quinta-feira, março 13, 2025

Os Bastidores Sombrio da Jinjiang: A Empreiteira da BYD Envolvida em Acusações de Trabalho Escravo


Jinjiang e as Séries Acusações de Trabalho em Condições Irregulares no Brasil

Introdução ao Caso

Xangai, palco de um novo embate internacional, vê a empresa chinesa Jinjiang sob intensa escrutínio após declarações de autoridades brasileiras que acusam trabalhadores de uma de suas obras, voltada para a fabricante de veículos elétricos BYD, de serem vítimas de tráfico humano e de estarem em “condições análogas à escravidão”. Esse cenário acendeu um alerta não só no Brasil, mas também na China, onde o Ministério das Relações Exteriores afirmou estar em contato com as autoridades brasileiras e enfatizou a necessidade de conformidade legal das empresas chinesas em operações internacionais.

Quem é a Jinjiang?

A Jinjiang é uma empresa de capital privado, cujo nome significa “artesão de ouro”, fundada em 2002. Com sede em Shenzhen, cidade que também abriga a BYD, a empresa está habilitada para realizar serviços de construção de propriedades. Com um quadro de aproximadamente 1.500 amigos e uma receita anual que alcança os 3 bilhões de iuanes (cerca de 400 milhões de dólares), a Jinjiang é um dos nomes conhecidos na construção civil na China.

Algumas características da Jinjiang:

  • Fundação: 2002
  • Localização: Shenzhen, China
  • Funcionários: Aproximadamente 1.500
  • Receita Anual: 3 bilhões de iuanes

Apesar do seu tamanho e importância, informações pessoais sobre o presidente Ma Jianwei são notavelmente escassas, refletindo a falta de transparência em algumas corporações chinesas.

Jinjiang e a Construção para a BYD

Além do polêmico projeto no Brasil, a Jinjiang também está envolvida na construção de várias fábricas da BYD por toda a China, localizadas em cidades como Changzhou, Yangzhou e Hefei. Recentemente, surgiram anúncios de emprego que indicavam a busca por trabalhadores para as obras em Xian, Shaanxi, e Zhengzhou. Essa movimentação demonstra a constante expansão da Jinjiang na construção civil, especialmente em projetos associados à inovação e tecnologia.

Fora da China, a presença da Jinjiang se expande com anúncios de recrutamento para diversas funções na Hungria, como motorista de empilhadeira e especialista em logística, o que levanta a questão sobre sua atuação em outros países e em projetos fora do território chinês.

Segurança do Trabalho e Conflitos Legais

Entre 2018 e 2022, a Jinjiang enfrentou cinco disputas legais relacionadas a acidentes de trabalho, sendo condenada a indenizar funcionários feridos. Somente em 2023, a empresa já foi multada em três ocasiões por violar normas de segurança no trabalho. Um triste exemplo ocorreu em um canteiro da BYD em Hefei, onde um trabalhador perdeu a vida em um acidente e a Jinjiang, como principal contratada, foi responsabilizada e multada em 310 mil iuanes (aproximadamente 1.900 dólares).

A Resposta da Jinjiang: Defensiva ou Proativa?

Em resposta às acusações, a Jinjiang utilizou sua conta no Weibo para afirmar que a descrição de seus trabalhadores como “escravizados” é um grande equívoco. A empresa disse ter havido mal-entendidos e compartilhou um vídeo de um grupo de trabalhadores, em que um deles expressava que a alegação de resgate os deixava ofendidos. O trabalhador, não identificado, afirmou que desejava continuar a trabalhar no Brasil, citando um choque com a possibilidade de retorno ao seu país natal.

Curiosamente, enquanto a Jinjiang reafirma sua posição, a BYD parece ter uma postura mais ambígua. Inicialmente, a empresa declarou que havia rompido relações com a Jinjiang, mas depois, um executivo da BYD endossou a versão da contratada, acusando “forças estrangeiras” de tentativas de difamação.

O Que Esperar Para o Futuro?

O Ministério Público do Trabalho no Brasil anunciou que tanto a BYD quanto a Jinjiang concordaram em abrigar 163 trabalhadores em hotéis até que se alcance um entendimento sobre seus contratos. Este desdobramento mostra um desejo de resolução, mas também levanta questões sobre as condições de trabalho e a proteção dos direitos dos trabalhadores em projetos internacionais.

Considerações Finais

O caso da Jinjiang não é apenas um reflexo das complexidades do comércio e da construção internacional, mas uma oportunidade para refletirmos sobre os direitos humanos e as condições de trabalho em um mundo cada vez mais globalizado. As práticas das empresas, especialmente em meio a acusações graves como as de tráfico humano, precisam ser avaliadas com rigor. Esse tipo de incidente serve como um lembrete da urgência de monitoramento e regulação para garantir que o progresso e o desenvolvimento industrial sejam acompanhados de respeito à dignidade humana.

É essencial que todos nós, como conscientizadores e consumidores globais, mantenhamos um olhar crítico sobre as práticas das empresas e exigirmos transparência em suas operações. O que você pensa sobre essa situação? Seria a responsabilidade das empresas ou dos governos garantir condições justas de trabalho? Deixe sua opinião!

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