Oportunidades e Desafios no Mercado de Ações de Energia
A Alta Demanda por Ações de Energia para Aluguel
Recentemente, as ações de três grandes empresas do setor elétrico chamaram a atenção de investidores: Engie (EGIE3), Isa Energia (ISAE4) e Taesa (TAEE11). Esses papéis têm se destacado devido à crescente demanda para aluguel, indicando uma expectativa de queda nos preços.
O Que Significa Alugar Ações?
A prática de aluguel de ações consiste em investidores que detêm papéis em suas carteiras emprestá-los para outros investidores, cobrando uma taxa pelo empréstimo. Essa operação se torna mais atrativa à medida que aumenta a demanda, o que eleva as taxas de aluguel. Para ilustrar:
- Os “doadores” das ações: Normalmente, são investidores comprometidos com o longo prazo. Eles compram ações com a intenção de mantê-las, sem precisar se desfazer delas rapidamente.
- Os “tomadores”: Precisam dos papéis por um período determinado, geralmente para implementar estratégias específicas de mercado.
Ao emprestar seus ativos, os investidores abrem a porta para uma receita extra, obtendo ganhos através das taxas de aluguel, o que melhora a rentabilidade de seus investimentos.
Taxas de Aluguel: O Que Dizem os Números?
Dentre essas empresas, a Taesa se destaca com uma altíssima taxa de aluguel, alcançando 10,98%, e com 15,14% de suas ações disponíveis no free float, ou seja, em circulação no mercado. Esse cenário reflete um clamor por esses papéis, favorável para aqueles que buscam fazer vendas a descoberto.

Top 10 de ativos em taxa de aluguel, dias de cobertura e free float alugado (Foto: Ágora Investimentos)
A análise da Ágora revela que, após um desempenho sólido das ações elétricas, os investidores precisam ser mais criteriosos na escolha dessas ações, já que o valuation se torna mais rigoroso.
A Perspectiva dos Analistas sobre as Ações de Energia
O Olhar sobre Taesa, Engie e Isa Energia
As ações da Taesa e da Isa Energia seguem como opções de aluguel, o que sugere uma tendência de interesse na venda a descoberto. Mas, apesar do movimento de aluguel, a previsão é que o elevado pagamento de dividendos e a previsibilidade dos resultados limitem a possibilidade de correção significativa dos preços dessas ações.
Em um recente relatório, o JPMorgan apresentou algumas análises:
- Copel (CPLE3) e Eneva (ENEV3) estão entre as preferidas do banco no setor.
- Para Taesa, a recomendação é de underweight, indicando uma exposição abaixo da média do mercado.
O Valor Atraente da Taesa
O preço-alvo estipulado pelo JPMorgan para a Taesa é de R$ 30. O banco a vê como uma companhia com:
- Governança corporativa de alta qualidade.
- Concessões que não expiram até 2030.
- Uma administração capacitada e controladora sólida.
A Taesa tem um histórico de distribuição de dividendos acima da média e uma previsão de lucros estável. Contudo, seu valuation elevado pode oferecer retornos limitados em comparação com outras opções do mercado.
O Desempenho da Engie
Em relação à Engie, o banco destaca que o crescimento se concentra em energias renováveis e linhas de transmissão. Porém, a empresa enfrenta desafios em sua geração de energia, especialmente com cortes na produção. O JPMorgan alerta que:
- A alavancagem pode aumentar por conta de aquisições e investimentos robustos.
- A previsão de distribuição de dividendos está em torno de 55% nos próximos dois anos, levando a rendimentos de um dígito.
- O preço-alvo para as ações é de R$ 28.
A Análise da ISA Energia
As ações da ISA (ISAE4) oferecem uma proteção potente contra a inflação, com 100% dos contratos ajustados pela inflação. Contudo, o JPMorgan critica a Taxa Interna de Retorno, que ele considera pouco atraente. O banco acredita que existem melhores relações risco-retorno em outras opções disponíveis no mercado.
O preço-alvo para as ações da ISA está definido em R$ 26,50. A empresa, embora sólida, enfrenta o desafio de encontrar catalisadores que possam impulsionar uma recuperação mais substancial.
Reflexões Finais
O cenário para as ações de energia no Brasil é promissor, porém recheado de complexidades. À medida que as empresas se adaptam a um ambiente de mercado cada vez mais competitivo, a necessidade de análise profunda e escolha criteriosa se torna ainda mais essencial.
As altas taxas de aluguel revelam um interesse ativo por esses ativos, mas os investidores devem ponderar cuidadosamente as recomendações dos analistas, além de considerar fatores como a distribuição de dividendos e a saúde financeira das empresas.
A conversa sobre investimentos nunca termina. Quais são suas opiniões sobre essas ações? Você acredita que as recomendações para Taesa, Engie e ISA se mantêm relevantes? Deixe seu comentário e participe dessa discussão!




