Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
A Reação da Diáspora ao Debate sobre o Comitê Canadá-China
A comunidade de Hong Kong no exterior expressou seu “profundo choque” diante de uma recente proposta dos liberais no poder no Canadá que pode suspender as reuniões regulares de um comitê da Câmara dos Comuns, dedicado a estudar as complexas relações entre o Canadá e a China. Essa proposta levanta preocupações significativas sobre a crescente interferência da China no país.
Em uma carta conjunta enviada em 18 de outubro, nove grupos da diáspora enfatizaram a urgência dessa situação, citando a interferência “cada vez mais agressiva” da China nas questões canadenses. Eles afirmaram que esta proposta “envia a mensagem errada”, sugerindo que o Parlamento não está plenamente consciente da magnitude da ameaça que a influência chinesa representa.
Um Ponto Crítico na Vigilância Chinesa
A carta foi enviada uma semana após o Globo e Correio relatar que deputados liberais estavam apoiando uma moção que poderia acabar com as reuniões regulares do Comitê Especial sobre a Relação entre o Canadá e a República Popular da China. O comitê atualmente se reúne todas as segundas-feiras, mas, se a moção for aprovada, as reuniões ocorrerão apenas para “assuntos urgentes” mediante solicitação especial.
Essa proposta foi apresentada pelo deputado liberal Nathaniel Erskine-Smith, que, embora tenha recebido apoio de outros membros do comitê liberal, foi criticada pelos deputados conservadores e do Bloc Québécois. A falta de informações públicas acerca desse assunto tem deixado muitos preocupados com suas implicações.
Ken Hardie, parlamentar liberal e presidente do comitê, confirmou que a moção foi discutida em uma reunião privada, o que limita suas declarações. Contudo, ele destacou a existência de comitês permanentes na Câmara dos Comuns com o poder e o mandato de abordar as questões levantadas pelos grupos da diáspora, afirmando que “todas as questões importantes têm seu lugar nas discussões parlamentares”.
Desafios que Precisam de Atenção
Desde a sua criação em 2019, o Comitê Canadá-China tem investigado várias questões vitais, destacando a operação de delegacias de polícia secretas em solo canadense e a evidente intimidação direcionada a indivíduos e comunidades. Com um inquérito público em andamento sobre a interferência da China nas eleições canadenses, muitos veem a continuidade do trabalho do comitê como essencial.
- Delegacias de Polícia Secretas: O comitê já produziu relatórios sobre a presença de delegacias de polícia chinesas no Canadá, um fato alarmante que coloca à prova a segurança nacional.
- Intimidação de Comunidades: As ações do regime chinês que visam intimidar cidadãos e excluir vozes críticas precisam de uma atenção imediata e contínua.
Os grupos da diáspora argumentam que o Canadá deve lutar por seus valores e abordar as violações de direitos humanos perpetradas pelo regime comunista. “Pedimos enfaticamente que o Comitê Especial mantenha seu cronograma regular de reuniões”, afirmaram os grupos, ressaltando que “há um trabalho urgente a ser feito”.
Questões Urgentes
Além da necessidade de sessões regulares, os grupos da diáspora levantaram diversas questões que demandam uma investigação mais profunda:
- Interferência nas Competências: O envolvimento de membros da força policial de Hong Kong em uma competição esportiva em Winnipeg, apesar das polêmicas em torno da violência policial durante protestos em 2019, é um tema que exige análise.
- Situação de Hong Kong: O impacto da influência de Pequim no status especial de Hong Kong e sua exploração no comércio internacional também foram destacados como preocupações centrais.
Esses grupos manifestaram sua preocupação em relação às atividades dos Escritórios Econômicos e Comerciais de Hong Kong (HKETOs), queestão em Toronto e Vancouver, após relatos de envolvimento em atividades de espionagem.
A Necessidade de Ação Decisiva
Com o cenário atual, a cidade de Hong Kong, que já foi um centro de comércio internacional, vem sendo percebida como uma “brecha estratégica” na evasão de sanções. Os grupos argumentam que a nova dinâmica não apenas compromete a segurança nacional do Canadá, mas também contradiz seus valores fundamentais.
Os grupos da diáspora pedem uma “reeavaliação completa” das relações com Hong Kong e ressaltam que, embora apreciem as políticas especiais de imigração, são necessárias ações mais decisivas para salvaguardar a segurança nacional e promover os direitos humanos. “A proteção da liberdade e dos valores canadenses deve ser uma prioridade”, afirmam.
Um Chamado à Ação
Essa declaração conjunta, assinada por organizações como o Canada-Hong Kong Link e a Vancouver Society In Support of Democratic Movement, sublinha a urgência da situação e a necessidade de um acompanhamento contínuo das ações do comitê. O trabalho do Comitê Especial sobre Canadá-China não pode ser reduzido ou adiado, especialmente em um momento em que as preocupações sobre a influência da China estão crescendo.
Em uma era de desafios globais e tensões internacionais, é crucial que o Canadá mantenha um olhar atento sobre o que acontece em Hong Kong e na China, reconhecendo a importância de um diálogo aberto e contínuo. A resposta a este apelo será fundamental para definir o rumo das relações entre o Canadá e a China nos próximos anos.
Qual é a sua opinião sobre esse tema? Você acredita que o Canadá deve intensificar suas investigações e ações em relação à influência chinesa? Compartilhe conosco suas ideias!
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