Artigo traduzido e adaptado do inglês, publicado pela matriz americana do Epoch Times.
Na recente reunião entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, na Casa Branca, ficou evidente que os dois líderes estavam focados em fortalecer os laços entre suas nações. Ambos buscam atender aos interesses de suas populações, enquanto também demonstram apoio às preocupações um do outro. Esse encontro marca um importante avanço nas relações bilaterais, especialmente considerando o contexto geopolítico desafiador, que inclui a crescente influência da China, segundo análises de especialistas.
Parceria Estratégica: Um Marco na Relação EUA-Índia
Com a divulgação de uma declaração conjunta em 13 de fevereiro, os líderes reafirmaram a robustez da Parceria Estratégica Global Abrangente entre a Índia e os EUA, fundamentada em confiabilidade mútua e interesses comuns. A reunião foi descrita como um marco significativo para a crescente colaboração entre os dois países. S.D. Pradhan, ex-conselheiro de segurança nacional da Índia, enfatizou que o pragmatismo e a cordialidade da conversa resultaram em ‘acordos maravilhosos’. As questões delicadas foram abordadas, sempre visando o benefício mútuo.
A diretora da Iniciativa sobre o Futuro da Índia e do Sul da Ásia no Hudson Institute, Aparna Pande, destacou que, apesar de Trump ter anunciado tarifas recíprocas algumas horas antes da reunião, o cenário começou a mudar após o encontro. “Trump igualmente reiterou que a Índia tinha tarifas elevadas e um alto déficit comercial. Contudo, durante a coletiva de imprensa, o presidente revelou que a Índia concordou em reduzir as tarifas e melhorar o acesso ao mercado. O progresso nos preparativos para um possível acordo comercial foi sinalizado”, explicou Pande.
Modi, por sua vez, expressou a ambição de aumentar o comércio bilateral para US$ 500 bilhões até 2030, uma meta carinhosamente intitulada de “missão 500”. Trump, entusiasmado com a nova dinâmica, afirmou que seu governo facilitaria “acordos comerciais incríveis” para a Índia, estimulando um clima de otimismo.
Construindo Um Futuro Compartilhado: MIGA e MAGA
O clima amistoso da reunião também se destacou com Modi chamando a relação entre os EUA e a Índia de “mega parceria”. Ele se inspirou em um conhecido slogan americano e disse: “Nossa visão para uma Índia desenvolvida é ‘Make India Great Again’, ou ‘MIGA’”. Essa combinação de MIGA com o MAGA de Trump resulta em uma verdadeira mega parceria a favor da prosperidade conjunta. O primeiro-ministro indiano enfatizou que essa união traz nova escala e amplitude aos objetivos comuns.
Pradhan, em suas análises, acrescentou que essa parceria reflete um sólido compromisso em prol da prosperidade econômica. Após as discussões, Trump anunciou que a Índia se comprometeria a adquirir mais petróleo e gás dos EUA, além de equipamentos militares, incluindo os célebres jatos de combate F-35.
Defesa e Significados Geopolíticos
Os acordos de defesa firmados e o aumento das aquisições de petróleo dos EUA têm um significado geopolítico importante, servindo como um aviso à China e à Rússia. Pande comentou: “O aumento das vendas de defesa para a Índia, que inclui a possibilidade de caças F-35, também é uma mensagem clara para a China”. Da mesma forma, a compra de petróleo dos EUA pode reduzir a dependência indiana da Rússia, o que, indiretamente, envia uma mensagem a Pequim.
Esse aprofundamento nas relações comerciais e de defesa é, segundo Pradhan, positivo para a Índia, pois alinha-se aos esforços dos EUA em garantir que a China respeite as normas internacionais. “A China sempre esteve no centro das discussões”, completou. Ao mesmo tempo, as negociações com a Rússia podem criar um ambiente benéfico para a Índia no contexto das relações internacionais.
Terrorismo e a Cooperação no Indo-Pacífico
Um dos resultados mais comemorados pela mídia indiana foi a decisão de Trump de extraditar Tahawwur Rana, um dos conspiradores dos ataques de Mumbai em 2008. Rana está em um centro de detenção em Los Angeles e sua extradição foi considerada um passo importante para fortalecer a confiança entre os dois países. “Trump descreveu a extradição como um passo para devolver à Índia um dos homens mais temidos”, afirmou Pradhan.
Além de abordar questões de segurança, a reunião também tratou da colaboração no Indo-Pacífico. A citação sobre o Quad, a cooperação tecnológica nas áreas de inteligência artificial e outros setores críticos foram vistas como um recado à China sobre a unidade do bloco. “O Quad é uma parceria de segurança essencial para manter a paz na região do Indo-Pacífico”, enfatizou Pande.
Desafios e Panorama Regional
Antes do encontro, Trump foi questionado sobre as convulsões políticas em Bangladesh. O país vivenciou mudanças significativas e a saída do regime de Sheikh Hasina, seguido por desdobramentos que geraram preocupações sobre a segurança e a estabilidade na região. As tensões na fronteira entre Índia e Bangladesh também foram um tópico relevante discutido na coletiva.
Durante a coletiva, Trump foi confrontado novamente em relação ao movimento Khalistan, que busca um estado separado para os sikhs no Punjab, Índia. Ele fez alusão às relações difíceis entre a Índia e o governo Biden, mas enfatizou que os dois países deveriam trabalhar juntos para combater o crime. A declaração conjunta alinhou os esforços para fortalecer a aplicação da lei contra o crime organizado e o narcoterrorismo.
Olhando para o Futuro: Uma Relação em Evolução
A parceria estratégica entre os EUA e a Índia está claramente em um ponto de inflexão, com perspectivas otimistas para o futuro. A combinação de interesses econômicos e de segurança, juntamente com um aumento no comércio e na cooperação militar, promete não apenas fortalecer as relações bilaterais, mas também contribuir para um equilíbrio de poder mais amplo na região da Ásia-Pacífico.
Este encontro estivera longe de ser apenas uma formalidade diplomática; trata-se de uma nova fase para a amizade entre duas das maiores democracias do mundo. Com um plano ambicioso à frente, ambos os líderes têm a oportunidade de deixar um legado duradouro que pode moldar os próximos anos em termos de política internacional.
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