Embraer: Boas Notícias no Meio das Tensões Brasil-EUA
Introdução
Recentemente, o cenário econômico entre Brasil e Estados Unidos tem sido tumultuado. No entanto, a Embraer (EMBR3) trouxe notícias positivas ao mercado com a divulgação de seus resultados do segundo trimestre de 2025. A resposta dos analistas foi otimista, mas os investidores continuam atentos às flutuações do mercado. Vamos explorar os detalhes dos resultados e o que eles significam para a empresa e seus acionistas.
Resultados do 2T25: Um Panorama Geral
Na abertura da Bolsa de Nova York, os ADRs da Embraer apresentaram um crescimento inicial de impressionantes 3,90%, alcançando US$ 60. No Brasil, após a abertura da B3, os papéis estavam em alta de 3%, se situando em R$ 82,40. Contudo, essa tendência não se sustentou, e o preço das ações se estabilizou, apresentando uma leve alta de 0,19%, cotadas a R$ 80,15.
Destaques Positivos
Entre os pontos mais celebrados nos resultados da Embraer estão:
Crescimento no Ebitda: O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado alcançou US$ 246 milhões, superando as expectativas do JPMorgan em 40% e do consenso em 35%. Este resultado representou um incremento de 29% em comparação ao ano anterior.
Receita em Alta: A receita totalizou US$ 1,8 bilhão, apresentando um crescimento de 22%. O segmento de Aviação Executiva foi um destaque, com um impressionante aumento de 64%, somando US$ 336 milhões.
Margens Superiores: A margem EBIT ajustada atingiu 10,5%, ultrapassando a projeção anterior da empresa que variava entre 7,5% e 8,3%. Tal resultado foi visto como um indicativo de potencial alta nas projeções futuras.
Despesas Operacionais Controladas: As despesas gerais, administrativas e de vendas foram de US$ 142 milhões, alinhadas com as previsões do JPMorgan e crescendo abaixo da receita líquida.
Tarifas Americanas: Um ponto significativo é que as tarifas comerciais estabelecidas pelos EUA não impactaram de forma negativa os resultados da empresa neste trimestre.
Pontos a Melhorar
Por outro lado, alguns aspectos ainda levantam preocupações:
Resultados Financeiros: Os resultados financeiros líquidos ficaram aquém do esperado, registrando perdas de US$ 114 milhões, enquanto a expectativa era de apenas US$ 10 milhões por parte dos analistas do JPMorgan.
Margens Em Declínio: A margem EBIT na Aviação Comercial caiu para 4,2%, comparada a 4,4% no mesmo período do ano anterior. Essa queda é atribuída a um imposto extraordinário no 2T24. O mesmo ocorre com a margem EBIT de Serviços e Suporte, que caiu para 15,5%.
Expectativas Futuras e Reação do Mercado
Os analistas do JPMorgan aguardam uma reação positiva das ações da Embraer, dadas as margens mais robustas do que o previsto, indicando uma contínua melhoria na lucratividade da empresa. De fato, esses resultados podem servir como um catalisador para a superação de marcos históricos nas ações da companhia.
Contexto do Mercado
Vale lembrar que, na semana passada, as ações da Embraer tiveram uma movimentação intensa. O motivo? Um decreto do governo dos EUA passou a aumentar tarifas sobre produtos brasileiros, exceto aeronaves e algumas peças, que permaneceram com uma taxação de 10%. Essa notícia trouxe uma onda de otimismo para os investidores, resultando em uma valorização significativa das ações.
Análise das Corretoras
Em suas análises, o Goldman Sachs destacou que a Embraer teve uma receita no 2T25 2% superior ao consenso do mercado, e o Ebitda ajustado foi 29% acima das expectativas.
Desempenho do Fluxo de Caixa: O fluxo de caixa livre se mostrou alinhado ao modelo da corretora, enquanto a carteira de pedidos (backlog) cresceu em dois dígitos percentuais tanto em relação ao ano anterior quanto sequencialmente.
Previsões Reiteradas: A Embraer manteve suas previsões de entrega de aeronaves para este ano, estimando entre 77 e 85 jatos comerciais e de 145 a 155 jatos executivos.
O Que Esperar da Embraer?
Com uma previsão de receita total variando entre US$ 7 bilhões e US$ 7,5 bilhões, a Embraer está se posicionando bem para o futuro. A companhia também projeta uma margem Ebit ajustada entre 7,5% e 8,3%, bem como um fluxo de caixa livre ajustado de pelo menos US$ 200 milhões.
Conclusão Reflexiva
Diante desse cenário, os resultados da Embraer no 2T25 trazem otimismo e desafios. As forças internas da empresa, refletidas em suas margens e crescimento de receita, contrastam com o impacto das condições externas, especialmente as tensões comerciais entre Brasil e EUA. O futuro da Embraer, portanto, depende não apenas de sua performance interna, mas também da capacidade de navegar pelas incertezas do ambiente comercial global.
Você, leitor, o que pensa sobre os resultados da Embraer? Acha que a empresa conseguirá manter o crescimento Mesmo frente aos desafios do mercado? Compartilhe suas opiniões nos comentários!