A Perspectiva da Primeira-Dama: O Desempenho de Janja no Governo Lula

A presença da primeira-dama, Rosângela da Silva, carinhosamente chamada de Janja, tem gerado debates e opiniões distintas entre os brasileiros. Uma pesquisa recente traz à tona a visão pública sobre sua atuação, revelando que metade dos eleitores que a conhecem a reprova. Vamos explorar os detalhes dessa pesquisa e entender um pouco mais sobre Janja e suas atividade no governo.

O Retrato Atual da Primeira-Dama

De acordo com uma pesquisa do PoderData, divulgada no dia 5 de outubro de 2025, 50% dos eleitores que afirmam conhecer Janja avaliam sua atuação de forma negativa. No entanto, do grupo que se sente familiarizado com seu trabalho, há uma divisão interessante:

• 30% mostram apoio à sua participação
• 20% não se posicionaram ou disseram não ter uma opinião clara

Esses dados revelam um momento delicado na recepção da primeira-dama, que tem buscado se estabelecer em um papel muitas vezes considerado nebuloso.

Um dado surpreendente é que 86% da população brasileira afirma conhecê-la, seja de forma profunda ou superficial. Esse número expressivo indica que a visibilidade de Janja cresceu significativamente desde o início do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Em setembro de 2022, esse reconhecimento era de apenas 63%, mostrando um aumento de 23 pontos percentuais nos últimos três anos.

Visibilidade e Gênero

Uma análise mais detalhada da pesquisa revela um padrão de percepção baseado no gênero. Os homens parecem mais familiarizados com Janja: 42% se declararam conhecedores de sua atuação, enquanto 39% das mulheres afirmaram o mesmo. Essa diferença pode ser um ponto a ser investigado, levantando questões sobre como as figuras públicas são percebidas de forma distinta por diferentes grupos.

Quem é Janja?

Rosângela da Silva, uma socióloga paranaense, não é apenas uma primeira-dama, mas uma figura com um histórico de envolvimento político e social significativo. Abaixo, separamos alguns marcos importantes de sua trajetória:

• Professora na UEPG: Janja lecionou na Universidade Estadual de Ponta Grossa, contribuindo para a formação de jovens.
• Atuação na Assembleia Legislativa: Uma voz atuante do Partido dos Trabalhadores (PT), foi parte da liderança na Assembleia Legislativa do Paraná.
• Experiência na Itaipu Binacional: Passou 14 anos na hidrelétrica, um dos principais projetos do Brasil em energia.
• Assessora na Eletrobras: Trabalhou como assessora de Comunicação e Relações Institucionais, lidando com temas relevantes no setor energético.

Esses elementos da biografia de Janja mostram que ela possui uma bagagem profissional que a qualifica para participar de discussões relevantes no governo.

O Papel de Primeira-Dama

Apesar de não ocupar um cargo oficial, Janja tem buscado redefinir a função de primeira-dama, algo que muitas vezes é visto como simbólico. Ela expressou o desejo de "ressignificar" esse papel, convidando o público a repensar suas expectativas sobre a participação feminina na política.

Embora Janja não tenha um orçamento ou uma equipe formalmente designada, relatos sugerem que ela conta com 12 assessores em sua estrutura não oficial. Sua presença em reuniões ministeriais e sua influência nas gestões de algumas pastas são provas de que, mesmo sem um cargo formal, ela busca se envolver ativamente nas decisões do governo.

Controvérsias Recentes

Nos últimos meses, a primeira-dama se viu no epicentro de debates públicos após uma declaração sobre a regulamentação das redes sociais durante um encontro com o líder chinês Xi Jinping. As críticas a direcionaram, mas Lula defendeu sua esposa, esclarecendo que foi ele quem incentivou a participação de Janja na conversa.

"Não sei porque alguém achou que isso era novidade e foi falar para a imprensa. A pergunta foi minha e eu não me senti incomodado. O fato de a minha mulher pedir a palavra é porque ela não é cidadã de segunda classe, entende mais de rede digital do que eu”, declarou Lula, suas palavras refletindo não só apoio, mas uma tentativa de normalizar a participação dela nas discussões de governo.

Entendendo a Pesquisa

O levantamento sobre a percepção da sociedade em relação à primeira-dama foi realizado entre 31 de maio e 2 de junho de 2025, e teve um total de 2.500 entrevistas em 218 municípios de todas as 27 unidades da Federação. Com uma margem de erro de 2 pontos percentuais e um intervalo de confiança de 95%, os dados são robustos e fornecem uma visão clara sobre a postura do eleitorado frente à figura de Janja.

O Que Podemos Aprender?

A análise da presença de Janja no governo nos leva a refletir sobre vários aspectos:

• A participação feminina na política ainda desperta receios e desconfortos, e a forma como a sociedade percebe figuras como a primeira-dama pode ser um indicativo dessa dinâmica.
• A importância da comunicação: O apoio do presidente Lula às intervenções de sua esposa sugere que um diálogo claro e aberto pode ajudar a mitigar críticas e construir uma imagem mais forte.
• A resiliência e a adaptação: Mesmo diante de opiniões divididas, Janja busca se estabelecer como uma influenciadora no governo, mostrando que seu papel pode evoluir e ganhar novas dimensões.

Chamando à Reflexão

Esta análise nos traz à mente a relevância do papel da primeira-dama e como ele pode ser moldado pela sociedade e pela política. Cada um dos dados apresentados convida o leitor a pensar sobre a dinâmica de poder, reconhecimento e a voz das mulheres na esfera pública.

O que você acha do papel da primeira-dama no governo atual? Você acredita que Janja está conseguindo realizar uma gestão de visibilidade e influência? Sinta-se à vontade para compartilhar suas opiniões e reflexões sobre o assunto.