domingo, junho 22, 2025

O Futuro do Arroz, Feijão e Carne: O Que Esperar para a Próxima Década?


Imagens Getty

Embora o consumo de arroz e feijão tenha diminuído nos últimos anos, a produção desses alimentos deverá se manter estável na próxima década.

Recentemente, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em parceria com a Embrapa, divulgou o relatório “Projeções para o agronegócio 2023/24 a 2033/34”. O documento apresenta um panorama que indica uma diminuição no consumo de alguns dos alimentos mais tradicionais da mesa brasileira, como arroz, feijão e carne.

Além disso, o estudo, que abrange 31 produtos do setor agropecuário, mostra uma leve expansão na área plantada para esses itens nos próximos dez anos.

O Futuro do Arroz

Nos últimos dez anos, o Brasil observou uma redução significativa no consumo de arroz, com uma queda de quase mil toneladas. Para o futuro, o cenário é de estabilidade, com projeções que indicam uma área plantada de 1.934 hectares até 2033/34, comparado aos 1.607 hectares de 2024.

A produção de arroz deverá se manter em torno de 10,8 milhões de toneladas, mas o relatório sugere que o Brasil poderá importar cerca de 2 milhões de toneladas anuais nos próximos tempos.

Uma tendência no consumo de arroz revela que, desde 1985, a ingestão per capita deste alimento tem diminuído. Em 1985, o consumo por habitante era de 40 kg anuais, enquanto em 2021 caiu para quase 30 kg. Essa diminuição, embora lenta, continua a se consolidar.

Embora o relatório não traga dados específicos sobre exportações de arroz, no primeiro semestre de 2024, as exportações desse produto totalizaram 1,002 milhão de toneladas, uma queda de 16,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

A Trajetória do Feijão

Assim como o arroz, o feijão também apresenta um cenário desafiador, com o consumo atual em 2,85 milhões de toneladas. A boa notícia é que a produção deve aumentar, alcançando cerca de 3,95 milhões de toneladas.

A pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), realizada em 2020, indica que, a partir de 2025, o feijão passará a fazer parte das refeições dos brasileiros apenas de uma a quatro vezes por semana, ao contrário das cinco refeições semanais que são consumidas atualmente.

A área de plantio do feijão, atualmente em 2.857 hectares, deverá aumentar para 3.945 hectares até 2033/34. Isso sugere um crescimento na produção, o que é bem-vindo, considerando as metas de abastecimento.

Além disso, o relatório projeta que cerca de 32 mil toneladas de feijão devem ser importadas na próxima década, mas não foram especificadas expectativas de exportação.

Carnes em Ascensão

As carnes também refletem as mudanças nas preferências alimentares dos brasileiros. O Brasil deverá produzir 37,6 milhões de toneladas de carne, englobando padrões variados como frango, bovina e suína, nos próximos dez anos.

Atualmente, a produção de carne bovina é de 10.221 toneladas, devendo chegar a 11.260 toneladas; a de suínos, que está em 5.366, deverá atingir 6.840 toneladas. A carne de frango, por sua vez, deve aumentar de produção, alcançando 19.497 toneladas em 2034, cerca de 3,5 mil toneladas a mais do que hoje.

Estima-se que o consumo de carne suína e frango suba, resultando em 12,8 milhões e 5.206 toneladas, respectivamente, até 2033/34. No que diz respeito à carne bovina, o consumo médio foi de 24,2 kg por habitante em 2023, o menor desde 2004, e deve ter uma pequena alta nos próximos anos.

Perspectivas de Exportação

As perspectivas para a exportação de carnes são animadoras, com crescimento projetado de 2,7% ao ano para carne de frango, 2,5% para carne bovina e 2,3% para suína.

A projeção de aumento nas exportações de carnes é positiva, com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimando um crescimento de 25% nas exportações de carne suína, 24% na de frango e 15% na de carne bovina na próxima década. No entanto, os dados sobre importação não foram disponibilizados.

Reflexões Sobre o Futuro da Alimentação no Brasil

Essas projeções revelam um panorama complexo para os alimentos que compõem as refeições dos brasileiros. À medida em que a sociedade evolui, as escolhas alimentares também mudam, refletindo novas realidades econômicas e culturais. É interessante observar como essa evolução impacta diretamente a relação do brasileiro com a comida.

Convidamos você a refletir sobre seus próprios hábitos alimentares e como eles se alinham com essas tendências. Você considera que a queda no consumo de arroz e feijão é uma preocupação? Ou você acredita que a diversificação da dieta pode ser uma resposta positiva para a saúde e a cultura alimentar brasileira? Compartilhe suas opiniões e experiências; seu ponto de vista é fundamental para enriquecer essa discussão.

Com um olhar atento ao futuro, é essencial acompanhar essas mudanças e procurar maneiras de garantir que nossos alimentos favoritos continuem disponíveis, sustentáveis e variados, promovendo um equilíbrio entre o que desejamos consumir e o que o ambiente pode oferecer.

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