quinta-feira, julho 24, 2025

Mulheres do Agro: Ousadas e Prontas para Liderar no C-Level!


Mulheres que Transformam o Agro: A Nova Geração de Líderes

O Empoderamento Feminino no Setor Agrícola

Nos últimos anos, o cenário do agronegócio no Brasil tem passado por transformações significativas, especialmente em relação à presença feminina. Grazielle Parenti, aos 54 anos, é um exemplo desse movimento. Atualmente, ela ocupa o cargo de head de sustentabilidade e assuntos corporativos da Syngenta na América Latina e, a partir do segundo semestre de 2024, se juntou ao board internacional da companhia. Essa trajetória notável não é apenas uma conquista pessoal, mas também uma representação do crescente espaço que as mulheres estão ganhando nas esferas mais altas da indústria agrícola.

Grazielle agora lidera uma equipe global, guiando esforços para criar modelos de negócios sustentáveis, que unem diversos elos da cadeia produtiva. Apesar dos avanços, ela destaca que o caminho para alcançar posições de liderança ainda é repleto de desafios, principalmente em um setor onde a presença feminina é a minoria. "Cada vez que estou em uma sala e sou a única mulher, trago comigo o peso de representar outras", reflete Grazielle.

O Progresso das Mulheres no Mercado de Trabalho

De acordo com o relatório “Women in the Workplace 2024”, elaborado pela McKinsey e LeanIn.Org, a participação feminina em cargos executivos subiu para 29%, um aumento significativo em comparação aos 17% registrados em 2015. Esse progresso também é refletido nas diretorias das empresas, incluindo aquelas do setor agro, onde a presença feminina tem crescido. Entre as líderes da lista Forbes Agro100, todas as principais empresas nacionais contam com mulheres em seus boards, com destaque para Raízen e Ambev, que possuem múltiplas executivas em cargos de destaque.

Um Novo Caminho para a Liderança

Oitivas como a de Grazielle demonstram que, embora os avanços sejam reais, a representatividade feminina ainda é limitada nas altas esferas corporativas. Ela ressalta a importância de ter aliados em sua trajetória, citando pessoas que foram cruciais para seu desenvolvimento. "Precisamos de aliados", afirma Grazielle, destacando que tanto homens quanto mulheres têm um papel vital ao impulsionar o crescimento de outras mulheres no mercado de trabalho.

Em uma era onde as soft skills são tão valorizadas quanto as habilidades técnicas, Grazielle acredita que é fundamental cultivar relacionamentos e desenvolver a empatia para alcançar resultados duradouros. "Construir confiança e saber ouvir são habilidades essenciais", comenta.

Liderança com Empatia e Respeito

A psicóloga Andrea Oliveira, que atua como head de RH & GA na Sumitomo Chemical, traz uma perspectiva valiosa ao discutir a importância das soft skills na gestão de pessoas. Para ela, a liderança deve ser humanizada, priorizando o respeito e a empatia, sem abrir mão dos resultados. “Comando e controle já não fazem parte do jogo. As lideranças precisam estar mais próximas de suas equipes”, afirma.

  1. Habilidades Necessárias para Liderar:
    • Capacidade de ouvir e entender as diferenças entre as pessoas.
    • Construir confiança em ambientes de trabalho.
    • Gerenciar conflitos de forma eficaz.

Crescimento e Incentivo à Liderança Feminina

Na Sumitomo Chemical, iniciativas voltadas para a liderança feminina estão se fortalecendo. Andrea destaca a importância de programas de mentoria, que não apenas proporcionam desenvolvimento profissional, mas também ajudam a aumentar a autoconfiança das participantes. "Quando uma mulher vê outra alcançando sucesso, isso se torna uma fonte de inspiração", conclui Andrea.

Com a coincidente evolução do papel das mulheres no agro, o setor está vivenciando uma transformação que vai muito além do simples aumento de números. A nova geração está moldando o futuro do agronegócio, e esse movimento já é visível nas fazendas.

Histórias de Sucesso no Campo

Camila Carmo de Carvalho, 32 anos, é um exemplo brilhante dessa nova geração de mulheres no setor agrícola. À frente da Captar Agro, uma fazenda de gado de corte que se destaca no Brasil, Camila tem contribuído para a modernização e inovação da produção agrícola. "Meu trabalho é dinâmico, fazendo de tudo, desde reuniões com autoridades até acompanhar o dia a dia no confinamento", diz Camila, que está sempre em busca de melhorar a estrutura da sua propriedade.

O Desafio da Sustentabilidade

Com a meta de produzir carne com rastreabilidade garantida, Camila tem dedicado esforços para estabelecer um frigorífico na região, um investimento ambicioso de R$ 1,2 bilhão. Para ela, o dinamismo do setor e a possibilidade de inovar são o que mais a motiva, e a conexão com seus mentores, como seu padrasto, Almir Moraes, tem sido uma fonte constante de inspiração.

A Nova Geração em Ação

Ana Carolina Zimmermann, de 30 anos, também se destaca como uma das vozes dessa nova geração. Como bolsista da Nuffield International Farming Scholars e membro da Comissão de Novas Lideranças do Agro, ela está comprometida em trazer inovação e práticas sustentáveis para a agricultura. "Contar as histórias do agro é essencial", destaca Ana Carolina, que acredita que o equilíbrio entre tradição e inovação é fundamental para o desenvolvimento do setor.

Ela lidera projetos que integram práticas avançadas à produção agrícola, mostrando que a liderança deve ser um processo contínuo de aprendizado e adaptação às novas demandas do mercado.

Exemplos que Inspiram

Ana diz que "a palavra convence, mas o exemplo arrasta", ressaltando a importância de servir como modelo para outras mulheres. Ao desenvolver programas de formação na sua empresa, ela ajuda a preparar novas líderes para enfrentar os desafios do setor.

Essas histórias testemunham que, embora existam obstáculos pela frente, a nova geração de mulheres está determinada a se posicionar em cargos de liderança no agronegócio. Elas são a prova de que, com apoio e determinação, é possível alcançar novos patamares.

O Caminho Rumo à Igualdade

O que fica claro é que o futuro das mulheres no agronegócio está em aberto e cheio de oportunidades. A luta por igualdade de gêneros e representatividade nas lideranças é um tema que deve continuar a ser abordado e discutido, garantindo que um maior número de mulheres ocupe posições de destaque.

O movimento não diz respeito apenas a conquistas individuais, mas a uma mudança cultural que pode transformar a forma como as empresas operam e se relacionam com seus colaboradores. Com coragem e perseverança, essas mulheres estão moldando o futuro do agronegócio brasileiro.

Reflexão Final

A jornada dessas líderes é um convite à reflexão sobre como a sociedade pode reequilibrar as responsabilidades familiares e reconhecer o valor das mulheres em todas as áreas do agronegócio. À medida que mais histórias de sucesso emergem, somos lembrados de que o caminho para a igualdade de gêneros está apenas começando, e cada passo nessa direção é um avanço significativo para todos.

Separe um tempo para pensar sobre o impacto que essas líderes têm não apenas na indústria agrícola, mas na sociedade como um todo. Você é parte dessa transformação? Compartilhe suas opiniões e experiências nos comentários!

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