







Se você quer se manter atualizado sobre as principais notícias do Brasil e do mundo, vem comigo que eu trago os destaques do dia, 16 de abril.
Tarifas Altas: EUA Impõem 245% sobre Produtos Chineses
A guerra tarifária entre os Estados Unidos e a China continua a avançar. Recentemente, a Casa Branca anunciou uma nova tarifa de 245% sobre uma variedade de produtos chineses, uma medida que visa ser uma retaliação a ações tomadas pela China e também pretende proteger as indústrias americanas.
É importante destacar que essa nova taxa supera a tarifa anterior, de 145%, que havia sido implementada durante o governo de Donald Trump. Em um movimento reativo, a China respondeu na sexta-feira, aumentando sua tarifa sobre produtos americanos para 125%. Enquanto a maioria das nações está em busca de negociações com os EUA, a China permanece até agora sem mostrar interesse por acordos.

A Nova Frente de Conflito: Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI)
Enquanto isso, a discussão nos Estados Unidos se volta para um novo tipo de batalha: a guerra contra os programas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI). Um grupo de 15 procuradores-gerais estaduais enviou uma carta a CEOs de grandes corporações pedindo a descontinuação desses programas, alegando que são divisivos e que colocam as empresas em risco jurídico.
A carta, direcionada ao Business Roundtable — que inclui líderes de empresas como Apple e Pfizer — acusa essas organizações de priorizar ideias ideológicas em detrimento de seus deveres com os acionistas. Nessa mesma linha, o ex-presidente Trump já havia promulgado diversas ordens executivas visando enfraquecer as iniciativas de DEI no governo federal. Os procuradores defendem que o intuito de suas ações é proteger tanto investidores quanto consumidores, promovendo a ideia de um livre mercado onde todos são iguais perante a lei.

Delegação Americana em Direção à Síria
Seguindo o tema de conflitos, a Síria, que enfrenta uma prolongada guerra civil, deve receber uma delegação de parlamentares americanos nos próximos dias. Essa informação veio à tona através do jornal libanês Al-Modo.
O principal objetivo da visita é discutir a possibilidade de suspender ou suavizar as sanções americanas que pesam sobre o país, além de reavaliar a situação humanitária, que continua a ser crítica. Farouk, presidente do Conselho Sírio-Americano, destacou que o Congresso dos EUA está buscando entender melhor a realidade síria após a derrubada do regime de Bashar al-Assad. Até o momento, no entanto, não houve confirmação oficial de tal visita.

Retaliação de Hong Kong às Tarifas Americanas
Agora voltando nossos olhos para a Ásia, Hong Kong anunciou a suspensão imediata do envio de mercadorias para os Estados Unidos, em resposta às novas tarifas impostas por Washington. No entanto, os envios de documentos continuam permitidos.
A suspensão é uma retaliação ao fim da isenção americana sobre produtos de até US$ 800 enviados de Hong Kong. As autoridades locais consideram a decisão dos EUA “irracional e intimidatória” e alertam que o envio de produtos para os Estados Unidos poderá se tornar extremamente caro.
Tratado Global Contra Pandemias: Um Marco Histórico
Em uma nota mais positiva, mais de 190 países concordaram esta semana em aprovar o primeiro tratado global sobre pandemias. Esse pacto, que é legalmente vinculante, tem como objetivo garantir que haja acesso justo a vacinas, medicamentos e insumos médicos durante crises de saúde globais.
Entre as principais diretrizes do tratado, fica estipulado que durante pandemias, os fabricantes devem dedicar 20% da produção à OMS, sendo metade desse total em doações e a outra metade a preços acessíveis. Além disso, os países são obrigados a desenvolver políticas nacionais que garantam o acesso a tecnologias e tratamentos.
É válido lembrar que os Estados Unidos, sob a administração de Trump, abandonaram as negociações sobre este acordo. O pacto será discutido novamente na assembleia da OMS em maio.

O Futuro do Ocidente em Debate
Enquanto isso, na Europa, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, afirmou que “o Ocidente como conhecemos não existe mais”, em meio às crescentes tensões entre a Europa e os EUA. Segundo ela, a Europa continua sendo um continente de paz, com normas claras e respeito mútuo entre os países, mas algo parece ter mudado na relação com os Estados Unidos.
Sem mencionar diretamente Donald Trump, von der Leyen expressou que a relação está difícil e que muitos países passaram a buscar a União Europeia como uma alternativa, em função da confiança e estabilidade que o bloco oferece. Em resposta a esses desafios, von der Leyen tem se reunido com líderes de países como Canadá, Cingapura e até mesmo a China.

Israel e as Maldivas: Proibição de Entrada
No Oriente Médio, o governo das Maldivas decidiu nesta terça-feira implementar uma proibição imediata de entrada para cidadãos israelenses. O presidente Mohamed Muizzu caracterizou essa decisão como um ato de “solidariedade resoluta” com o povo palestino.
A medida, que foi aprovada pelo Parlamento no mesmo dia, é simbólica e responde à história das relações entre Maldivas e Israel, que já haviam sido suspensas em 1974. Embora o número de turistas israelenses nas Maldivas seja pequeno, essa decisão carrega um peso político significativo, especialmente considerando o aumento do sentimento anti-Israel, que se intensificou com o recente conflito envolvendo o Hamas.

Retenção Militar de Israel na Faixa de Gaza
Falando em Israel, o ministro da Defesa, Israel Katz, anunciou que as tropas israelenses permanecerão indefinidamente nas zonas de segurança situadas na Faixa de Gaza, bem como no Líbano e na Síria. Essa postura sugere que não há intenção de recuar das áreas recentemente tomadas, o que pode complicar as discussões sobre um possível cessar-fogo com o Hamas.
Katz salientou que estas zonas funcionarão como barreiras entre os israelenses e seus inimigos, tanto em situações permanentes como temporárias. O governo de Israel mencionou que, durante o conflito, mais de 20 mil pessoas foram integrantes do Hamas, um grupo considerado terrorista por Israel, EUA e União Europeia.

Brasil: Crise de Identidade de Gênero e Diplomacia
Voltando ao cenário brasileiro, a deputada Erika Hilton (PSOL) decidiu cancelar sua participação na Brazil Conference at Harvard & MIT após ter recebido um visto dos EUA que a identificou com o gênero masculino. Em um comentário sobre o episódio, ela denunciou que se tratou de uma forma de transfobia institucional, além de ser uma violação de sua identidade de gênero.
A assessoria da deputada indicou que o processo de obtenção do visto enfrentou diversas complicações, refletindo as novas diretrizes implementadas pelo governo Trump. Erika chamou a situação de “problema diplomático” e pediu uma resposta do Itamaraty, ressaltando que o evento representa uma forma explícita de transfobia estatal promovida pelo governo americano.

Essas são as principais notícias do dia. O mundo está em constante movimento, e é fundamental que estejamos atentos às questões que impactam tanto nossas vidas aqui no Brasil quanto os eventos que moldam o cenário global. O que você acha sobre essas situações? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe suas ideias.