Desafios na Segurança Pública: Um Olhar sobre as Fronteiras do Brasil
No último sábado, 7, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, fez declarações impactantes sobre a atual situação da segurança nas fronteiras brasileiras. Segundo ele, o Brasil ainda não possui uma política pública clara e eficaz para proteger suas fronteiras e combater o tráfico internacional de drogas.
A Falta de uma Estratégia Efetiva
Derrite questionou: “Qual é a política pública bem definida para proteger as nossas fronteiras, para evitar que essa droga chegue? Não existe.” Essa afirmação destaca uma preocupação crescente com a falta de ações concretas frente a um problema que afeta a segurança de toda a população.
Em relação à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, que está sendo debatida no Congresso Nacional, o secretário acredita que há uma janela de oportunidade para legislar sobre o problema. Contudo, ele critica alguns pontos da proposta. “A minha crítica é: então precisa de PEC para fazer isso?”, ponderou Derrite, sugerindo que a eficácia da legislação poderia ser mais bem avaliada.
Desafios do Tráfico de Drogas no Brasil
O Brasil ocupa a posição de segundo maior consumidor de cocaína no mundo, enquanto o Porto de Santos se destaca como o segundo maior exportador da substância, apenas atrás de Guayaquil, no Equador. O que torna essa realidade ainda mais alarmante é o fato de que o Brasil não produz cocaína. Derrite enfatiza a necessidade de uma ação coordenada entre as forças de segurança federais e estaduais para enfrentar essa complexa situação.
O Papel das Forças de Segurança
- A Polícia Federal conta com cerca de 13 mil agentes.
- A Rodoviária Federal também possui aproximadamente 13 mil, totalizando 26 mil homens e mulheres.
- Em contraste, São Paulo dispõe de 111 mil policiais, evidenciando a necessidade de uma rede colaborativa e integrada.
Reincidência Criminal e Medidas de Repressão
Um ponto que Derrite abordou e que merece atenção são as dificuldades em lidar com a reincidência criminal. Ele observou que criminosos são presos múltiplas vezes por roubos, levantando a questão sobre a eficácia das medidas atuais. “Nós prendemos uma, duas, 15, 30 vezes um criminoso por roubo”, ressaltou, evidenciando um ciclo que parece não ter fim.
Propostas para Melhorar a Situação
Uma das propostas de Derrite é a limitação do acesso à audiência de custódia. Ele não defende a eliminação total desse recurso, mas sim uma restrição. “A sociedade aceita que quatro sequestradores sejam liberados após audiência de custódia? Tenho certeza que não.” Essa afirmação provoca um questionamento importante: até que ponto as leis atuais estão protegendo efetivamente a sociedade?
Investimentos em Segurança Pública
Outro aspecto relevante abordado pelo secretário é a necessidade urgente de aumentar os repasses federais para a segurança pública. Com um orçamento total de R$ 33 bilhões, o valor destinado à sua pasta pelo governo federal é de apenas R$ 50 milhões. Para Derrite, esse montante é absolutamente insuficiente para enfrentar os desafios do crime organizado no país.
- R$ 33 bilhões: orçamento total da Secretaria de Segurança Pública.
- R$ 50 milhões: quantia recebida do governo federal, considerada irrisória.
Reflexões Finais
As declarações de Guilherme Derrite colocam em evidência uma questão crucial: como o Brasil pode efetivamente proteger suas fronteiras e garantir a segurança de seus cidadãos? A falta de uma estratégia consolidada e a necessidade urgente de recursos são desafios que demandam uma ação coordenada entre governo, forças de segurança e a sociedade.
Este é um tema que deve ser debatido constantemente, pois envolve não apenas a segurança pública, mas também o futuro da nossa sociedade. Você concorda que são necessárias mudanças imediatas? Como você vê a atuação das autoridades diante desse cenário? Compartilhe suas opiniões e participe dessa conversa tão importante para todos nós!