A Campanha Global do Regime Chinês Contra o Falun Gong: Revelações e Implicações
Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
Recentemente, documentos revelados obtidos pela Organização Mundial para Investigar a Perseguição ao Falun Gong (WOIPFG) revelaram um plano alarmante: o regime chinês estaria determinado a “erradicar o Falun Gong em todo o mundo”. Essa estratégia envolve não apenas ataques diretos ao grupo religioso, mas também uma operação de desinformação que busca distorcer a opinião pública, especialmente nos Estados Unidos.
O Falun Gong: Uma Prática Espiritual em Risco
O Falun Gong, ou Falun Dafa, é uma prática espiritual que combina exercícios físicos suaves e meditação com uma filosofia baseada em três princípios fundamentais: verdade, compaixão e tolerância. Originário da cultura tradicional chinesa, o Falun Gong atraiu uma grande adesão, com mais de 70 milhões de praticantes na China em 1999, segundo estimativas oficiais. Contudo, o Partido Comunista Chinês (PCCh) enxergou essa popularidade como uma ameaça existencial, levando a uma campanha de repressão sem precedentes contra os praticantes.
As notas das reuniões realizadas em maio e junho de 2023, que envolveram altos oficiais das agências de segurança e espionagem da China, indicam uma crescente percepção do Falun Gong como uma “ameaça oculta à segurança nacional”. Essa visão distorcida motivou o regime a buscar a redução do apoio internacional ao Falun Gong, acreditando que, se cortassem essa rede externa, poderiam eliminar a prática dentro da China.
Táticas de Desinformação
De acordo com os documentos, o regime chinês lançou uma série de campanhas de desinformação com o objetivo de semear divisão, inclusive entre os praticantes do Falun Gong nos Estados Unidos. Alegações absurdas, como a de que o governo dos EUA estaria “comprado pelo PCCh” e que tomaria medidas contra a prática, fazem parte dessa estratégia.
Para isso, uma equipe dedicada foi encarregada de criar narrativas que poderiam ser disseminadas online. A ideia é orientar membros do Falun Gong a protestar contra o governo dos EUA, pressionando o país a cortar suas sanções relacionadas a direitos humanos.
Shen Yun e Época dos Tempos: Alvos do PCCh
Entre os principais alvos do PCCh estão o Shen Yun Performing Arts e o Epoch Times, ambos fundados por praticantes do Falun Gong e estabelecidos nos Estados Unidos. O Shen Yun é conhecido por suas apresentações que destacam a rica herança cultural da China pré-comunista, enquanto o Epoch Times se dedica a relatar a perseguição aos praticantes de Falun Gong e as violações de direitos humanos sob o regime comunista.
Os documentos vazados também revelaram tentativas de infiltração e desestabilização de ambas as organizações. A orientação explícita enfatiza a necessidade de impedir que informações sobre as atrocidades cometidas pelo PCCh, como a extração forçada de órgãos, cheguem ao exterior.
Medidas de Contra-Inteligência
Uma instrução clara nos documentos divulgados indicava que “nenhuma informação sobre a perseguição deve sair da China”. Isso ressalta o profundo medo que o regime tem do livre fluxo de informações e de qualquer sintoma de simpatia pelo Falun Gong no ocidente.
Os altos funcionários do Partido, sob a liderança de Xi Jinping, discutiram estratégias para combater a crescente divulgação de abusos dos direitos humanos cometidos contra os praticantes do Falun Gong. Xi chegou até a afirmar em reuniões que a perseguição estava falhando, pedindo novas abordagens que incluíssem ataques diretos à figura do fundador da prática, Li Hongzhi.
A Ameaça da Perseguição no Exterior
Com a intensificação da perseguição, as operações do PCCh não se limitam mais à China. Em um caso recente, juízes federais dos EUA condenaram dois homens que estavam envolvidos em uma operação de espionagem e suborno relacionada ao Falun Gong. Essa situação é um exemplo claro de como a repressão à prática espiritual se estende e se infiltra em solo americano.
Wang Zhiyuan, diretor da WOIPFG, expressou que a escalada da perseguição nos últimos anos se mostra como uma preocupação crescente. Nas últimas semanas, artigos negativos direcionados ao Shen Yun, publicados pelo New York Times, foram identificados como parte dessa ofensiva coordenada pelo regime.
Manifestação de Conexões Políticas
Legisladores nos EUA têm demonstrado preocupação com essa nova onda de repressão transnacional do regime chinês. Chris Smith, congressista do partido republicano, sugeriu que Xi Jinping será lembrado por suas ações contra o Falun Gong e outros grupos. Ele destacou que os líderes ocidentais devem continuar a pressionar o regime comunista por meio de sanções e medidas de responsabilização por abusos dos direitos humanos.
A Reação do PCCh às Sanções
O regime tem demonstrado um intenso temor face à possibilidade de sanções internacionais. Reuniões de comando, como a conduzida pela Comissão de Assuntos Políticos e Legais, revelam a preocupação com o apoio dos líderes ocidentais ao Falun Gong e a urgência em interromper qualquer ação que possa resultar em sanções contra seus altos oficiais.
Os dados indicam que o governo dos EUA já sancionou oficiais do PCCh com histórico comprovado de abuso dos direitos humanos. Além disso, a Lei Magnitsky, que facilita a imposição de sanções a violadores de direitos humanos, tem gerado impacto real nas operações do PCCh.
A Visionário da Mudança
É imperativo que a comunidade internacional mantenha um olhar atento sobre as ações do PCCh, especialmente a perseguição ao Falun Gong. Com a expansão organizada por parte da WOIPFG para investigar os perpetradores dessa perseguição fora da China, a esperança é que mais pessoas se tornem conscientes da situação e se mobilizem em prol dos direitos humanos.
O Epoch Times, como um veículo de comunicação independente, tem um papel crucial na conscientização sobre as violações de direitos humanos cometidas pelo regime. Ao informar a população sobre a situação dos praticantes de Falun Gong e as ações do PCCh, a organização não apenas busca justiça, mas também promove a dignidade humana.
Observando as Mudanças em Curso
Diante desse quadro, convidamos você, leitor, a refletir sobre o impacto das ações do PCCh e a importância de manter-se informado. O que você pode fazer para apoiar a liberdade religiosa e os direitos humanos? Como podemos colaborar para que a verdade sobre o Falun Gong e os abusos do regime chinês venham à tona? Este é um chamado à ação e à conscientização, essencial em tempos de silêncio e opressão.
Andar de mãos dadas com a verdade e a justiça é fundamental para desmantelar qualquer ataque à dignidade humana, e essa luta deve ser coletiva. Enquanto a situação continua a se desenrolar, é crucial que todos nós fiquemos atentos e preparados para agir.