No Conselho de Segurança da ONU, a coordenadora para o Processo de Paz no Oriente Médio, Sigrid Kaag, prestou uma homenagem comovente às equipes humanitárias que atuam em Gaza. Durante sua fala, ela lembrou do sacrifício de um funcionário da ONU que perdeu a vida em uma explosão, a qual também deixou cinco pessoas gravemente feridas em uma área considerada segura.
A Urgente Necessidade de Diálogo
Kaag expressou sua “profunda preocupação” com a escalada dos conflitos na região, desejando o retorno imediato às negociações para um cessar-fogo. Ela destacou a importância do acesso humanitário irrestrito e da libertação imediata dos reféns mantidos pelo Hamas. Informações vindas de fontes israelenses indicam que atualmente 59 pessoas permanecem em cativeiro, entre vivos e mortos, de um grupo de 251 sequestrados durante os acontecimentos de 7 de outubro de 2023.
Além de ressaltar a tragédia da perda de vidas, Sigrid Kaag declarou que, desde 7 de dezembro de 2024 até março deste ano, 21 funcionários da ONU foram mortos em Gaza. Ela reiterou os apelos do secretário-geral, enfatizando a necessidade de esforços para minimizar o sofrimento humano e buscar soluções para o fim das hostilidades, enquanto se planeja a recuperação e reconstrução de Gaza.

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Diante de Novos Bombardeios
Na madrugada desta segunda-feira, Gaza presenciou mais uma noite de bombardeios israelenses, a quarta consecutiva desde o colapso do cessar-fogo. Profissionais da ONU envolvidos em trabalhos humanitários afirmaram que a situação está se agravando a passos largos, com um aumento alarmante na perda de vidas: 600 pessoas, incluindo cerca de 200 mulheres e crianças, foram relatadas como mortes desde a intensificação dos conflitos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, vinculado ao Hamas.
Sam Rose, vice-diretor sênior da Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos (Unrwa), explicou que a maioria das mortes ocorreu durante os ataques noturnos. Além disso, as forças de segurança israelenses iniciaram uma nova fase de reocupação no Corredor Netzarim, um território estratégico que atravessa a Faixa de Gaza de norte a sul.
Impactos nas Evacuações e Ajuda Humanitária
Durante uma coletiva em Genebra, Rose destacou o impacto devastador das recentes ordens de evacuação, que afetam cerca de 100 mil civis. Ele também mencionou a interrupção nas entregas de ajuda humanitária que já dura desde 2 de março, alertando que esse é o período mais longo de restrição de assistência desde o início do conflito em outubro de 2023.
- Se o cessar-fogo não for restabelecido, os civis palestinos enfrentarão perdas e traumas ainda mais profundos.
- Cerca de 1 milhão de pessoas podem ficar sem alimentação nos próximos dias, uma situação alarmante considerando que seis das 25 padarias apoiadas pelo Programa Mundial de Alimentos da ONU já fecharam suas portas.
O cenário de Gaza tem se deteriorado, com um aumento gradual do que podem ser considerados “os piores dias” do conflito: saques, agitação e condições de vida desesperadoras tomam conta da região, tornando o futuro cada vez mais incerto. O apelo de Rose é claro: sem uma interrupção dos combates, os civis de Gaza continuarão a fadigar sob uma pressão alarmante, com consequências humanitárias catastróficas.
Olhando para o Futuro
À medida que a comunidade internacional observa, a necessidade de ação conjunta torna-se cada vez mais evidente. O que poderia ser feito para amenizar o sofrimento dessa população? Como podemos garantir que a ajuda humanitária chegue a quem realmente precisa? Essas questões são essenciais para entender a complexa teia de interesses que envolve o Oriente Médio.
As palavras de Sigrid Kaag ecoam como um lembrete poderoso de que, por trás das estatísticas e dos números, existem vidas humanas em risco. Cada dia que passa sem uma solução efetiva é mais um dia repleto de sofrimento e incerteza para as pessoas que habitam Gaza. O que precisamos discutir agora é mais do que apenas diplomacia; é sobre encontrar maneiras práticas e humanitárias de intervir, de forma a trazer um alívio duradouro.
O desafio não é pequeno, mas a esperança deve prevalecer. A busca por paz no Oriente Médio pode exigir esforços incessantes, diálogo contínuo e uma união de forças globais, mas é uma meta que merece a nossa atenção. Como você, leitor, pode se envolver? Quais são suas opiniões sobre o que deve ser feito? É hora de levantar a voz e participar dessa conversa, porque cada gesto, cada opinião, e cada ato de solidariedade contam.
Portanto, ao refletirmos sobre o que está acontecendo e as vidas em jogo, deixemos a compaixão e a esperança guiar nossas ações e pensamentos. O futuro de muitos depende de nós.