disse ele, “mas, globalmente, o efeito não é tão grande.”

Exemplos Práticos

Tomazoni citou segmentos específicos que estão indo bem, apesar das dificuldades: “Na Austrália, o gado está em um ótimo momento.” Essa visão otimista é fundamental para o setor agropecuário, que, muitas vezes, enfrenta variações inesperadas.

Percepção Internacional e Realidade Brasileira

Um tema sensível abordado por Tomazoni foi a reputação do Brasil no exterior. Ele mencionou que a percepção global sobre o país é muitas vezes distorcida.

O Que Precisamos Saber

“Mais de 90% do desmatamento na Amazônia é ilegal e não está vinculado à cadeia formal de produção,” destacou. Essa afirmação chama a atenção para a necessidade de uma compreensão mais precisa do que realmente ocorre no Brasil.

• Legislação forte: Tomazoni ressaltou que o Brasil possui uma legislação robusta que permite o crescimento sem a necessidade de desmatamento.
• Rastreabilidade e sustentabilidade: Ele enfatizou a importância de investir em tecnologias que promovam a rastreabilidade dos produtos e a conformidade ambiental.

Atingindo Novas Fronteiras

A sustentabilidade é uma questão premente para as empresas hoje. Com o aumento da demanda por métodos de produção responsáveis, a JBS se esforça para estar na vanguarda da transformação do setor.

Empreendendo Mudanças

Tomazoni afirmou que a JBS está investindo contínuamente em tecnologia, o que é crucial para monitorar seus fornecedores, tanto diretos quanto indiretos. Esses esforços não são apenas reativos às pressões do mercado, mas fazem parte de uma visão de futuro.

O Que o Futuro Reserva?

Tomando todas essas informações em conta, a pergunta que ecoa é: qual será o próximo passo para a JBS e para o agronegócio brasileiro? Gilberto Tomazoni mantém uma visão otimista: “Eu ainda acredito que as negociações vão andar, vão se resolver e vão chegar em um bom termo.” Essa esperança é um reflexo da resiliência do setor e da capacidade de adaptação às novas realidades.

Um Olhar para o Amanhã

• Oportunidades de Melhoria: O caminho para a superação das adversidades pode trazer à tona oportunidades que, de outra forma, não seriam exploradas.
• Engajamento e Inovação: Manter-se à frente requer não apenas inovação, mas um engajamento sólido com todas as partes interessadas.

Envolva-se na Conversa

Por fim, a entrevista completa com Gilberto Tomazoni está disponível no YouTube e nas plataformas de streaming, marcando uma excelente oportunidade para se aprofundar ainda mais no tema.

Convidamos você, leitor, a refletir sobre a importância da diversificação e da percepção que o mundo tem do Brasil. Como você vê o futuro das exportações brasileiras? E o que pode ser feito para mudar essa narrativa? Deixe seus comentários e compartilhe suas opiniões!

Essa discussão é vital para entendermos não apenas as nuances do setor agropecuário, mas também para promover o engajamento em torno de um futuro sustentável e próspero.