Recentemente, um grupo hacker iraniano chamado “Cotton Sandstorm” tem sido alvo de preocupações devido à sua ativa mira em sites relacionados à eleição nos Estados Unidos e em veículos de imprensa norte-americanos. Essa ação sugere que o grupo planeja realizar operações mais diretas de influência, conforme destacado em um blog da Microsoft.
De acordo com o relatório divulgado pela Microsoft, os hackers associados à Guarda Revolucionária Iraniana realizaram sondagens em diversos “sites relacionados às eleições” em Estados cruciais não especificados, além de terem escaneado uma agência de notícias dos EUA em busca de vulnerabilidades. Este movimento levanta preocupações, especialmente considerando que a eleição presidencial entre a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, e o candidato republicano Donald Trump está próxima e é altamente disputada.
Os pesquisadores alertaram que o Cotton Sandstorm intensificará suas atividades à medida que a eleição se aproxima, dada a rapidez com que o grupo atua e seu histórico de interferência eleitoral. Ressaltaram ainda que os sinais são preocupantes devido às ações anteriores do grupo.
Por sua vez, um porta-voz da missão do Irã na Organização das Nações Unidas (ONU) refutou as alegações, classificando-as como infundadas e inadmissíveis. No entanto, evidências apontam que o Cotton Sandstorm já lançou operações de influência com ciberataques pouco antes de eleições passadas nos EUA.
Em uma dessas situações, o grupo se passou pelos Proud Boys, um grupo de direita, e enviou milhares de e-mails aos residentes da Flórida, ameaçando-os a “votar em Trump ou sofrer as consequências!”. Essa estratégia ilustra a capacidade do grupo de manipular informações e influenciar eleições por meios digitais.
Em um contexto mais amplo, a ciberguerra e a interferência em processos eleitorais são preocupações globais crescentes. Países e grupos extremistas têm utilizado táticas digitais para manipular eleições, disseminar desinformação e desestabilizar governos ao redor do mundo.
Portanto, é crucial que governos, empresas de tecnologia e a sociedade em geral estejam atentos a essas ameaças e trabalhem juntos para combater a manipulação cibernética e proteger a integridade dos processos eleitorais. A vigilância contínua, a capacidade de resposta rápida e a educação pública sobre segurança cibernética são fundamentais para mitigar os riscos e preservar a democracia.
Em suma, a atuação do Cotton Sandstorm e de outros grupos hackers em processos eleitorais é um lembrete das vulnerabilidades digitais que enfrentamos. Cabe a todos nós estar vigilantes e engajados na proteção da democracia e na defesa da integridade das eleições. Juntos, podemos fortalecer nossas defesas cibernéticas e garantir que a vontade popular seja respeitada em ambientes eleitorais livres e justos.