O mercado cambial fechou em alta nesta quarta-feira, após um pregão volátil. O dólar fechou em leve alta em relação ao real, devido a um cenário externo mais adverso para moedas emergentes e à expectativa por medidas concretas do governo em relação ao cenário fiscal.
No contexto internacional, a possibilidade de retorno do ex-presidente Donald Trump à Casa Branca com maior protecionismo e a incerteza em relação à taxa de juros pelo Federal Reserve pesaram nas moedas emergentes, com o peso mexicano sendo uma das mais afetadas.
No cenário interno, as falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterando o compromisso com o arcabouço fiscal trouxeram algum alívio ao mercado, mas de forma pontual.
O dólar à vista fechou com alta de 0,14%, atingindo R$ 5,6651. O cenário externo, de acordo com Hideaki Iha, operador de câmbio da Fair Corretora, foi o principal fator de pressão para o real no dia.
A possibilidade de o Fed diminuir o ritmo de corte na taxa de juros e propostas protecionistas de Trump tendem a diminuir a atratividade de moedas emergentes, como o real. A Western Asset elevou sua projeção de câmbio para o final do ano, com viés de alta, devido a esses fatores.
No período da tarde, as declarações de Haddad contribuíram para um leve alívio no mercado, mas ainda não foram suficientes para manter a valorização do real.
A valorização do dólar frente ao real nesta quarta foi menor em comparação com a do peso mexicano, que teve a pior performance entre as moedas emergentes e exportadoras de commodities.
Com informações do Estadão Conteúdo.