Teatros em Alerta: Ameaças ao Shen Yun e a Repressão do PCCh
Recentemente, os teatros de Atlanta e San Jose se tornaram palco de uma grave ameaça: um possível tiroteio em massa se as apresentações do grupo Shen Yun continuassem programadas. Este renomado espetáculo de artes cênicas, que celebra a cultura tradicional chinesa, é frequentemente alvo de ataques vindos do regime comunista chinês. As mensagens alarmantes, que foram divulgadas pelo Epoch Times, ecoam uma série de avisos semelhantes que foram recebidos anteriormente, todos sem fundamento, mas que geram uma atmosfera de medo e tensão.
Os apresentadores dessas performances relataram os avisos às autoridades locais e ao FBI, numa tentativa de garantir a segurança dos artistas e do público. Até o momento da publicação, as autoridades de Atlanta e San Jose não haviam comentado sobre as ameaças.
O que Aconteceu?
A primeira de uma série de mensagens ameaçadoras chegou à Sala Sinfônica de Atlanta no dia 11 de dezembro. Escrito em chinês, o conteúdo da mensagem deixava clara a intenção de ação violenta caso as apresentações não fossem interrompidas. A comunicação incluía uma imagem perturbadora de uma arma e munições, com o assunto: “O Sala Sinfônica de Atlanta que sedia o Shen Yun será atacado!!!”
Assim, o apresentador local suspeitou que essa ação estava relacionada ao histórico de perseguição do Partido Comunista Chinês (PCCh) contra o Shen Yun. O espetáculo é conhecido por retratar a rica cultura de 5.000 anos da China, incluindo as tradições e as duras realidades enfrentadas por praticantes do Falun Gong.
Em um fato alarmante, no mesmo dia, o Centro de Artes Cênicas de San Jose recebeu um aviso semelhante, onde o remetente ameaçava "atirar em todos" se o local não cancelasse a apresentação do Shen Yun. Os últimos meses foram marcados por uma série de sabotagens aos ônibus da equipe, incluindo cortes de pneus e ameaças diretas contra os artistas e locais que acolhiam o espetáculo.
Os Riscos Sempre Presentes
Durante a turnê global do Shen Yun em 2024, que começou no início do ano, o grupo enfrentou diversas situações problemáticas. Um exemplo notável foi uma ameaça de bomba durante os preparativos nas Califórnias em março, que acabou se revelando infundada após uma investigação da polícia, que, com auxílio de cães farejadores, não encontrou explosivos. Apesar do receio, os shows seguiram como planejado, embora com medidas de segurança reforçadas.
O Shen Yun está programado para iniciar sua nova turnê em Atlanta no dia 23 de dezembro, seguido de várias apresentações em San Jose, a partir de 26 de dezembro. Este padrão de intimidação não é novo, e os esforços persistentes do PCCh para censurar e silenciar o grupo levantaram preocupações sérias no Congresso dos Estados Unidos.
Apoio do Congresso e Repúdio à Intimidação
O deputado Chris Smith (R-N.J.), presidente da Comissão Executiva do Congresso sobre a China (CECC), falou categoricamente sobre as ações do PCCh. Ele descreveu a intimidação contra o Shen Yun como "totalmente ilegal" e pediu medidas mais severas para coibir essa repressão em solo americano. Segundo ele, esta é uma clara demonstração de repressão transnacional que não deve ser ignorada.
Smith também mencionou sua intenção de reintroduzir uma proposta legislativa para combater a repressão transnacional no próximo ano, esperando fortalecer as ações contra tentativas do regime chinês de perseguir vozes dissidentes fora de suas fronteiras.
Uma Campanha em Ascensão
Nos últimos tempos, as inquietações aumentaram a respeito do aumento da campanha do PCCh, que tenta silenciar dissidentes fora da China. Recentemente, o Epoch Times relatou que uma diretiva secreta de Xi Jinping, o principal líder do Partido, estabeleceu novas estratégias para lidar com o Falun Gong, com o reconhecimento de que anteriores tentativas de repressão não haviam tido sucesso.
Desde 1999, o Falun Gong tem sido alvo de uma brutal perseguição, resultando em prisões, tortura e outras formas de violação dos direitos humanos. O Shen Yun, que tem muitos de seus artistas praticantes dessa disciplina, retrata em seus espetáculos as consequências enfrentadas por aqueles que resistem à repressão.
Implicações e Exemplos de Censura
As ameaças e atos de sabotagem contra o Shen Yun refletem uma parte de uma campanha maior do PCCh para destruir a visibilidade e o impacto de qualquer manifestação cultural que não se alinhe à ideologia do partido.
Os detalhes sobre as tentativas do regime chinês de cancelar apresentações do Shen Yun são alarmantes. Com mais de 100 incidentes documentados em 38 países, a influência do PCCh se estende além das fronteiras da China. Em locais como a Coreia do Sul, onde a presença do regime é forte, algumas dessas tentativas têm sido mais eficazes.
O Que Está em Jogo?
Jared Madsen, um dos mestres de cerimônias do Shen Yun, comentou sobre a profundidade da ameaça que o PCCh sente em relação à obra do grupo. “Estamos apresentando 5.000 anos de cultura tradicional chinesa. Temos no palco seres divinos e um cenário digital que dá vida à nossa herança cultural”, declarou Madsen.
Essa riqueza cultural, expressa através de dança, música e arte, desafia diretamente os princípios comunistas que negam a espiritualidade e a conexão com tradições mais profundas, o que torna o grupo um alvo constante do regime.
Reflexões Finais
Nós, como sociedade, precisamos refletir sobre as implicações dessa repressão cultural e as ameaças que artistas e grupos enfrentam em suas jornadas de expressão. É vital a defesa da arte e da cultura, especialmente quando estas desafiam ideologias opressoras.
Acompanhar a turnê do Shen Yun não é apenas uma experiência cultural; é uma forma de solidariedade a todos aqueles que lutam contra a censura e a opressão. Vamos nos unir e amplificar as vozes que, mesmo sob pressão, continuam a celebrar o que é verdadeiramente humano: a arte e a liberdade.
O que você pensa sobre essas situações preocupantes? Deixe seus comentários e compartilhe suas opiniões.