A Telefônica e Seus Desafios no Mercado Atual
Na última semana, analistas da XP Investimentos tiveram uma conversa produtiva com representantes da Telefônica (VIVT3). O foco da reunião foi discutir a atual performance da empresa e as projeções para o futuro. Um dos principais desafios identificados foi a necessidade de revitalizar o desempenho no segmento pré-pago, especialmente em meio à crescente concorrência da Claro, que recentemente firmou uma parceria com o Nubank (ROXO34) para oferecer serviços de telefonia móvel.

Desempenho do Segmento Pré-Pago
O fraco desempenho observável no segmento pré-pago da Telefônica é resultado da migração natural dos consumidores para os planos controle e pós-pagos. Essa mudança foi acelerada para evitar a perda de clientes para as concorrentes. Entretanto, essa estratégia também diminuiu a frequência de recargas desses consumidores.
Para reverter essa situação, a Telefônica está focada na criação de ofertas mais atrativas e ajustes nas propostas comerciais. De acordo com a análise da XP, a expectativa é que, com essas medidas, a empresa consiga recuperar participação de mercado e aumentar sua receita, especialmente após a antecipação dos reajustes nos planos pós-pagos.
Desafios Financeiros
Outro ponto que merece atenção é o passivo não circulante da Telefônica, que gira em torno de R$ 5,7 bilhões, referente a débitos acumulados entre 2020 e 2025. A empresa está se esforçando para conter esses passivos e contestar a validade das cobranças retroativas. Essa questão está sendo discutida em instâncias como o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça, além do Congresso Nacional.
Olhando para o Futuro: Perspectivas Positivas
Apesar dos desafios, há um cenário encorajador à frente, principalmente devido à migração da empresa para um regime de autorização que oferece maior flexibilidade regulatória. Essa mudança diminui a burocracia e gera ganhos operacionais, permitindo que a Telefônica comece a desativar clientes de tecnologias legadas e acelere a substituição do cobre por fibra ótica.
- Expectativas de monetização de ativos, com vendas projetadas de:
- R$ 3 bilhões em vendas de cobre
- R$ 1,5 bilhão em vendas de imóveis
Ainda mais promissora é a expectativa quanto ao crescimento da participação dos serviços digitais e B2B, que atualmente representam 8% da receita total da empresa, mas que devem crescer consideravelmente nos próximos anos. A estratégia envolve ampliar a oferta de serviços gerenciados, o que poderá trazer resultados significativos.
Considerações Finais
À medida que a Telefônica (VIVT3) navega por essas águas desafiadoras, é essencial que a empresa mantenha o foco em inovação e adaptação às novas demandas do mercado. A discussão sobre a revisão de suas estratégias e a busca por novas oportunidades são passos fundamentais para garantir sua posição no setor de telecomunicações. O que você acha sobre as estratégias adotadas pela Telefônica até aqui? Deixe suas opiniões nos comentários e compartilhe suas reflexões sobre o futuro da empresa e do mercado.