Nesta sexta-feira, o dólar à vista apresentou oscilações suaves em relação ao real, mas indicava uma tendência de perda ao final da semana. Esse movimento se deve principalmente à expectativa dos investidores em relação a novidades sobre o andamento do pacote fiscal apresentado pelo governo no Congresso. O cenário é marcado por uma agenda relativamente tranquila, o que reforça a cautela entre os participantes do mercado.
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As inquietações em torno da saúde das contas públicas do Brasil continuam a ser o foco principal no mercado cambial. Assim, os investidores devem ficar atentos ao andamento das discussões no Congresso, aguardando o progresso nas medidas de contenção de gastos propostas pelo governo.
Como está a cotação do dólar hoje?
Às 12h38, o dólar à vista apresentava uma alta de 0,50%, sendo negociado a R$ 6,039 tanto para compra quanto para venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento também estava em alta, subindo 0,39% e alcançando 6,009 pontos.
Na última quinta-feira, o dólar à vista havia encerrado o dia em alta de 0,90%, cotado a R$ 6,0128. Em um movimento para controlar a liquidez, o Banco Central planeja realizar um leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional, visando a rolagem do vencimento programado para 3 de fevereiro de 2025.
Dólar Comercial
- Compra: R$ 6,039
- Venda: R$ 6,039
Dólar Turismo
- Compra: R$ 6,103
- Venda: R$ 6,283
Em termos de dados econômicos, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que é um indicador antecipado do Produto Interno Bruto (PIB), registrou um crescimento de 0,10% em outubro em comparação ao mês anterior, superando a expectativa de queda de 0,20% apontada pelo consenso da Reuters.
“O IBC-Br provavelmente não alterará significativamente as percepções dos investidores. Contudo, o fortalecimento da economia e o aquecimento do mercado de trabalho foram frequentemente destacados pelo Banco Central, que considera isso um fator de risco inflacionário”, afirmou Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.
A quietude registrada nesta sessão se contrasta com a alta volatilidade observada nas negociações anteriores, quando o dólar variou quase 18 centavos entre sua máxima e mínima do dia. Essa oscilação refletiu as reações do mercado à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) e às preocupações com o cenário fiscal.
A decisão do Copom de aumentar a Selic em 1 ponto percentual, levando-a para 12,25% ao ano, e a indicação de mais duas elevações semelhantes, inicialmente impulsionaram uma forte queda no preço do dólar nas horas iniciais do dia. Isso se deu em meio à perspectiva de um diferencial de juros mais atraente entre o Brasil e outros países.
No entanto, ao longo da tarde, o dólar conseguiu recuperar parte de suas perdas, à medida que os investidores se preocupavam com a saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com a queda significativa da bolsa brasileira, que afetou a liquidez no mercado.
Assim, ao longo da semana, o dólar caminha para uma perda acumulada, depois de ter alcançado uma máxima histórica na segunda-feira, mostrando uma retração de 0,81% diante do fechamento da semana anterior.
Com os olhos voltados para os desdobramentos fiscais e as orientações do Banco Central, o cenário cambial brasileiro continua a exigir cautela. Investidores e analistas esperam que a situação política e econômica se estabilize, permitindo um ambiente mais previsível para a moeda americana.
Considerações finais
O cenário cambial brasileiro se apresenta instável, mas é essencial acompanhar as movimentações do mercado e as decisões governamentais. A volatilidade do dólar é um reflexo das incertezas econômicas, e a atenção aos detalhes pode fazer toda a diferença nas decisões de investimento. Se você está atento às oscilações monetárias e ao impacto das políticas econômicas, como você avalia a situação atual do dólar frente ao real? Deixe seu comentário e compartilhe suas opiniões!