quinta-feira, março 13, 2025

Desvendando o segredo do PIB potencial: governo busca números atualizados para debater juros, revela Tebet.



Ministra do Planejamento e Orçamento fala sobre crescimento econômico do Brasil

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, revelou em uma entrevista à Reuters durante as reuniões do FMI e Banco Mundial que o governo brasileiro está trabalhando para calcular o crescimento potencial do país e apresentar um número próprio. Tebet defendeu a ideia de que o Brasil pode estar experimentando uma expansão econômica robusta, porém mais próxima de não gerar pressões inflacionárias.

Ela destacou a importância de não elevar as taxas de juros com base apenas na percepção de que a economia já atingiu um ponto em que cresce sem impactar os preços. A ministra ressaltou que as projeções dos economistas para a atividade econômica têm se mostrado equivocadas nos últimos três anos, o que reforça a necessidade de um cálculo oficial do PIB potencial do país.

Tebet mencionou que o governo pretende buscar parcerias com instituições como o Ipea e o BNDES para determinar qual é o real potencial de crescimento do Brasil. Ela questionou se o crescimento poderia ser ainda maior do que o estimado pelo FMI, que previu um avanço de 2,5% para a economia brasileira.

O Banco Central chamou atenção para o crescimento econômico acima do esperado ao iniciar um ciclo de aumento da taxa básica de juros, elevando-a para 10,75%. O presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, mencionou o impacto das reformas estruturais como um dos fatores que impulsionam esse movimento.

O FMI revisou recentemente sua previsão de crescimento para o Brasil, elevando-a para 3,0% este ano. No relatório anterior, a expectativa era de um avanço de 2,5% a médio prazo, o que indica uma revisão otimista em relação ao potencial de crescimento do país.

Tebet também abordou a questão do controle das contas públicas, ressaltando a necessidade de uma revisão das despesas obrigatórias para manter a sustentabilidade fiscal. Ela destacou a importância de modernizar as políticas públicas e encontrar alternativas para garantir o equilíbrio fiscal e estabilizar a dívida pública.

A ministra mencionou que as reformas estruturais mais profundas podem ficar para uma segunda etapa de revisão das despesas, considerando a complexidade política dessas medidas. Ela reforçou a importância de um diálogo aberto com o Congresso Nacional para encontrar soluções que garantam o desenvolvimento econômico e a estabilidade fiscal do país.

Em relação ao abono salarial, Tebet afirmou que nenhuma medida será apresentada antes da hora, ressaltando a importância de respeitar o processo de discussão e decisão do Presidente Lula. O abono salarial, criado em 1990, é um benefício para trabalhadores formais com renda de até dois salários mínimos.

Por fim, a ministra enfatizou a necessidade de encontrar um equilíbrio entre a vontade política e a necessidade de reformas estruturais para garantir um crescimento econômico sustentável. Ela concluiu que é fundamental repensar as políticas públicas para atender às demandas atuais da sociedade e do estado, adaptando-se às transformações do mundo contemporâneo.

- Publicidade -spot_img

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Publicidade -spot_img
Mais Recentes

Fortalecendo Taiwan: Estratégias para Resistir e Prosperar

A Preparação de Taiwan Frente à Ameaça Chinesa: Caminhos para a Resiliência A crescente tensão entre Taiwan e China...
- Publicidade -spot_img

Quem leu, também se interessou

- Publicidade -spot_img