domingo, dezembro 22, 2024

Embaixador dos EUA Alerta: México Se Recusa a Combater Cartéis de Drogas!


Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.

Os Desafios da Segurança no México: A Perspectiva do Embaixador dos EUA

O embaixador dos Estados Unidos no México, Ken Salazar, fez declarações contundentes sobre a situação de segurança no país, revelando preocupações sérias em relação à negação do governo mexicano sobre os problemas enfrentados, sobretudo no combate ao narcotráfico. Durante uma coletiva de imprensa realizada na Cidade do México, ele não hesitou em afirmar: “A realidade é que, no momento, o México não é seguro”.

Essa percepção não se limita a uma crítica superficial; Salazar destacou que muitos mexicanos, incluindo empresários e agricultores, enfrentam riscos reais em suas vidas diárias. Ele mencionou, por exemplo, o caso de um pecuarista em Sinaloa, cuja morte ilustra a vulnerabilidade enfrentada por líderes locais. O embaixador enfatizou que as pessoas não vivem com a segurança necessária e que essa é uma prioridade que merece atenção urgente.

As Dificuldades de Cooperação e os Cartéis em Conflito

Salazar, que tem uma longa trajetória política e foi nomeado embaixador em setembro de 2021 pelo presidente Joe Biden, também fez referência a um ponto crucial: a recusa do governo mexicano em aceitar ajuda dos EUA. De acordo com ele, a situação se agrava devido à resistência mexicana em colaborar, especialmente após a rejeição de um programa de US$ 32 milhões destinado a treinar e equipar as forças de segurança locais. Essa decisão, segundo o embaixador, foi motivada por questões ideológicas que não atendem à necessidade urgente de uma resposta efetiva à violência carteliz. “A polícia se torna corrupta porque não ganha o suficiente para viver”, observou Salazar, tocando em um ponto essencial para entender a dinâmica de corrupção e ineficácia no setor de segurança.

Os conflitos entre facções rivais dentro do Cartel de Sinaloa, particularmente após a prisão de Ismael “El Mayo” Zambada, sublinham a gravidade da situação. A rivalidade entre os “Chapitos”, filhos do famoso narcotraficante Joaquín “El Chapo” Guzmán, e a facção de Zambada gerou uma onda de violência que se refletiu em várias áreas do país. Comadrugada, López Obrador, presidente desde 2018, adotou uma abordagem de “abraços, não balas”, que prioriza questões sociais em detrimento da repressão direta aos cartéis. Contudo, a eficácia dessa estratégia está sob escrutínio.

A Visão de Salazar sobre a Realidade no Terreno

Numa abordagem direta e franca, Salazar afirmou que a negação não irá resolver os problemas que o país enfrenta. Ele destacou: “Quando o governo diz que não há problema, isso não é baseado na realidade. Há um problema muito grande.” A falta de um reconhecimento real das condições de violência e criminalidade é vista como um sério obstáculo na busca por soluções eficazes.

Além disso, a situação é agravada pela recente crítica de Salazar ao Movimento de Regeneração Nacional (Morena), partido do atual governo, que tem se mostrado resistente à inclusão de recursos externos que poderiam apoiar o combate ao tráfico de drogas. A reação do governo mexicano a essas declarações foi enviar uma nota de surpresa à embaixada dos EUA, demonstrando a tensão entre os dois países quanto à abordagem sobre segurança e narcotráfico.

Um Panorama de Violência e Desespero

Salazar também destacou que a violência não se restringe a Sinaloa. Recentemente, um ataque em um bar no estado de Querétaro resultou em dez mortes, evidenciando a extensão do problema que afeta diversas regiões do México. Ele mencionou, de forma alarmante, que “os mortos podem ser vistos em todos os lugares” em Sinaloa, refletindo a magnitude da situação que o país enfrenta.

Investigadores forenses trabalham no local de um corpo caído na rua em Culiacán, Sinaloa, México, em 19 de setembro de 2024. (Eduardo Verdugo/AP)
Investigadores forenses trabalham no local de um corpo caído na rua em Culiacán, no estado de Sinaloa, México, em 19 de setembro de 2024. (Eduardo Verdugo/AP)

Reflexões Finais sobre a Violência no México

A entrega da presidência a Claudia Sheinbaum trouxe a expectativa de continuidade das políticas implementadas por seu antecessor, o que gera preocupações sobre a eficácia no combate aos cartéis de drogas. Enquanto isso, Salazar aguarda um sinal de que o novo governo se comprometerá a reavaliar suas abordagens e buscar uma solução mais prática e colaborativa

A questão permanece: será que a resistência a aceitar ajuda externa continuará a ser um impedimento crucial para a segurança no México? O futuro da segurança no país dependerá não apenas de políticas internas, mas também de uma abordagem mais aberta à cooperação internacional. O caminho para a segurança e a paz no México pode muito bem estar ligado à disposição de enfrentar a dura realidade e trabalhar em conjunto para encontrar soluções eficazes.

Estamos testemunhando um momento crucial na luta do México contra o tráfico de drogas e a violência associada. O que você pensa sobre a postura do governo mexicano em relação à cooperação com os Estados Unidos? Acredita que a ajuda externa pode contribuir para melhorar essa situação? Compartilhe suas opiniões e reflexões nos comentários.

A Associated Press e a Reuters contribuíram para esta história.

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