Fabiano Contarato assume a presidência da CPI do Crime Organizado com um olhar técnico
O senador Fabiano Contarato (PT-ES) foi escolhido para liderar a CPI do Crime Organizado, um espaço que promete foco na investigação do “fluxo de dinheiro” de facções e milícias, bem como na atuação dos agentes públicos contra a criminalidade. Em meio ao cenário de aumento da violência no Rio de Janeiro, Contarato se compromete a manter uma abordagem técnica, longe de discursos políticos ou eleitorais.
Um olhar técnico sobre a segurança pública
Reconhecido como um dos senadores mais independentes do PT, Contarato, que tem experiência como delegado, aponta para a necessidade de enfrentar a segurança pública sem um viés romantizado. Ele acredita que é essencial discutir a segurança de forma objetiva, sem polarização, para que a CPI cumpra seu papel.
Como evitar a polarização?
Contarato afirma que tanto ele quanto o relator da CPI, senador Alessandro Vieira, estão comprometidos em adotar uma postura técnica. “Não estamos lá para fazer discursos ou atender a interesses específicos”, diz ele. A meta é esclarecer as responsabilidades e encontrar soluções para reduzir a criminalidade.
- Importância da responsabilidade: Ele ressalta a necessidade de investigar a eficácia das operações policiais, principalmente em áreas como o Alemão e o Jacarezinho, onde a população já sofreu diversas consequências.
- Ações e resultados: Questionamentos sobre a eficácia das operações, como o número de mortes e o real impacto nos índices de criminalidade, são parte da análise que a comissão pretende realizar.
Rastreando o dinheiro das facções
Um dos principais focos da CPI será a investigação sobre o fluxo financeiro das facções criminosas. Contarato acredita que o Senado possui a estrutura necessária para essa missão, destacando os avanços tecnológicos que podem facilitar essa apuração.
- Tecnologia a favor da segurança: “Hoje temos ferramentas e sistemas de informação que permitem rastrear esses fluxos financeiros”, comenta. Ele vê essa etapa como uma oportunidade para unir esforços e enfrentar a criminalidade de maneira mais eficaz.
Convocando figuras centrais
Uma das questões levantadas é a possibilidade de convocar autoridades, como o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, que é considerado uma figura central no combate à criminalidade. Contarato já aprovou a convocação e enfatiza que a CPI deve trabalhar de maneira proativa.
- Divisão de responsabilidades: Ele destaca que a Constituição estabelece claramente as funções das diferentes forças de segurança, e que a integração entre União, estados e municípios é fundamental.
Segurança abandona a polarização?
Com a direita dominando o discurso da segurança pública, muitos questionam se a esquerda tem demorado a reagir diante da gravidade do tema. Para Contarato, é hora de o campo progressista ousar assumir essa pauta.
- Segurança como um direito: Ele enfatiza que a segurança pública é uma responsabilidade de todos e que não pode ser monopolizada por um espectro político. “Devemos tratar isso de forma apartidária”, afirma.
Superando tabus na segurança pública
Contarato insiste que a segurança pública deve ser debatida com responsabilidade e seriedade, longe de olhares romantizados. Ele defende que a abordagem deve incluir políticas públicas que vão além da repressão, como educação, iluminação e saneamento.
- Não à impunidade: O senador também critica o que considera um frouxo sistema penal, evidenciado por casos em que criminosos cumprem apenas uma fração da pena estabelecida, criando uma sensação de impunidade na sociedade.
A visão sobre declarações do presidente Lula
Recentemente, o presidente Lula se referiu aos traficantes como “vítimas”, o que gerou controvérsia. Contarato considera esse tipo de discurso infeliz, defendendo uma postura mais rígida contra o tráfico de drogas.
- Necessidade de alterações na legislação: Ele não hesita em afirmar que, se necessário, apoiará mudanças na lei que aumentem as penas e busquem restituir a paz nas comunidades.
Independência na presidência da CPI
Diante do clima politizado da CPI, Contarato reafirma seu compromisso em manter a independência ao longo do processo, destacando a importância de liderar a comissão com autonomia, sem abrir mão de suas convicções.
- Um compromisso com a verdade: Ele acredita que sua trajetória na polícia e na vida pública garante a confiança necessária para conduzir a CPI de forma objetiva, contando com o apoio do partido nesta missão.
Avaliando a atuação do ministro da Justiça
Contarato tem uma visão positiva sobre o desafio do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, considerando que ele possui uma boa oportunidade de fortalecer o diálogo com o Parlamento.
- Colaboração é fundamental: Ele acredita que a interlocução entre os diferentes órgãos é essencial para avançar em pautas relevantes e melhorar a segurança pública como um direito de todos.
Reflexões finais
A presidência da CPI do Crime Organizado sob a liderança de Fabiano Contarato representa uma ação fundamental em tempos de crescente violência e incertezas. Com um olhar técnico e comprometido, ele se propõe a investigar a fundo as questões que cercam a segurança pública.
A implementação de políticas eficazes, unindo tecnologia, responsabilidade e um diálogo aberto entre os poderes, pode ser a chave para enfrentar o problema da criminalidade no Brasil. E, ao fazê-lo, Contarato nos convida a refletir sobre a maneira como encaramos a segurança pública: não como um tabu, mas como uma prioridade que deve ser discutida com seriedade e determinação.
Que este seja o início de um novo capítulo no combate à violência e à criminalidade, onde esforços coletivos possam restabelecer a paz nas comunidades e garantir o direito à segurança para todos. Como você vê o papel da segurança pública em nosso cotidiano? Deixe suas opiniões e reflexões nos comentários!




