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Explosão nas Exportações de Café em 2024: Descubra os Fatores por Trás do Recorde Antes do Fim do Ano!

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Estados Unidos se destacam como os maiores compradores do café brasileiro em 2024.

Exportações Brasileiras de Café Alcançam Números Recordes

O café brasileiro vive um momento ímpar. Segundo o relatório mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), mesmo com o ano de 2024 ainda em andamento, as exportações já atingiram a impressionante marca de 46,399 milhões de sacas. Isso representa um crescimento de 3,78% em relação ao recorde anterior de 2020, que foi de 44,707 milhões de sacas. Em comparação aos 11 primeiros meses de 2023, quando foram embarcadas 35,102 milhões de sacas, o aumento é de 32,2%.

Desse total, 33,973 milhões de sacas foram do tipo arábica, enquanto 8,692 milhões de sacas pertencem à variedade robusta/conilon. Com um total de 126 associados, o Cecafé representa 96% dos agentes do mercado cafeeiro no Brasil.

Desempenho Financeiro Impressionante

No que diz respeito à receita cambial, a performance de 2024 é igualmente notável. Nos primeiros 11 meses, o Brasil acumulou uma receita de US$ 11,302 bilhões com suas exportações de café, um crescimento de 22,3% sobre os US$ 9,244 bilhões do mesmo período em 2022. Comparando ao primeiro semestre do ano passado, o aumento é impressionante, alcançando 56%.

“Em teoria, teríamos muitos motivos para festejar essa performance, mas a realidade é que esses números recordes vêm com custos altos. Apesar do profissionalismo e criatividade dos exportadores do Cecafé, que buscam alternativas como o embarque via break bulk, eles enfrentam gastos adicionais significativos devido à infraestrutura deficiente nos portos brasileiros”, comenta Márcio Ferreira, presidente do Cecafé.

Desafios Logísticos e seus Impactos

O ano de 2024 trouxe desafios logísticos consideráveis. Atrasos frequentes e mudanças nas escalas dos navios resultaram em um acúmulo de 1,717 milhão de sacas (equivalente a mais de 5.200 contêineres) que não foram embarcadas até outubro. Essa quantidade representa uma perda de receitas que ultrapassa US$ 489,72 milhões, ou aproximadamente R$ 2,754 bilhões.

Os custos adicionais também têm sido assustadores. Em outubro, os exportadores enfrentaram um prejuízo logístico de R$ 7 milhões, que inclui gastos com armazenagem, detentions, pré-stacking e antecipação de gates. No acumulado de 2024, esses custos já somam um total impressionante de R$ 30,4 milhões, evidenciando que a infraestrutura logística do Brasil precisa urgentemente de investimentos e melhorias.

Os Principais Destinos do Café Brasileiro

Os Estados Unidos se firmaram como o principal importador do café brasileiro, comprando 7,419 milhões de sacas entre janeiro e novembro de 2024. Este volume corresponde a 16% de todas as exportações e representa um crescimento de 35% em comparação com o ano anterior.

Na sequência, temos a Alemanha, com 7,228 milhões de sacas (15,6%), um aumento de 63,4%. Outros destinos notáveis incluem:

  • Bélgica – 4,070 milhões de sacas (+108,1%)
  • Itália – 3,702 milhões de sacas (+28,8%)
  • Japão – 2,053 milhões de sacas (-0,3%)

Além disso, quando olhamos para as exportações de café verde, o México lidera com 1,116 milhão de sacas, um crescimento de 177,3% em relação ao ano passado. O Vietnã, por sua vez, aumentou suas importações para 638.733 sacas, um crescimento de 389,4%.

Outros aumentos significativos foram observados com a Índia, que ampliou suas compras em 1.412,3%, atingindo 248.619 sacas.

Boas Notícias para Cafés Diferenciados

Os cafés de qualidade superior, que contam com certificações sustentáveis, representam agora 17,5% das exportações totais do Brasil, com 8,112 milhões de sacas enviadas ao exterior. Essa quantia mostra um crescimento de 33,5% em relação ao mesmo período de 2023. O preço médio por saca desses cafés foi de US$ 269,41, resultando em uma receita cambial de US$ 2,185 bilhões.

No ranking dos principais compradores de cafés diferenciados, os Estados Unidos lideram, com a importação de 1,817 milhão de sacas, representando 22,4% do total. Os destaques também incluem:

  • Alemanha – 1,498 milhão de sacas (18,5%)
  • Bélgica – 909.247 sacas (11,2%)
  • Holanda – 559.386 sacas (6,9%)
  • Itália – 325.981 sacas (4%)

Com essas estatísticas impressionantes, fica claro que o café brasileiro não apenas resiste, mas também prospera em um mercado global cada vez mais competitivo.

Agora, queremos ouvir você! Quais são suas opiniões sobre o desempenho do café brasileiro no exterior? Deixe seus comentários e compartilhe esta informação com amigos e familiares que também são amantes do café.

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