quinta-feira, julho 24, 2025

Ibovespa em Alta: O Que Impulsionou a Retomada dos 135 Mil Pontos?


Ibovespa Retoma a Alta: Anália em Destaque e Novos Desafios no Cenário Internacional

Na última quarta-feira, dia 12, o Ibovespa teve um desempenho notável, alcançando a marca de 135 mil pontos com um crescimento próximo a 1%. Essa foi uma alta que não se via na B3 havia cerca de 20 dias. Durante a sessão, o índice flutuou entre 133.676,27 e 135.782,00 pontos, iniciando os negócios a 134.035,97 pontos. Ao final, o Ibovespa subiu 0,99%, fechando a 135.368,27 pontos, embora o volume financeiro tenha apresentado um ritmo mais fraco, totalizando R$ 17,0 bilhões.

O Desempenho do Dólar e as Influências Internacionais

Com o dólar atingindo sua menor cotação do dia a R$ 5,5161 e encerrando em baixa de 0,79%, a R$ 5,5230, o cenário no mercado acionário se consolidou ainda mais, com o Ibovespa renovando suas máximas logo no início da tarde. Na lista das principais ações, apenas a Vale (VALE3) apresentou uma leve queda de 0,14%.

Entre os grandes bancos, as movimentações foram favoráveis, com o Bradesco (BBDC4) registrando um ganho de 1,64% até o encerramento do pregão. Já a Petrobras mostrou um ótimo desempenho, com alta de 2,23% na ação ON e 2,04% na PN. Destacando-se entre os ganhadores, tivemos:

  • Raízen (RAIZ4): +5,48%
  • CVC (CVCB3): +4,74%
  • Natura (NATU3): +4,27%
  • MRV (MRVE3): +4,19%

Entretanto, nem todos tiveram a mesma sorte. As ações da WEG (WEGE3) caíram 8,01%, seguidas por BRF (BRFS3) com –1,85%, Vamos (VAMO3)1,52%, e Santos Brasil (STBP3) que teve uma leve queda de –0,36%.

Análises do Cenário Político e Econômico

Felipe Moura, gestor de portfólio da Finacap Investimentos, observou que o mercado mostrou resiliência em meio a uma atmosfera complexa, reforçada pelos confrontos entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o STF. A percepção é de que os EUA estão perdendo seu status de porto seguro, o que pode incentivar a busca por diversificação em mercados emergentes, mesmo diante de uma volatilidade persistente.

Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença, adicionou que, sem claros desdobramentos nas disputas comerciais, as pessoas que estão assumindo riscos são geralmente investidores mais sofisticados, conhecidos como “smart money”.

Adicionando mais à questão geopolítica, Trump voltou a criticar Jerome Powell, o presidente do Federal Reserve, por sua postura em relação à taxa de juros, sugerindo que a falta de cortes estaria prejudicando as famílias americanas.

Impactos no Brasil e Tretas Judiciais

No cenário nacional, a situação se intensifica com empresas vinculadas a Trump pedindo à Justiça americana que envie ao Departamento de Estado detalhes de um processo contra o ministro Alexandre de Moraes. Estão buscando sanções contra Moraes e outros ministros do STF por supostas violações de direitos humanos. Curiosamente, o pedido não especifica quais outros ministros estariam sob consideração.

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sugeriu que Trump poderia considerar retirar o Brasil do SWIFT, o sistema que facilita transações financeiras internacionais, algo similar ao que aconteceu com a Rússia e o Irã. Contudo, Marcello Estevão, economista-chefe do Instituto de Finanças Internacionais (IIF), descreveu essa possibilidade como um “completo absurdo”, reforçando a ideia de que o Brasil não pode ser comparado a regimes como o russo ou o iraniano. Ele também destacou que o SWIFT é uma rede internacional, não limitada a interesses americanos.

Perspectivas e Expectativas Futuras

Apesar das incertezas, houve progresso nas negociações lideradas pelos EUA com países asiáticos como Japão, Indonésia e Filipinas. Ian Lopes, economista da Valor Investimentos, sugere que isso pode estar contribuindo para a recuperação observada também na bolsa brasileira, mesmo com as pendências na administração de Trump.

Um acordo recente entre os Estados Unidos e o Japão sobre tarifas reforçou as expectativas de que Trump poderia alcançar resultados semelhantes com a União Europeia. Essa onda de otimismo fez com que as bolsas europeias fechassem a maioria em alta, com o FTSE 100 de Londres alcançando um recorde histórico. Na sessão de Nova York, os ganhos chegaram a 1,14% no Dow Jones.

Considerações Finais

O movimento do Ibovespa, com sua recente alta, revela uma dinâmica de mercado que não pode ser ignorada, especialmente neste momento de instabilidade política e econômica. Investidores e analistas estão atentos ao desenrolar dessa situação e como ela pode impactar não só a Bolsa brasileira, mas também a economia global. A busca constante por diversificação e segurança em ativos pode ser uma estratégia eficaz para atravessar esses ventos tempestuosos.

Acompanhar as tendências e estar informado sobre o cenário internacional é essencial para quem deseja investir com segurança e inteligência. O que podemos esperar dos próximos dias? O momento é de se manter atento e preparado para eventuais mudanças de rumo que possam surgir a qualquer instante.

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