A Revolução Verde nas Mãos de Mariangela Hungria

Mariangela integra a Lista Forbes das 100 Mulheres Doutoras do Agro.

Mariangela Hungria da Cunha, com seus 67 anos e uma carreira brilhante, é um verdadeiro ícone na transformação da agricultura brasileira. Recentemente, ela foi agraciada com o Prêmio World Food Prize (WFP), um reconhecimento similar ao “Nobel da Alimentação”, que celebra os esforços de indivíduos que impactam a qualidade e a acessibilidade dos alimentos em todo o mundo.

O Impacto da Pesquisa de Mariangela

Mariangela é reconhecida por suas inovações nas técnicas de fixação de nitrogênio no solo, especialmente por meio do cultivo de soja. Essa abordagem não apenas eleva a produtividade das lavouras, mas também gera uma economia significativa para o Brasil — aproximadamente US$ 40 bilhões por ano na compra de fertilizantes.

“Estou imensamente feliz. Minha principal contribuição para combater a fome no mundo foi a insistência de que a produção de alimentos deve ser sustentável”, compartilha Mariangela, que figura na lista das 100 Mulheres Doutoras do Agro, segundo a Forbes.

Com mais de três décadas de experiência na Embrapa Soja, em Londrina (PR), ela ressalta a importância da pesquisa contínua e da dedicação ao longo de 50 a 60 anos para se alcançar os resultados atuais.

A Origem da Paixão

A jornada de Mariangela começou durante sua graduação em engenharia agronômica na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP). Desde o início, ela foi confrontada com a dúvida sobre o futuro dos biofertilizantes, com muitos sugerindo que as soluções químicas eram o caminho a seguir. No entanto, a determinação e o amor por microrganismos a levaram a seguir uma direção diferente:

“Eu pensava: não, preciso ouvir meu coração. Amo microrganismos e quero isso para mim”, relembra.

Hoje, essa paixão se traduz em um histórico acadêmico notável, incluindo três pós-doutorados em instituições renomadas como a Cornell University e a Universidade de Sevilla. Sua pesquisa abrange biodiversidade microbiana, microbiologia do solo e outras áreas essenciais para a produção sustentável de alimentos.

Contribuições Incontáveis

Com mais de 500 publicações científicas e o desenvolvimento de mais de 20 tecnologias para a agricultura, Mariangela se destaca como uma pesquisadora respeitada. Seus trabalhos têm sido fundamentais para promover práticas menos agressivas ao meio ambiente e aumentar a eficiência agrícola.

Principais áreas de pesquisa de Mariangela:

• Biodiversidade microbiana
• Microbiologia do solo
• Bactérias promotoras do crescimento de plantas
• Fisiologia de plantas

Além disso, ela é membro ativo da Academia Brasileira de Ciências, da Academia Brasileira de Ciência Agronômica e da Academia Mundial de Ciências. Com um compromisso constante com a educação, atua como professora e orientadora em pós-graduação na Universidade Estadual de Londrina (UEL), contribuindo também para sociedades científicas.

Um Futuro Sustentável

A trajetória de Mariangela é uma prova de que investir em ciência e pesquisa é fundamental para um futuro sustentável. Muitas vezes, o caminho é repleto de desafios, mas sua persistência e paixão pela agricultura a mantiveram focada no objetivo de melhorar a qualidade de vida por meio da alimentação.

A questão que surge é: como suas descobertas e inovações podem ser aplicadas em uma escala maior? E qual será o próximo passo em sua jornada?

Cuidando do Planeta e das Futuras Gerações

Mariangela Hungria é um exemplo inspirador de como a ciência pode ser uma força para o bem. Seu compromisso com a sustentabilidade e o desenvolvimento rural é um modelo a ser seguido por futuras gerações de cientistas.

Se você ficou curioso sobre as inovações na agricultura ou deseja conhecer mais a fundo o trabalho de Mariangela, não hesite em buscar mais informações. Com o desenvolvimento de uma agricultura sustentável, o futuro pode ser promissor.

Uma Mensagem ao Leitor

Refletir sobre a importância da pesquisa agronômica nos permite entender melhor o papel vital que a ciência desempenha em nosso cotidiano. Mariangela elucida que a união entre inovação e responsabilidade ambiental é a chave para enfrentar os desafios alimentares do futuro.

Convido você a compartilhar suas ideias e opiniões sobre a agricultura sustentável e os benefícios dos biofertilizantes. Juntos, podemos criar um diálogo saudável e construtivo sobre o futuro da alimentação no Brasil e no mundo!