Início Economia Quem Brilha na Temporada de Balanços do 2T? Descubra os Favoritos!

Quem Brilha na Temporada de Balanços do 2T? Descubra os Favoritos!

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Expectativas e Desafios para o Setor de Mineração e Siderurgia: Olhando para o 2T25

À medida que nos aproximamos da temporada de balanços do segundo trimestre de 2025, os principais players da mineração e siderurgia brasileiros, como Usiminas, CSN, Gerdau e Vale, estão sob os holofotes. Cada uma dessas empresas enfrentou desafios únicos no último trimestre, refletindo-se diretamente nos resultados que estão por vir.

Cenário Atual: O Que Esperar?

Impactos nos Preços e na Demanda

Os preços do minério de ferro sofreram uma queda significativa, impactando as margens de gigantes como Vale e CSN Mineração. Enquanto isso, as empresas do setor de aço enfrentam condições desafiadoras, destacadas pela demanda enfraquecida e pelas dificuldades em repassar custos. Embora o conceito de “ajustes de custo” e “variações de volume” possa parecer confuso, essas palavras-chave são fundamentais para entendermos como essas corporações estão se preparando para o impacto financeiro.

Com esses desafios em mente, vamos dar uma olhada mais de perto nas estimativas de analistas para as quatro empresas mencionadas.


Usiminas (USIM5): Expectativas de Resultados

Usiminas está marcada para divulgar seus resultados no dia 25 de julho, antes da abertura do mercado. O Bradesco BBI espera um desempenho abaixo do esperado nas divisões de siderurgia e mineração. As projeções indicam um EBITDA de R$ 489 milhões, inferior ao registrado no primeiro trimestre de 2025 e abaixo da expectativa de consenso de R$ 680 milhões. Confira alguns pontos-chave destacados pelos analistas:

  • Volumes de Aço: A previsão é de que haja uma redução de 1,0% nos volumes de aço, totalizando 1,1 milhão de toneladas.
  • Realização de Preços: A expectativa é de uma queda de 1,5% nos preços das vendas, influenciada por um mix de produtos menos favorável.
  • Custos: O custo do produto vendido por tonelada (CPV) deve aumentar em 1%, mesmo com a diminuição nos custos das matérias-primas.

Olhando Para o Futuro

A Genial Investimentos, por sua vez, espera que a receita líquida consolidada da Usiminas seja de R$ 6,5 bilhões, uma queda de 5,6% em relação ao trimestre anterior. O aumento dos custos e a forte queda nos preços da mineração têm dado o tom desse desempenho desafiador.

Um detalhe interessante é o custo por tonelada (COGS/t), que deve atingir R$ 5.196, representando um aumento de 2,3% em relação ao primeiro trimestre. Isso ocorre apesar de um ambiente que normalmente favoreceria a redução de custos.


Gerdau (GGBR4): Desempenho Contrastante

A Gerdau enfrenta um cenário diferente, especialmente em suas operações na América do Norte. Espera-se que a contribuição da região eleve seu EBITDA consolidado para 69%, enquanto o Brasil pode ver sua participação cair para 27%.

Destaque Norte-Americano

  • Margens: Enquanto as margens brasileiras podem cair 4,8 pontos percentuais (para 9,2%), as da América do Norte devem subir para 19,4%, resultando em um desempenho robusto.

A Genial Investimentos projeta um EBITDA de R$ 2,5 bilhões para o segundo trimestre, um crescimento de 4% em relação ao trimestre anterior, embora ainda represente uma queda anual de 9%.

  • Previsão de Lucro: O lucro líquido deve crescer 3,8% em relação ao ano passado, atingindo R$ 900 milhões.

A Gerdau divulgará seus resultados em 31 de julho. A expectativa é que, apesar da pressão nos preços no Brasil, a operação norte-americana compense as fraquezas da companhia.


CSN e CSN Mineração: Um Dueto Desafiador

A CSN, juntamente com a CSN Mineração, terá seus resultados divulgados no dia 31 de julho. O cenário não é muito otimista:

  • EBITDA Consolidado: Deve ser de R$ 2,4 bilhões, o que representa uma queda de 4% em relação ao último trimestre e de 8% na comparação anual.

No segmento de mineração, o EBITDA deve cair para R$ 1,15 bilhão, devido à queda de 17% nos preços do minério de ferro. Por outro lado, a divisão siderúrgica pode ver um crescimento no EBITDA em 15%, alcançando R$ 558 milhões, em virtude de preços estáveis e redução nos custos.

  • Desempenho Geral: O BBI projeta um prejuízo líquido de R$ 709 milhões, um aumento de 34% em relação ao ano anterior.

Vale (VALE3): Perspectivas e Desafios

Por fim, temos a Vale, que também divulgará seus números no dia 31 de julho. A queda nos preços do minério de ferro deve impactar significativamente os resultados.

  • EBITDA: Espera-se um EBITDA ajustado de US$ 3,2 bilhões, uma diminuição de 1% em relação ao trimestre anterior e de 20% na comparação anual.
  • Produção: A produção deve alcançar 82 milhões de toneladas, um aumento de 2% comparado ao ano passado, impulsionada por operações específicas.

Enquanto a estratégia de concentrar vendas na China deve ajudar a empresa a manter sua competitividade, a volatilidade dos preços gera insegurança sobre os lucros.


Reflexões Finais

A temporada de balanços do segundo trimestre de 2025 promete revelar muito sobre o estado atual do setor mineral e siderúrgico no Brasil. As diferenças nas condições operacionais de cada empresa, as flutuações nos preços das commodities e a gestão de custos são fatores que moldarão os resultados e as perspectivas futuras.

O que está claro é que tanto empresas como analistas continuarão monitorando o cenário de perto. À medida que as divulgações se aproximam, surgem perguntas: A Gerdau conseguirá mitigar suas perdas no Brasil? A Usiminas será capaz de encontrar maneiras de reinventar suas operações? E como a Vale lidará com as flutuações do mercado global?

Essas são questões que todos nós devemos ponderar em um mundo onde a gravidade dos desafios econômicos é apenas rivalizada pelo potencial de resiliência dessas corporations. Compartilhe sua opinião sobre o tema!

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