Negócios
Ibovespa: uma Manhã Marcante
Na manhã desta terça-feira, Ibovespa alcançou um feito inédito: ultrapassou pela primeira vez a barreira dos 160 mil pontos, atingindo a marca impressionante de 160.462,47 pontos por volta das 11h15. Esse aumento foi impulsionado por um amplo rali e um apetite ao risco predominante no mercado. Contudo, essa euforia não durou muito tempo. A queda das ações da PETR4 provocou uma desaceleração e fez com que o índice começasse a oscilar, misturando otimismo com prudência.
A História de um Recorde Instantâneo
A performance inicial do Ibovespa refletiu um ambiente bastante promissor. Antes mesmo do meio-dia, o índice estabeleceu uma nova máxima intradiária, sustentado por grandes valorizações de ações como Vamos (VAMO3), Natura (NATU3), Grupo Ultra (UGPA3) e Localiza (RENT3). Esse otimismo no mercado era alimentado por expectativas de cortes na taxa Selic e por dados que reforçavam uma desaceleração econômica no Brasil, além de um cenário global que parecia mais favorável aos investimentos em ativos de risco.
No entanto, a situação rapidamente mudou. O preço do petróleo caiu no exterior, influenciado pelo avanço das conversas entre os Estados Unidos e a Rússia sobre uma possível trégua no conflito da Ucrânia. Essa movimentação fez com que as ações da PETR4 se tornassem negativas, pressionando o índice para baixo. Sem o suporte de sua principal blue chip, o Ibovespa perdeu força e começou a oscilar novamente abaixo da marca dos 160 mil pontos.
Um Dia que Fica na Memória do Ibovespa
Ainda que o Íbovespa tenha perdido um pouco de força após atingir sua máxima histórica, a quebra do patamar de 160 mil pontos é um marco significativo na trajetória da bolsa brasileira. Analistas veem esse movimento como um sinal de que o mercado está aberto a explorar novas faixas, embora ainda vulnerável ao desempenho das ações da PETR4 e à volatilidade do petróleo. No final da manhã, o Ibovespa apresentou uma leve alta, enquanto investidores ponderavam se esse recorde indicava o início de um novo ciclo de valorização.

Maíra Telles
Compartilhe suas impressões




