Nos últimos tempos, os fundos de índice, conhecidos como ETFs, têm conquistado um espaço significativo no mercado financeiro brasileiro. Dados da B3 revelam que o patrimônio total desses ativos atingiu a impressionante marca de R$ 54 bilhões, atraindo cerca de 713 mil investidores.
Bruno Barino, CEO da BlackRock Brasil, ressalta que, embora já exista uma oferta considerável de ETFs no Brasil, ainda há um longo caminho a percorrer para potencializar o crescimento desse setor. Para ele, é necessária uma ação integrada no ecossistema financeiro que envolva estas opções de investimento.
No episódio 149 do programa Outliers, disponível no canal XP, Barino e Danilo Gabriel, gestor da XP Asset, discutiram esses desafios com Clara Sodré e Fabiano Cintra, analistas da XP.
O Crescimento do Interesse em Bitcoin
Um dos pontos destacados por Barino foi o aumento considerável no interesse por ETFs de Bitcoin, como o IBIT, disponível nos Estados Unidos. Ele comentou: “Nos últimos anos, notamos que clientes começaram a comprar Bitcoin, mas o profissional do mercado não estava percebendo isso, pois ele se encontrava em um ambiente de risco diferente.”
Com as recentes mudanças na regulamentação, o ETF de Bitcoin da BlackRock viu seu volume crescer significativamente. Barino explica que isso evidencia a importância de entender as dinâmicas de mercado e as preferências dos investidores.
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Barino reforça a importância de os assessores de investimentos entenderem melhor as correlações entre ativos e ETFs, destacando: “À medida que as pessoas se familiarizarem com esses produtos, a curva de adoção tende a aumentar.” Ele acredita que a consciência e o conhecimento gerados ajudarão os profissionais a perceberem o verdadeiro valor e potencial de crescimento de seus negócios.
A Necessidade de Educação no Mercado
Para que o investimento em ETFs decole, Barino sugere um foco na educação dos assessores. Segundo ele, “se investirmos na formação dos profissionais sobre os benefícios dos ETFs, como já acontece em outros países, teremos uma oferta mais robusta no mercado, o que impulsionará o crescimento desse segmento”.
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Danilo Gabriel complementa que os principais desafios para o crescimento dos ETFs no Brasil envolvem questões econômicas mais amplas e a necessidade de melhor adequação na remuneração da cadeia financeira, além da criação de conteúdos educacionais mais acessíveis sobre o tema.
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Gabriel observa que, ainda que existam eventos e iniciativas voltados ao tema ETFs, é fundamental que haja uma maior disseminação de informações, pois “os investidores precisam ter acesso a um maior volume de conhecimento sobre o assunto”.
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“À medida que os investidores se familiarizarem com os ETFs, eles perceberão seus benefícios e, consequentemente, aumentarão sua frequência de investimento”, comenta ele. Gabriel ainda destaca que a XP iniciou sua trajetória no universo dos ETFs em 2020 e, com quase cinco anos de atuação, reconhece que todo o ecossistema está se fortalecendo, com a própria bolsa demonstrando preocupação em fomentar esse segmento.
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Em um contexto de incerteza financeira, os fundos de índice têm se mostrado uma alternativa promissora e acessível para muitos investidores. Com um conhecimento mais profundo e uma educação adequada, esse mercado tem tudo para continuar a crescer e oferecer um leque diversificado de oportunidades. Que tal compartilhar suas experiências e opiniões sobre ETFs? Estamos curiosos para saber o que você pensa!