Novidades dos Estados Unidos

Controvérsias em Harvard: O governo americano decidiu congelar US$ 2,2 bilhões em subsídios e US$ 60 milhões em contratos com a Universidade de Harvard. Isso ocorreu já que a instituição não atendeu às demandas da administração Trump, que exigia mudanças em programas de diversidade e uma posição mais firme contra o antissemitismo no campus. A universidade, por sua vez, reafirma sua independência e direitos constitucionais, desafiando a medida, ao passo que o Departamento de Educação declara que as verbas federais não são um direito garantido.

O governo está exigindo mudanças em processos de admissão, contratações e uma auditoria relacionada ao antissemitismo e à diversidade de opiniões, dando um prazo até agosto de 2025 para que Harvard se adapte às novas regras. No entanto, a instituição parece decidida a não aceitar essas imposições.

Investigação sobre remédios e chips

Paralelamente, uma investigação governamental está em andamento para avaliar se a dependência dos EUA na importação de medicamentos e chips de computador representa um risco à segurança nacional. O governo Trump busca revisar essa dependência, abrangendo desde ingredientes farmacêuticos até componentes eletrônicos, para verificar se a produção dos EUA é suficiente e se as práticas de preços de países como a China são justas.

Os resultados dessa análise devem ser entregues em 270 dias e podem acarretar novas tarifas. Durante esse período, certos produtos, como celulares e computadores, permanecerão isentos de taxas adicionais.

Polêmica sobre deportações

Em uma declaração controversa, o presidente Trump revelou sua intenção de deportar cidadãos americanos condenados por crimes violentos. Esse comentário foi feito durante um encontro com o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, que manifestou apoio à ideia, defendendo que criminosos locais devem ser tratados como imigrantes ilegais e, portanto, passíveis de deportação.

Bukele, reconhecido por agir com rigor contra crimes em seu país, declarou que estaria preparado para receber esses indivíduos, desmentindo, no entanto, que devolveria ao EUA um membro da gangue MS-13 que tivesse sido deportado “por engano”.

Tensões na Europa

Na Europa, a França tem tomado medidas rigorosas contra o crime organizado, similar ao que ocorre em El Salvador. Recentemente, o aumento do tráfico de cocaína levou à construção de prisões de segurança máxima. As reações não demoraram a chegar, com ataques a várias prisões francesas. O ministro da Justiça, Gerald Darmanin, relatou incêndios e ameaças a agentes penitenciários, levando a promotoria antiterrorismo a investigar tais atos de violência.

Conflitos das política LGBT na Hungria

O parlamento húngaro aprovou uma emenda constitucional que permite a proibição de eventos públicos voltados para a comunidade LGBTQ+, como a parada do orgulho em Budapeste. A nova legislação, que destaca a primazia dos direitos infantis sobre o direito de reunião, também autoriza a utilização de reconhecimento facial para identificar participantes de eventos não aprovados.

Além disso, a emenda reafirma a definição binária de gênero, com a exclusão de identidades trans e intersexos da legislação. Críticos alegam que o governo está utilizando essa pauta para galvanizar o eleitorado conservador em ano de eleições.

Ajuda Humanitária e Conflitos Globais

A União Europeia e o Reino Unido estão mobilizando novos pacotes de ajuda para o Sudão, que enfrenta uma grave crise humanitária em meio à guerra civil. A UE anunciou um investimento de 520 milhões de euros, enquanto o Reino Unido destinou 120 milhões de libras para aliviar a situação de mais de 30 milhões de pessoas necessitadas.

O ministro britânico David Lammy alertou para a urgência de não normalizar o conflito e a necessidade de apoio internacional. Além disso, a União Europeia também anunciou um pacote de 1,6 bilhões de euros para a Autoridade Palestina, com o intuito de fortalecer os serviços públicos, promover melhorias na gestão e incentivar o setor privado na Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental.

Desdobramentos na Rússia e na Ucrânia

No atual conflito no Leste Europeu, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, ressaltou que o país não abrirá mão dos territórios ocupados na Ucrânia. Durante reuniões com representantes dos EUA, ele criticou a entrada da Ucrânia na OTAN e destacou que as negociações de paz não são simples, pois Moscou não aceitará condições que considerem armadilhas.

Do lado ucraniano, mudanças na liderança ocorreram com a demissão dos governadores de Sumy e Luhansk. A movimentação se deu após uma cerimônia militar coincidir com um trágico ataque russo em Sumy, resultando na morte de 35 civis. Críticas internas questionam a decisão de prosseguir com a comemoração em um momento tão delicado.

Avanços e Tensões na Ásia

Na Ásia, a relação entre a China e o Vietnã avança com a assinatura de 45 acordos de cooperação durante a visita do presidente chinês Xi Jinping ao Sudeste Asiático. Os acordos abrangem iniciativas em infraestrutura, inovação tecnológica e setor energético.

Por outro lado, Pequim anunciou a suspensão das compras de jatos Boeing e peças aeronáuticas de empresas americanas, em reação às tarifas impostas por Donald Trump. Essa decisão pode afetar negativamente a Boeing, que esperava 179 entregas para a China até 2027, forçando as companhias aéreas a considerar alternativas com fabricantes concorrentes.

Curiosidades sobre a história

Em 15 de abril, duas figuras políticas importantes do século XX nasceram e faleceram, deixando legados controversos.

Nikita Khrushchev – Uma figura influyente

Nikita Khrushchev, nascido em 1894, desempenhou um papel crucial na liderança da União Soviética após a morte de Stalin. Ele foi responsável por diversas reformas que, embora muitas vezes ineficazes, moldaram a política soviética. Khrushchev também é lembrado por sua liderança durante a crise dos mísseis de Cuba e, após anos de conflitos internos, foi deposto em 1964. Faleceu em 1971.

Kim Il-sung – O fundador da Coreia do Norte

Outro líder que nasceu nesse dia é Kim Il-sung, o fundador da Coreia do Norte. Nascido em 1912, ele se tornou o líder da Coreia do Norte em 1948, após a Segunda Guerra Mundial, através do apoio soviético. Kim Il-sung liderou a invasão da Coreia do Sul em 1950, iniciando a Guerra da Coreia, e estabeleceu um regime que perdura até hoje. Ele faleceu em 1994.

O naufrágio do Titanic

Finalmente, outra data marcante é o afundamento do Titanic, em 1912, considerado o maior desastre naval da história, que resultou em mais de 1500 mortes. O evento continua a ressoar como um símbolo de tragédia e a fragilidade da vida humana diante das forças da natureza.